Saiba como funciona a tabela TUSS e quais são seus impactos

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Principais tópicos

A Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS) nada mais é do que a continuação do Padrão TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar), instituído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Parte do trabalho dos gestores, administradores e proprietários de clínicas, é lidar com regulamentações, legislações e padronizações consideradas essenciais para o andamento e organização dos negócios do setor de saúde.

Essas medidas também são fundamentais para  facilitar a comunicação entre diferentes instituições, operadoras de saúde e demais envolvidos, para oferecer um bom atendimento e a segurança dos pacientes.

Entre os recursos utilizados para trazer esses impactos às instituições de saúde está a tabela TUSS, uma tabela criada para garantir que não ocorram falhas na comunicação e troca de dados entre diferentes instituições.

A TUSS padroniza os código e nomenclatura dos procedimentos médicos, tendo como base a última edição da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), sendo obrigatória para a troca de informações entre prestadores e operadoras de serviços de saúde.

Portanto, a tabela TUSS é um tipo de continuação do padrão TISS, que tem a finalidade de padronizar fluxos na medicina. Saiba mais neste artigo!

O que significa tabela TUSS?

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A tabela TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar) tem o objetivo de padronizar todos os códigos, termos e nomenclaturas que envolvem o sistema de saúde.

Você pode conferir a tabela atualizada pelo site da ANS. Ela possui quatro categorias principais:

  • Procedimentos médicos;
  • Materiais e medicamentos;
  • Diárias e taxas;
  • Órteses, próteses e materiais especiais.

O documento é baseado na 5ª edição da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) e complementa o padrão TISS, também implementado pela ANS.

O que a legislação diz sobre a implementação da tabela TUSS?

A implementação da tabela TUSS se tornou obrigatória a partir de 15 de outubro de 2010, quando a Resolução Normativa – RN Nº 190, de 30 de abril de 2009 entrou em vigor.

Essa resolução trazia todas as obrigações a serem cumpridas pelas clínicas e hospitais, com as devidas orientações sobre os procedimentos a serem realizados. 

No entanto, mais adiante, a Resolução Normativa n° 305/2012 tornou-se a principal da legislação, revogando a RN n° 190/2009.

Portanto, ao implementar a tabela TUSS, é essencial conhecer a legislação, especialmente conforme estabelecido no Art. 11, no qual a terminologia deve ser unificada. 

Isso significa que todas as operadoras de saúde, assim como os prestadores de serviço de saúde, precisam usar a mesma terminologia, obedecendo às normas técnicas da TUSS.

Outro ponto importante é saber que compete à ANS a responsabilidade por fazer a tabela TUSS, podendo solicitar ajuda a outras entidades de referência na área para a sua elaboração e atualização.

Dessa forma, para a inclusão de novos termos é necessária a aprovação do COPISS (Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar) e da área de padronização e interoperabilidade da ANS.

Assim, é importante acompanhar as atualizações oferecidas pela ANS acerca das terminologias e dos códigos. Vale lembrar ainda que a não adesão à implementação da tabela implica em multa para o estabelecimento, prevista na legislação.

Como funciona a tabela TUSS?

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A tabela TUSS é organizada de acordo com os seguintes grupos:

  • Consultas: tem todos os procedimentos conectados à avaliação inicial do paciente, tratamento e diagnóstico. Ou seja, nele você encontrará atendimentos em clínicas, domiciliares, assistência pediátrica, obstétrica, geriátrica, entre outros;
  • Medicina laboratorial: possui os exames realizados a fim de identificar patologias, ele tem subdivisões como hematologia laboratorial, endocrinologia, bioquímica, assim por diante. É possível encontrar exames como curva glicêmica e sistemas de organismo como o cardiovascular;
  • Procedimentos ambulatoriais: reúne as intervenções realizadas para atendimento e reabilitação dos pacientes em ambulatórios. As avaliações, por exemplo, variam de avaliações nutricionais até atuações pós-transplante. A seção de reabilitação é divida em seções que possuem confecção de próteses, atendimento fisioterápico e atividades posturais;
  • Procedimentos hospitalares: envolve todos os procedimentos, exames e avaliações feitos em hospitais, como acompanhamento operatório, biópsias e cirurgias.

