Quais são os protocolos de segurança do paciente que devem ser seguidos? Entenda!

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Principais tópicos

O conceito de segurança do paciente envolve uma série de ações, protocolos e análises que devem ser feitas para evitar os erros médicos, lesões ou danos ao paciente em decorrência da atividade médica.

A segurança do paciente é algo que deve ser assegurado em todo momento por quem está prestando um atendimento de saúde.

Verificar quais são os riscos envolvidos e gerenciá-los de forma responsável deve ser uma das prioridades principais para qualquer profissional de saúde ou gestor.

Fazem parte do conceito de segurança do paciente: a higiene e esterilização de equipamentos nos atos médicos, o cuidado na prescrição de medicamentos, a gestão correta dos dados dos pacientes, entre outros.

Nesse artigo, trouxemos alguns dos tópicos mais relevantes a respeito da segurança do paciente, bem como os protocolos que precisam ser seguidos. Aqui, você aprenderá mais a respeito dos seguintes temas:

Continue lendo para saber mais!

O que significa a segurança do paciente?

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A segurança do paciente é um conceito que serve como um meio para que os profissionais e os estabelecimentos da área da saúde possam prevenir, reduzir, notificar e analisar as possíveis fontes de erros nos atendimentos ou nos sistemas.

Isso é importante para que erros médicos ou quaisquer outras fontes causadoras de dano ao paciente possam ser evitadas. Esses conceitos foram introduzidos nas últimas décadas mundialmente, sobretudo nos anos 1990, quando os relatos de erro médico cresceram em vários países.

Com isso, vários órgãos como a Organização Mundial de Saúde viraram as suas atenções para o apoio e o fortalecimento da segurança do paciente.

Assim, o tema se tornou um novo alvo de discussão, principalmente no meio científico, no qual várias pesquisas e estudos foram feitos para desenvolver novos métodos e meios de evitar o erro médico.

De certo modo, podemos comparar a evolução dos protocolos de segurança do paciente à evolução da segurança do trabalho.

Esse último setor teve também muitos pontos de evolução nas últimas décadas, sobretudo por contar com legislações mais rígidas e as políticas de tolerância zero aos acidentes de trabalho.

Segurança do paciente segundo a OMS

Seguindo os aspectos citados anteriormente, a OMS em conjunto com outros órgãos, buscou realizar alterações pertinentes com relação aos cuidados com a segurança do paciente.

A OMS leva esse conceito como uma das suas bandeiras, tentando ligar os componentes materiais e humanos dos sistemas de saúde para reduzir riscos e controlar melhor os danos que porventura possam acontecer.

De acordo com a OMS, os protocolos básicos da segurança do paciente são:

  • Protocolos sistêmicos;
  • Protocolos gerenciados;
  • Instrumentos que promovam uma melhor comunicação, evitando processos ruidosos e falíveis;
  • Processos que fornecem uma prática assistencial segura, tanto aos profissionais quanto aos pacientes;
  • Melhora e oportunizam a vivência de se trabalhar bem em equipe;
  • Trazem um bom nível de gerenciamento de riscos.

Como a segurança do paciente é regularizada no Brasil?

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As normas de segurança do paciente estão de acordo com o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Esse programa faz parte das políticas públicas sob responsabilidade do Ministério da Saúde e foi instituído em 2013.

O PNSP aponta que qualquer problema que possa gerar dano ao paciente devem ser relatados e comunicados à ANVISA. Nisso, pode-se incluir uma administração incorreta de medicamentos, erros médicos em cirurgias e até mesmo quedas.

Em posse desses dados, a ANVISA pode realizar a abertura de processos de responsabilização ou buscar melhorias nas normatizações vigentes. Isso está de acordo com a Resolução Anvisa RDC nº36 de 25/07/2013.

Entenda os principais conceitos para a segurança do paciente 

Risco

Uma boa definição para a palavra risco está relacionada à estatística: qual é a probabilidade de um evento ocorrer?

No contexto da segurança na saúde, podemos dizer que um evento tem a ver com algo ruim ou indesejado.

Um exemplo disso, são os riscos de haver contaminação por algum vírus ou bactéria em um ambiente hospitalar, risco de haver uma queda do paciente numa cama, e assim por diante.

