Confira considerações valiosas para prescrever um medicamento!

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Principais tópicos

A prescrição de medicamentos é um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos. 

O médico, no exercício de sua profissão, emite uma enorme quantidade de documentos: prontuários, receitas médicas, laudos e atestados, entre outros. 

A precisão na emissão desses documentos é fundamental para evitar problemas para os pacientes e para a clínica médica. 

O setor de saúde é um dos que mais evoluem tecnologicamente a partir do desenvolvimento de inovações que melhoram o exercício da profissão e também a rotina dos profissionais.

Como resultado, a implementação de tecnologias nos consultórios e clínicas médicas sempre trará um ganho de produtividade, eficiência e qualidade para o atendimento, melhorando a experiência do paciente.

Os médicos que não se adaptarem às mudanças tecnológicas ficarão em desvantagem em relação aos outros profissionais. 

Nesse sentido, a receita médica digital ou prescrição eletrônica já é uma realidade indispensável em clínicas ou consultórios médicos, principalmente aqueles que utilizam de ferramentas como Teleconsultas para oferecer mais conforto e acessibilidade em seu atendimento. 

Entrando no lugar das receitas médicas de papel, a prescrição médica digital é uma importante inovação tecnológica que em conjunto com o prontuário eletrônico, contribui na rotina dos profissionais de saúde das mais diversas especialidades.

Considerações importantes para prescrever um medicamento

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Prescreva com letra legível e seja específico nas indicações de uso

Quem nunca pegou uma receita e não entendeu nada do que estava escrito ali? Se não fossem os farmacêuticos, que já estão acostumados com os medicamentos, certamente teria tomado medicação errada, não é mesmo? 

Por isso, é importante prescrever medicamentos com uma letra legível, pois além de facilitar o trabalho do farmacêutico, garante a segurança do paciente. 

Nesse sentido, o uso de abreviações não padronizadas também devem ser evitadas. O farmacêutico pode interpretar de maneira errada e fornecer medicamentos ou posologia diferentes do que foi prescrito ao paciente.

Uma alternativa que soluciona esse problema é o uso da tecnologia. Há vários softwares de gestão para clínicas e consultórios com plataformas de prescrição eletrônica.

A prescrição eletrônica do iClinic conta com milhares de medicamentos cadastrados, indicações, dosagens, orientações ao paciente, entre outros. 

Você também pode salvar modelos de receita que mais utiliza na prescrição, otimizando seu tempo ao evitar que escreva sempre as mesmas receitas e orientações. 

Ao finalizar a receita, você pode assiná-la digitalmente e enviar para seu paciente por WhatsApp sem sair do sistema e sem custo adicional, basta clicar no botão “Telefone do Paciente”.

Além disso, é possível emitir receitas com datas diferentes, para casos de pacientes que fazem uso contínuo da medicação. 

As receitas não devem conter rasuras

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Conforme a Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Vigilância em Saúde, uma receita médica deve estar preenchida com grafia de fácil entendimento, sendo a quantidade da medicação em algarismo arábico e por extenso, sem emenda ou rasura.

Por isso, caso o médico erre alguma informação durante o preenchimento da receita médica, ele deverá rasgar a receita e começar uma nova sem rasuras. No caso da prescrição digital, basta apagar a anotação, sem necessidade de desperdício.

Não se esqueça de datar as suas prescrições

As receitas médicas têm data de validade, que depende da classificação dos medicamentos, tempo de tratamento e retorno ao médico, e que podem variar de 10 dias a um prazo indeterminado. 

Por isso, é importante que o médico informe a data da prescrição. Assim, a receita obtida em uma consulta antiga provavelmente não será aceita na farmácia, caso o paciente tente comprar o medicamento novamente.

Nesse caso, a possibilidade de emitir receitas com datas diferentes para medicamentos com uso contínuo evita que o paciente se desloque até a clínica apenas para pegar uma nova receita

Você também pode aliar o uso da Teleconsulta a esse prática, facilitando o retorno para você, sua clínica e seus pacientes.

O carimbo é obrigatório para prescrição de substâncias entorpecentes e psicotrópicos

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Apesar de o carimbo ser opcional em situações simples, existem outros tipos de medicamentos que necessitam de um controle mais rígido. 