Cada grupo possui seu código e você também pode encontrar números para procedimentos médicos de forma geral, tanto clínicos quanto ambulatoriais e hospitalares. 

Essas informações são encontradas em soluções digitais. No Whitebook você encontra os códigos dos procedimentos com poucos cliques, facilitando a busca dos dados necessários para o preenchimento das guias dos planos de saúde. 

Qual a importância da tabela TUSS?

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A principal vantagem da tabela TUSS é que, diferente de antigamente, os hospitais, clínicas e demais instituições de saúde não têm dificuldades em se comunicarem devido às suas codificações.

Imagine se um hospital personalizasse os termos de procedimentos médicos. As operadoras de saúde conseguiriam cobrir um procedimento que não consta em sua tabela?

Não ter uma padronização prejudica a experiência do paciente e a qualidade do serviço médico prestado. Além disso, os benefícios da tabela TUSS se expandem para outras áreas.

1. Eliminação das glosas

As glosas acontecem quando um plano de saúde não paga por um serviço prestado devido a alguma falha no processo, como erro de digitação no número de carteirinha do paciente.

Esses pequenos erros acontecem com frequência em estabelecimentos médicos e antes da TUSS ser implementada, eles eram ainda mais comuns, o que prejudicava imensamente as finanças das instituições.

Com a padronização e uso de sistemas eletrônicos, como softwares médicos que possuem ferramentas voltadas para cadastro de convênio e geração de guias de consulta TISS em lotes, esse problema é reduzido.

Dessa forma, você não precisa se preocupar com a ocorrência de glosas na clínica e otimiza seu tempo para focar na gestão da empresa ou no atendimento ao paciente.

2. Redução de custos

Antes da tabela TUSS, o preenchimento de códigos, nomenclaturas, códigos e geração de relatórios era extremamente demorado. Os erros também eram mais frequentes.

Com a implementação do documento, a quantidade de retrabalho diminuiu e o processo se tornou menos cansativo, já que a comunicação entre operadoras e estabelecimentos melhorou.

Todas essas otimizações permitiram que os gastos na saúde fossem reduzidos, uma vez que os profissionais conseguiram gastar seu tempo em atividades realmente produtivas.

3. Aumento de qualidade nas operações

Imagine que a sua clínica tenha uma sala de recepção, salas de atendimento, uma copa para os funcionários e uma área de recreação para crianças.

Você possui recepcionistas, seguranças, funcionários encarregados da limpeza e organização, além de profissionais de saúde de diferentes especialidades.

Agora, vamos supor que cada profissional atendesse de forma completamente diferente, assim como as recepcionistas.

Enquanto os seguranças e funcionários de limpeza mantêm um padrão em seu serviço e atendimento, alguns recepcionistas não sabem lidar com pacientes estressados e alguns médicos não olham para os pacientes.

Logo vão surgir reclamações e ficará claro que não há um padrão de qualidade na clínica.

É por isso que manter um padrão organizado é fundamental: você garante que a experiência será boa em qualquer ponto de contato, independentemente da área.

Essa é a função da TUSS no sistema de saúde brasileiro. Ela garante que as operações funcionem de maneira ágil, organizada e produtiva, o que beneficia todos os envolvidos.

Qual a diferença entre TISS e TUSS?

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O TISS é um modelo obrigatório de registro de informações entre planos de saúde e prestadores de serviço, enquanto a TUSS complementa o TISS com sua padronização.

Portanto, o TISS organiza os dados enquanto a TUSS padroniza termos, códigos e nomenclaturas.