De acordo com os protocolos de segurança, o ideal é que os profissionais e estabelecimentos tomem atitudes que reduzam os riscos.

Nesse sentido,  há uma relação inversamente proporcional com relação à segurança do paciente, o risco é a probabilidade de um incidente ocorrer.

Quanto maior for o controle de um risco, menores são as chances de um determinado evento indesejado ocorrer.

Incidente

O resultado do cuidado à saúde é consequência de um processo assistencial muito complexo, o qual envolve diversas variáveis.

Dessa forma, ao longo dele pode haver a probabilidade de incidentes e, assim, danos ao paciente e aos colaboradores.

Logo, um incidente é um evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente.

O impacto desta adversidade varia de acordo com cada enfermo e as peculiaridades do ato: localização, duração, gravidade, entre outros.

Contudo a Organização Mundial da Saúde os classificou seguindo a natureza dos mesmos e os fatores acordados compartilhados.

Conheça os tipos de incidentes elencados pela OMS:

  • Administração clínica;
  • Processo/Procedimento clínico;
  • Documentação;
  • Infecções associadas ao cuidado à saúde;
  • Fluido dos medicamentos;
  • Produtos de sangue/sangue;
  • Nutrição;
  • Oxigênio/Gás/Vapor;
  • Aparelhos/Equipamentos médicos;
  • Comportamento;
  • Acidentes do paciente;
  • Infraestrutura/Construção/Instalação;
  • Recursos/Gerenciamento organizacional.

Dano

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Um dano é um comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico.

O dano moral é aquele que fere a subjetividade da pessoa, ou seja, é uma dor invisível que atinge a honra ou o psicológico. Em verdade, pode abranger a dignidade, honra, imagem e, conforme colocamos acima, o psicológico do paciente.

O dano material corresponde às despesas em dinheiro que a pessoa suportou, decorrente da atuação do médico.

O dano físico pode ser compreendido como qualquer lesão causada à pessoa que seja perceptível ou não, mas que atinja o físico.

Por exemplo, uma medicação utilizada de forma ou quantidade inadequada, gerando sequelas ao paciente. Ou, quando um procedimento inadequado gera outros problemas físicos.

Circunstância notificável

A circunstância notificável é caracterizada como um evento, situação ou processo que tem potencial significativo para causar dano, mas não houve erro associado.

São situações como a falta de recursos humanos, problemas relacionados à manutenção de equipamentos e falhas na comunicação que precisam ser analisadas, pois comprometem a segurança da assistência e podem levar à ocorrência de um evento adverso.

Near miss

O near-miss é um incidente que não alcançou o paciente, pois foi detectado com antecedência.

Em outras palavras, um erro que não chega a ser realizado e não entra em contato com o paciente é quase um erro ou “near miss”.

Incidente sem lesão

Os incidentes advindos do cuidado têm sido alvos de discussão mundial, refletindo na melhoria da qualidade e segurança da assistência.

A Organização Mundial de Saúde define incidente como evento ou circunstância evitável, decorrente do cuidado, não associado à doença de base.

Conforme suas consequências, os incidentes são classificados como incidente sem lesão que, apesar de atingir o paciente, não resulta em dano, mas constitui-se um risco para tal.

Evento adverso

Um evento adverso é um incidente que resulta em dano à saúde do paciente que pode ser classificado em evento adverso evitável que resulta em dano ao paciente (ato não intencional) ou a uma violação (ato intencional).

Por exemplo, infecção por falta de higiene das mãos, prescrever a dose errada de um medicamento e falhas na comunicação entre a equipe e o paciente.

São considerados também eventos adversos os chamados efeitos colaterais, como uma ocorrência desfavorável ao uso de medicamentos. Sempre que um incidente acontecer dentro de uma instituição e ele tiver danos ao paciente, ele é considerado um evento adverso.

Por isso, os eventos adversos são potencialmente perigosos para a saúde dos pacientes que se encontram na instituição de saúde, podem causar danos irreversíveis que prejudicam a saúde do paciente e também a imagem da instituição.

Quais são os protocolos de segurança do paciente que o profissional deve seguir?