Assim, o uso do carimbo médico é obrigatório apenas para a prescrição de medicamentos e substâncias das listas A1, A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos).

Avise o paciente sobre possíveis efeitos colaterais do medicamento

Medicamentos são substâncias químicas e como tais podem interferir em diversas funções do corpo. 

Quando testam um fármaco, os pesquisadores observam sua eficácia no combate a uma doença específica, e também olham a ocorrência de eventuais danos ao organismo. 

Depois, registram se são moderados ou intensos, qual a duração deles e o padrão segundo o qual se manifestam. Esses danos são os chamados efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais mais corriqueiros na maioria dos medicamentos, está:

  • tonturas;
  • dores de cabeça;
  • sonolência;
  • vômito;
  • queda de cabelo;
  • rachaduras na pele;
  • erupções cutâneas;
  • amnésia temporária.

Nem todos que recebem a medicação vão experimentar um efeito colateral. 

A dose da medicação, a forma como é administrada e, especialmente, as características genéticas de cada um define se uma pessoa terá ou não efeitos colaterais e quão intensos serão. 

De qualquer forma, o médico deve alertar ao paciente sobre os efeitos colaterais previstos nos medicamentos prescritos, como a Dra. Paula Yume aborda em seu artigo:

“É importante ressaltar que, embora incômodos, efeitos colaterais e complicações não equivalem a falha de tratamento e sim a um percurso normal de qualquer terapêutica de longo prazo e que estamos disponíveis para lidar com esses imprevistos.”

Avalie a eficácia, custo, segurança, e aplicabilidade do medicamento

O  médico deve prescrever o medicamento que mais se adeque ao tratamento do paciente,  respeitando os artigos do Código de Ética Médica.

Para isso, deve-se avaliar a eficácia, segurança e aplicabilidade do medicamento no tratamento proposto. 

Além disso, o médico deve considerar o custo do medicamento em relação ao padrão de vida do paciente

Pois, dependendo da condição financeira do paciente, ele não terá recursos para comprar medicamentos com custo mais elevado e não seguirá o tratamento corretamente. 

Prescrever um medicamento: quais os tipos de receitas?

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1. Receituário simples

O receituário simples é um tipo de prescrição dedicada para medicamentos que não precisam obrigatoriamente de receita para serem comprados nas farmácias.

2. Receita de controle especial

O receituário de controle especial é o documento no qual é prescrito os medicamentos que afetam o sistema nervoso central, podendo causar dependência química ou física.

A receita de controle especial se destina a medicamentos de uso controlado. Imunossupressores, antibióticos e anti retrovirais são alguns exemplos de medicamentos que se enquadram nesse tipo de prescrição.

3. Receita azul

A receita azul é um modelo de notificação de receita para prescrição médica de medicamentos psicotrópicos e psicotrópicos anorexígenos. 

Existem dois tipos de notificação de receita azul, de acordo com a classificação dos medicamentos na portaria 344 da Anvisa: notificação de receita B1 e B2. 

A receita azul tipo B1 é utilizada para prescrever os medicamentos psicotrópicos e a receita azul tipo B2 é utilizada para prescrever medicamentos psicotrópicos anorexígenos

Por se tratar da prescrição de medicamentos psicotrópicos, o receituário azul é um documento que requer um controle maior dos órgãos de saúde. Por isso, esse tipo de receita possui uma numeração e tem um modelo padronizado. 

Desse modo, para um médico ter acesso à receita azul ele deve solicitar na Secretaria de Saúde da sua cidade um talão com a quantidade a ser impressa.  

4. Receita amarela

A receita amarela (receita do tipo A ou receita A) é um impresso de cor amarelada, destinado à prescrição de medicamentos entorpecentes (listas A1 e A2) e psicotrópicos (A3), sujeitos a controle especial de acordo com a legislação brasileira, à tabela CMED e à Portaria 344/98.

Cada receituário pode conter a prescrição de apenas uma substância, com quantidade necessária para tratamento durante 30 dias – que é, também, o período de validade da receita.

5. Receita branca de talidomida

A notificação de receita para talidomida será impressa e distribuída gratuitamente pela autoridade sanitária competente somente aos profissionais médicos devidamente cadastrados.