Lembre-se que a TISS é separada em cinco principais classificações:

  • Organizacional: conjunto de regras e normas da operação
  • Estrutural e conteúdo: arquitetura dos dados, bem como distribuição e aquisição
  • Representação de conceitos: padronização de termos da saúde
  • Segurança e privacidade: proteção dos dados dos pacientes
  • Comunicação: padronização de mensagens e compartilhamento de informações

E a TUSS em quatro principais categorias:

  • Procedimentos médicos;
  • Materiais e medicamentos;
  • Diárias e taxas;
  • Órteses, próteses e materiais especiais.

O que acontece caso não seja utilizado o código TUSS?

Como apresentamos anteriormente, a adesão à TUSS é obrigatória a todas empresas que lidam com algum tipo de informação em sua rotina.

Assim, a empresa que não usar a tabela TUSS está sujeita a advertência administrativa e uma multa pesada.

De acordo com o artigo 44 da Resolução Normativa nº 124, a instituição que não cumprir as normas relativas ao padrão na troca de informações em serviços de saúde deverá ser multada:

“Deixar de cumprir as normas relativas ao padrão essencial obrigatório para as informações trocadas entre operadoras e prestadores de serviços de saúde, sobre o atendimento prestado a seus beneficiários, pode acarretar em multa de R$ 35.000,00.”

Como viu, é um valor bem alto. Por isso, atente-se às normas contidas na legislação. 

Como preencher a tabela TUSS?

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Uma tabela TUSS completa deve ter estas informações:

  • Códigos da ANS;
  • Cobertura do plano de saúde;
  • Procedimentos médicos.

A AMB (Associação Médica Brasileira) define e fiscaliza as terminologias para novos procedimentos médicos e a ANS disponibiliza esses termos em seu site, para que as instituições atualizem a tabela TUSS.

Apesar do documento receber o nome “tabela”, ele não deve vir com valores para cada procedimento, e sim com métodos, nomenclaturas e códigos oficiais.

Se você desejar montar uma tabela com todos os seus valores, é necessário criar uma separada.

Quais são as principais tabelas de procedimentos médicos utilizados no mercado?

No mercado existem ferramentas importantes para os processos internos de um consultório médico, como por exemplo a Brasíndice, a tabela Simpro e a SIGTAP. Conheça em detalhes cada uma delas a seguir:

Brasíndice

A Brasíndice é um guia farmacêutico que ocorre de forma quinzenal para assinantes (ou aquisições avulsas) e pode ser dividida em duas principais seções: 

  1. Primeira seção: em que divulga os preços das medicações; 
  2. Segunda seção: em que divulga preços dos materiais hospitalares enviados pelos fabricantes ou fornecedores em forma de matéria ‘paga’, cujo espaço para publicação pode ser obtido por qualquer interessado em anunciar na Brasíndice.

É importante destacar que os preços das medicações publicados pela Brasíndice são aqueles calculados e registrados pelos próprios laboratórios fabricantes na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e recebidos para publicação obrigatória nas revistas de preços, conforme exigido pelo Art. 6º da Res. 01/2019 da CMED. 

Nesta tabela há o preço de fábrica (PF) e o preço máximo ao consumidor (PMC), além das alíquotas de ICMS aplicáveis nos diversos Estados da Federação.

Tabela Simpro

É conhecida por desenvolver estratégias voltadas à pesquisa e divulgação de preços de materiais, medicamentos e produtos para a saúde, tornando mais simples e eficazes os processos de análise e auditoria de contas médicas hospitalares.

A SIMPRO é responsável por administrar e difundir informações detalhadas sobre mais de 120 mil itens de produtos, envolvendo códigos para preenchimento dos formulários TISS/ TUSS, histórico de valores, consulta dos fabricantes e distribuidoras, tipos de materiais, especialidade, classe terapêutica, princípio ativo, e outros.

A tabela Simpro é o parâmetro bastante utilizado por muitas instituições de saúde para determinação dos preços de materiais médicos, o que prova a sua eficiência.

É importante salientar que grande parte da rentabilidade dos negócios na área de saúde suplementar vem do atendimento por meio de consultas, procedimentos clínicos, materiais e medicação. 