Com a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada em 2004, a  Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe 6 (seis) metas globais para alcançar a qualidade do atendimento. São elas:

  1. Identificação correta do paciente;
  2. Melhora na comunicação entre os profissionais de saúde;
  3. Higiene das mãos para evitar riscos de infecções;
  4. Segurança cirúrgica, em relação ao local de intervenção e ao paciente;
  5. Administração, prescrição e uso seguro de medicamentos;
  6. Prevenção de quedas dos pacientes e úlceras por pressão.

Como uma boa gestão clínica promove a segurança do paciente?

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Para promover a segurança do paciente, clínicas e consultórios precisam adotar medidas que satisfaçam as expectativas e minimizem os riscos de falhas nos atendimentos.

Investir em tecnologia é uma ótima alternativa para alcançar resultados mais satisfatórios.

Afinal, por meio dela é possível conquistar aumento da produtividade, agilidade no atendimento e eficiência nos cuidados prestados.

Por exemplo, podemos apontar o uso de uma plataforma inteligente que permite que o paciente realize o agendamento online de sua consulta e receber a confirmação automática por meio de e-mail, SMS, WhatsApp e demais canais.

Outra medida é ter todos os dados relativos à condição de saúde do paciente sempre atualizados. É fundamental para assegurar um atendimento de qualidade e um gerenciamento eficiente.

Por exemplo, por meio do prontuário eletrônico esse processo pode ser otimizado, permitindo que o médico tenha em mãos as informações necessárias na hora que precisar, agilizando a rotina no consultório, clínica e demais, além de elevar a capacidade de consultas por dia.

Segurança do paciente na Telemedicina

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Seja num atendimento presencial ou por meio da Telemedicina, garantir o sigilo das informações dos pacientes é fundamental.

Nesse sentido, as ferramentas e softwares desenvolvidos especialmente para esse fim podem usar uma variedade de técnicas e práticas de segurança para proteger a privacidade e manter os dados de seus pacientes seguros.

As ferramentas escolhidas para a Telemedicina devem ter uma infraestrutura que permita comunicações seguras entre os médicos e seus pacientes.

Essa infraestrutura segura deve permitir a comunicação remota sem reduzir a segurança que os dados confidenciais recebem.

Segurança de dados do paciente

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) regulamenta como os dados pessoais dos cidadãos devem ser tratados no Brasil.

Na saúde, a lei nº 13.709 olha com ainda mais atenção os dados pessoais e sensíveis dos pacientes. A LGPD foi sancionada em 2018 e teve o início de sua vigência em agosto de 2020.

Seus principais fundamentos são:

  1. O respeito à privacidade;
  2. A autodeterminação informativa;
  3. A liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
  4. A inviabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
  5. O desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
  6. A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;
  7. Os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.

Cumprir todas as normas da LGPD não é uma tarefa fácil, e as punições para quem não se adequar à mesma são bem rigorosas.

A implementação de uma ferramenta de Telemedicina é o primeiro passo para proteger os dados sensíveis do paciente! O segundo passo é revisar os seus programas de segurança.

Dicas extras para manter a qualidade em segurança do paciente no seu consultório

Melhore a qualidade de atendimento

A qualidade no atendimento deixou de ser um diferencial de mercado. Sem ela, já não é mais possível manter relações duradouras com os pacientes.

Nos mercados altamente competitivos dos dias de hoje, negligenciar o atendimento pode custar a sobrevivência de uma clínica.

Sendo assim, para manter um bom atendimento ao paciente, é fundamental investir em treinamentos para toda a equipe.

Afinal, é muito importante oferecer treinamentos constantes para a linha de frente, ou seja, para aqueles funcionários que lidam diretamente com os pacientes.

Eles precisam saber qual abordagem será melhor para cada tipo de paciente e como poderão ajudá-lo de maneira rápida e eficaz.

Comece o treinamento da sua equipe com cursos online voltados para profissionais de clínicas e consultórios médicos:

Conheça os cursos iClinic, cursos para médicos e recepcionistas da saúde!

Garantir a qualidade no atendimento é essencial para a fidelização e também para fortalecer a reputação de sua marca no mercado.

Criar uma mentalidade voltada para ultrapassar as expectativas dos pacientes aumentará de forma significativa a retenção de pacientes da sua clínica.