Ela é válida por 20 dias a partir da data de sua emissão e somente dentro da unidade federativa onde foi emitida e a quantidade de talidomida por prescrição  não poderá ser superior à necessária para o tratamento de 30 dias.

6. Receita branca para retinóides

A receita branca para retinóides de uso sistêmico deve ser impressa pelo médico ou pela instituição em que esteja filiado. 

Tem validade de 30 dias a partir da emissão e apenas dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração.

Poderá conter no máximo 5 ampolas e para as demais formas farmacêuticas a quantidade para o correspondente  a, no máximo, 30 dias de tratamento.

Erros que devem ser evitados quando for prescrever um medicamento

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Dosagem inapropriada

Prescrever dosagem errada de algum medicamento coloca em risco a saúde do paciente e a eficiência do tratamento. 

Esquecer de especificar a dosagem do medicamento também é comum, nesse caso, o farmacêutico ficará impedido de fornecer o medicamento ao paciente, e este terá que retornar ao consultório para retirar uma nova receita.

Erro na duração do tratamento

Além da dosagem, é necessário conter na prescrição médica o tempo de tratamento que o paciente deverá realizar. Muitos médicos se esquecem e prescrevem apenas a dosagem e os horários em que os medicamentos devem ser administrados. 

O paciente por sua vez, sem a informação, acaba tomando o medicamento por mais tempo que o necessário ou até mesmo interrompendo o tratamento antes do necessário por falta de informação.

Prescrição com itens duplicados

Os medicamentos prescritos mais de uma vez para o mesmo paciente, levando-se em conta a posologia.

Interações medicamentosas

As interações medicamentosas podem aumentar ou diminuir os efeitos de um ou ambos os fármacos. 

As interações clinicamente significativas são frequentemente previsíveis e, geralmente, indesejáveis. Por isso, além de verificar as possíveis interações, deve-se afastar as administrações de diferentes fármacos durante o dia

Deve-se orientar o paciente que ele administre os medicamentos com certo intervalo de tempo, a fim de evitar possíveis interações desconhecidas, lembrando que muitos pacientes, principalmente idosos, utilizam vários medicamentos ao mesmo tempo, o que ocasiona grandes chances de interações.

Ausência da identificação do registro do profissional CRM

A receita médica deve conter a identificação do médico, bem como o número do seu registro profissional CRM. 

Hoje, muitos médicos utilizam o CRM digital como uma alternativa para trazer mais segurança e transparência na prática médica. 

O CRM digital é um cartão rígido que possui um chip criptografado e que vem com um certificado digital para garantir a autenticidade das ações do médico em ambiente online.

Essa nova cédula de identificação profissional possui tecnologia antifraude avançada. Assim, o médico pode utilizar o cartão CRM para prescrição digital de medicamentos, assinar atestados digitalmente e outros documentos.

Omissão da dose na prescrição

O medicamento é prescrito, mas nenhuma dose (unidade) é dispensada ou o número de doses dispensadas é menor que o prescrito.

Significado das tarjas nas embalagens dos medicamentos

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As tarjas são uma forma de sinalizar visualmente especificações nas caixas dos remédios. A presença ou não e as colorações facilitam o trabalho dos farmacêuticos e também categorizam de forma mais clara para os clientes. 

Quem define as sinalizações é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso acontece porque todos os remédios precisam passar pelo controle de qualidade do órgão nacional, que é o responsável por certificar, distribuir e comercializar todos os medicamentos em solo brasileiro.

Venda livre: são medicamentos que podem ser vendidos de forma livre, que também são chamados de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP). São fármacos que podem ser adquiridos a qualquer momento e por qualquer pessoa. 

Tarja amarela: representa os medicamentos genéricos e deve conter a letra G e a inscrição “Medicamento Genérico”, na cor azul. Os genéricos são fármacos que possuem a mesma composição química dos remédios referência e são indicados para tratar os mesmos sintomas. 

Mesmo usando a tarja amarela, os laboratórios ainda precisam colocar a outra classificação, indicando se ele é pertencente à classe vermelha ou preta. 

Tarja vermelha: medicamentos com tarja vermelha devem ser vendidos com receita porque podem causar efeitos colaterais graves. 

Geralmente, é uma receita simples, mas, dependendo do tipo do medicamento, ele só poderá ser vendido com receituário de cor branca, que fica retido na farmácia.