Sabendo disso, é muito importante que o faturamento de todos esses elementos seja bem monitorado e organizado.

Portanto, se os passos estabelecidos pela tabela Simpro forem devidamente seguidos, automaticamente é garantido também a organização do faturamento da sua clínica.

SIGTAP

A Tabela do Sistema de Gerenciamento de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS (SIGTAP) é uma ferramenta de gestão que permite acessar a tabela de processos realizados pelo SUS e ficar por dentro das alterações e atualizações realizadas em cada um dos procedimentos.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o SITGAP não é uma tabela SUS. O SIGTAP é um local virtual que permite o acesso às mesas de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais (OPM) do SUS.

Por meio do SIGTAP, as pessoas podem conhecer os conteúdos gerais de um programa, como tipo de financiamento, ferramenta de registro, valor, CBO, CID, serviço/classificação, qualificação, incremento financeiro, complexidade etc.

Além disso, nessa ferramenta também podem ser elaborados diversos relatórios, como a relação e a compatibilidade entre os programas que orientam o desempenho do faturamento hospitalar.

Portanto, é um recurso que torna disponível todas as informações necessárias para o faturamento do SUS, bem como informações indispensáveis para as auditorias de saúde.

Como um software médico ajuda na comunicação de uma clínica ou consultório médico?

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Infelizmente,  em grande parte das clínicas e consultórios médicos, a comunicação é uma das áreas mais deixadas em segundo plano durante o gerenciamento do negócio.

Isso acontece porque muitos médicos, apesar de administrarem seus consultórios, ainda não se consideram como empreendedores, portanto, é uma atividade que exige tempo e dedicação para aperfeiçoamento profissional.

Uma das formas mais eficazes para facilitar isso é por meio dos softwares médicos, que reduzem a carga de trabalho administrativo, deixando o tempo e a cabeça para as atividades mais importantes – o atendimento e o cuidado com os pacientes.

Ao investir em um sistema na sua clínica ou consultório, você estará centralizando todas as ações e informações em uma única plataforma. 

Isso ajuda a manter o fluxo de informações sempre organizado e a conectar todas as áreas e serviços, o que agiliza e controla os processos. Não é à toa que esse tipo de recurso está se tornando cada vez mais popular no mercado da área de saúde.

Ou seja, assim como em qualquer outro empreendimento, buscar a otimização de serviços e ferramentas é um ponto chave na hora de fazer o gerenciamento de uma clínica médica.

No iClinic, por exemplo, você pode gerar relatórios com apenas alguns cliques, mostrando informações úteis como qual o procedimento mais rentável da clínica, qual convênio é mais utilizado e perfil de paciente mais atendido.

Além disso, o iClinic pode reduzir o tempo que um médico gasta em tarefas como:

  • Gestão financeira do negócio;
  • Agenda médica;
  • Privacidade nos atendimentos por Teleconsulta;
  • Preenchimento e armazenamento dos prontuários;
  • Agendamento online automatizado;
  • Ferramenta de marketing médico com disparo automático de e-mails, lembretes e mensagens para os pacientes.

Dessa forma, um software pode ajudar você a conquistar os seus objetivos profissionais e se tornar um médico ainda melhor.

Conheça mais sobre como você pode fazer uma gestão clínica de excelência por meio de um software médico!

Conclusão

Agora que você já sabe o que é TUSS, como essa tabela funciona, seus benefícios e o que pode acontecer caso sua empresa não a siga, é hora de começar a gerir melhor a sua clínica. 

Com um sistema médico, você terá um histórico da sua movimentação financeira, relatórios de gerenciamento para cada período e dados bem definidos da sua gestão e pacientes, com isso, você terá uma estimativa mais precisa do futuro da sua clínica.

Agora, sem dúvidas, você já possui conhecimento suficiente para dar o próximo passo e buscar a eficácia e organização da sua clínica médica: faça um teste grátis no iClinic, sem compromisso e sem adicionar dados de cartão.

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