Tenha equipamentos médicos adequados

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Usar equipamentos novos resulta em uma série de benefícios para os gestores, profissionais e pacientes.

Ou seja, contar com esses itens em seu consultório ou clínica facilita o dia a dia e contribui para um atendimento mais eficiente ao público.

Nesse sentido, a manutenção de equipamentos médicos cria condições para o aparelho funcionar de acordo com o padrão de qualidade. Assim, os exames e procedimentos são realizados de forma adequada, com laudos corretos e condizentes com o quadro do paciente.

Outra questão é que a manutenção permite evitar que o dispositivo falhe durante o uso, o que colocaria em risco a vida do indivíduo. Assim, ela passa a promover segurança para o profissional e o paciente.

Permita o feedback

Com que frequência você escuta a opinião dos seus pacientes?

Ter um bom relacionamento com o seu público, além de entender as suas reais necessidades, pode ser entendido como um diferencial competitivo.

Quando uma clínica atende às expectativas dos seus pacientes, ou pelo menos escuta o que eles têm a dizer, cria uma relação de confiança que melhora a sua relação comercial a cada dia.

Consequentemente, aumenta os níveis de satisfação.

A satisfação e a fidelidade são cruciais para determinar o desempenho financeiro de uma clínica, uma vez que podem aumentar sua participação no mercado, reduzir os custos ou aumentar a receita.

Busque uma cultura de segurança

A cultura de segurança de uma empresa é a soma das mentalidades, posturas e comportamentos de todos os funcionários em relação à segurança no local de trabalho.

Não classifique a segurança como uma “prioridade”, em vez disso, ela deve ser um dos valores fundamentais da sua clínica.

Afinal, as prioridades podem mudar a cada trimestre, mas os valores de uma empresa sempre serão os mesmos e estarão novamente no ano seguinte.

Insira a segurança nesses valores e ela precisará ser considerada em todos os departamentos e decisões importantes, sempre.

Como um software médico ajuda a promover a segurança da clínica e do seu paciente?

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As novas tecnologias disponíveis no mercado estão, cada vez mais, permitindo uma tomada de decisão inteligente a partir da análise de dados.

Com os avanços da tecnologia na saúde e o gerenciamento mais próximo da jornada do paciente durante o tratamento,  as ferramentas permitiram a identificação de gatilhos para identificar eventos adversos que podem passar despercebidos pelos profissionais de saúde.

O software de gestão para clínicas é uma ferramenta programada para auxiliar no planejamento, organização, gerenciamento e controle nos processos do estabelecimento de saúde.

A plataforma conta com interface intuitiva e tecnologia avançada, com o objetivo de otimizar e maximizar a qualidade dos processos.

Outro ponto importante de segurança na clínica médica é a proteção das informações. Em qualquer modelo de gestão é necessário pensar sobre a segurança dos dados.

Mesmo que você utilize prontuários em papel, deve pensar em protegê-los contra poeira, mofo e umidade. Com as informações geradas e armazenadas de forma virtual, não é diferente.

As vantagens para a implantação do prontuário eletrônico envolvem principalmente a segurança na inserção e na transmissão de dados clínicos do paciente.

Como o arquivo eletrônico mantém todas as informações sigilosas reunidas em um único local, uma análise muito mais profunda e precisa pode ser realizada, principalmente quando o prontuário eletrônico está em um sistema para clínicas que gera relatórios e gráficos automáticos.

Ao utilizar um software médico na nuvem, você consegue integrar prontuário, agenda e dados financeiros de seu consultório em um só lugar.

Conclusão

Desde o século passado, a segurança do paciente é uma preocupação no mundo inteiro, e atualmente, com as novas tecnologias disponíveis no mercado, fica mais fácil promover qualidade na saúde.

Para isso, procure conhecer quais são os eventos adversos de maior incidência na sua clínica.

Saiba também como os seis protocolos do Plano Nacional de Segurança do Paciente estão sendo implantados e participe desse processo de mudança!

O paciente também pode participar ativamente da prevenção de eventos adversos, se for educado para isso.

A partir do momento em que ele conhece seu tratamento, adquire condições de alertar quando ocorre uma não conformidade, tornando-se a última barreira.

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