Tarja preta: são medicamentos de venda e uso controlado, pois exercem ação sedativa ou estimulante sobre o sistema nervoso central. 

O grau de riscos à saúde é elevado e, por isso, precisam ser administrados seguindo rigorosamente a indicação médica. 

Fazem parte deste grupo os psicotrópicos – que só podem ser vendidos com receituário especial de cor azul – e os entorpecentes – comercializados após a apresentação de receituário especial de cor amarela. Ambas as receitas ficam retidas na farmácia.

Benefícios de prescrever um medicamento com a prescrição eletrônica

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A prescrição eletrônica é uma versão digital da prescrição médica tradicional utilizada há anos na área da saúde. Com a prescrição eletrônica, é possível padronizar todos os seus receituários com os nomes dos remédios, horários, dias e doses de medicamentos.

Assim como a prescrição tradicional, a eletrônica também precisa das informações do profissional, como nome do médico, número do CRM, carimbo e, se necessário, assinatura digital.

Os principais benefícios do uso da prescrição eletrônica são: 

Envio de qualquer lugar: diferente de um documento de papel, a receita digital pode ser enviada de qualquer lugar e a hora que você precisar por meio de SMS ou e-mail.

Além de proporcionar uma ótima agilidade, essa acessibilidade também é fundamental em situações de emergência, ou quando o paciente não pode se deslocar até o consultório.

Banco de dados atualizado: uma prescrição eletrônica eficiente possui uma base de medicamentos atualizada diariamente. 

Dessa forma, basta pesquisar pelo nome do medicamento que você deseja e ele será encontrado, trazendo sua composição e quantidade automaticamente.

Além disso, você pode incrementar sua base de dados adicionando medicamentos e composições de fármacos manipulados.

Um exemplo prático de software com essa base de medicamentos é o iClinic, que é integrado ao iClinic Rx, prescrição com banco de medicamentos atualizado, memorização de posologia e envio automático por WhatsApp.

Armazenamento seguro: com o armazenamento na nuvem, você garante que todas as suas prescrições sejam salvas em um servidor seguro, e só podem ser acessadas por pessoas autorizadas.

Maior proteção jurídica para profissionais de saúde: uma prescrição eletrônica pode reduzir erros, além de registrar todas as solicitações que foram realizadas pelo profissional de saúde e oferecer mais segurança de dados aos profissionais.

Com esse histórico, você consegue fornecer ao paciente o nome dos medicamentos que foram receitados, e exatamente em que hora isso ocorreu. Essas práticas garantem uma ótima proteção jurídica para a sua imagem profissional.

Impossibilidade de letra ilegível: a baixa legibilidade das prescrições gera imensas falhas na comunicação entre profissionais e pacientes, sendo apontada como uma das causas que mais contribuem para erros nas medicações.

Um documento digital é totalmente compreensível para os pacientes, diferente de letras que, mesmo sendo bonitas, podem não ser fáceis de ler. Isso significa que a chance de horários, ou até mesmo nomes de medicamentos serem confundidos, é nula.

Como realizar a emissão digital?

Para obter uma prescrição eletrônica, você pode contar com recursos como o iClinicRx, que tem memorização de posologia e envio automático por WhatsApp, e é integrado a  um software médico de gestão para clínicas e consultórios.

Diferente de uma plataforma exclusiva para prescrição, um software conta com diversas funcionalidades que irão trazer mais praticidade para sua rotina médica, como o prontuário eletrônico, Teleconsulta, entre outros.

Independentemente da sua escolha, o fato é que contar com uma prescrição eletrônica irá trazer segurança para sua prática médica.

Conclusão

Os profissionais de saúde devem estar conscientes de que as regras para prescrição de medicamentos são dinâmicas, e por conta disto devem se manter atualizados. 

Hoje, a prescrição digital otimiza a rotina dos profissionais de saúde, dispensa o uso do papel, minimiza fraudes (receitas falsificadas), e traz mais segurança aos processos da clínica.

E além de facilitar a organização dos seus documentos, a receita digital também facilita a vida no dia a dia do seu paciente e da farmácia evitando erros comuns como falta de letra legível e duplicidade de medicamentos. 

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