O Sistema de Informações em Saúde (SIS) consiste em um importante mecanismo de coleta, processamento e organização das principais informações de uma população, servindo de base para a tomada de decisões no planejamento dos serviços de saúde.
Com a conectividade digital e a necessidade cada vez mais de integração entre as instituições de saúde, programas como o Sistema de Informação em Saúde (SIS) são fundamentais para oferecer soluções acessíveis e práticas quanto ao compartilhamento de dados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o investimento nesses sistemas possui vários benefícios, como apoio à tomada de decisão médica, o auxílio direto ao paciente ao tornar ainda mais confiáveis e eficientes as consultas, tratamentos e exames.
Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam, financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde, além de contribuir acerca dos assuntos ligados a eles.
Dessa forma, os Sistemas de Informação em Saúde devem incluir todos os dados necessários aos profissionais de saúde e utilizadores dos sistemas, com o objetivo de desenvolverem e protegerem a saúde das populações.
Saiba como funciona e quais são os principais benefícios do Sistema de Informações em Saúde para os profissionais do setor. Confira nosso artigo completo!
O que são Sistemas de Informação em Saúde (SIS)?
Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) podem ser definidos como um conjunto de componentes relacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem informação para apoiar o processo de tomada de decisão e auxiliar no controle das organizações de saúde.
Os SIS são influenciados pela organização do SUS, e como tal, integram suas estruturas organizacionais e contribuem para sua missão.
São constituídos por vários subsistemas e tem como objetivo geral facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões.
Com a utilização da tecnologia no Sistema de Informações em Saúde, todos esses processos passam a ser feitos de forma digital, o que permite que todos os dados fiquem armazenados no sistema e permaneçam acessíveis apenas aos profissionais responsáveis.
É nesse contexto que o Ministério da Saúde vem propondo nos últimos anos a construção de uma estratégia de e-Saúde para o Brasil, buscando a qualificação dos processos de atenção à saúde à população.
Nessa proposta, um dos elementos fundamentais para o sucesso de tal estratégia é a conformação de um Registro Eletrônico de Saúde (RES) Nacional, pois é por meio dele que as informações podem ser reorganizadas, agregando valor para se tornarem um componente estratégico para tomada de decisão clínica e de gestão do sistema de saúde.
Qual a importância desses sistemas para uma clínica médica?
A informação em saúde é apontada pela literatura especializada como fundamental para subsidiar os gestores de saúde no processo decisório e na avaliação dos serviços e ações de saúde, objetivando o direcionamento político.
Em geral, os Sistema de Informações em Saúde dentro das clínicas possuem objetivos em comum de melhorar a saúde dos indivíduos e das populações, por meio da aplicação adequada de conhecimentos gerados a partir de informações organizadas.
O acesso a tamanha quantidade de dados e em tempo tão curto está diretamente relacionado ao avanço tecnológico que a humanidade vivenciou recentemente. E, quando falamos de informação, o aspecto tecnológico é uma importante dimensão que deve ser considerada.
Dessa forma, os Sistemas de Informação podem apresentar funcionalidades em diferentes níveis de complexidade, desde algo muito básico e específico até muito geral e sofisticado.
Porém, tem como finalidade básica fornecer informações para otimizar a gestão da clínica e os resultados dos programas e serviços de saúde dentro dela.
Por exemplo, um SIS é essencial para se monitorar o desempenho na execução de ações e serviços de saúde, prevenção de doenças e curativos, bem como a disponibilidade de medicamentos e utilização dos recursos existentes para tais fins.
Portanto, os Sistemas de Informações em Saúde (SIS), além de otimizar as estratégias de crescimento em clínicas e consultórios, é ainda responsável por garantir ainda mais eficiência na área da saúde.
Como deve ser um Sistema de Informação em Saúde?
Os Sistemas de Informação da Saúde (SIS) devem ser compostos por uma estrutura capaz de garantir a obtenção e a transformação de dados em informação, em que há profissionais envolvidos em processos de seleção, coleta, classificação, armazenamento, análise, divulgação e recuperação de dados.
Para profissionais da saúde, o envolvimento na construção de instrumentos de coletas, treinamentos para captação correta dos dados e o processamento da informação são importantes, uma vez que possibilitam maior domínio dessa área do conhecimento.
Vale a pena conhecermos, então, a Política Nacional de Informação e Informática, que especifica que um Sistema de Informação precisa de três matérias-primas:
- Coleta de dados: geração e registro dos dados devidamente padronizados;
- Informação: interpretação dos dados segundo as necessidades demandadas;
- Conhecimento: conjunto de aprendizado disseminado pela informação.
Os SIS coletam dados relativos ao processo de atenção à saúde, analisam esses dados e garantem a sua qualidade, relevância e atualidade, e convertem os dados em informação para a tomada de decisão.
No nível de cuidado do paciente o Sistema de Informações em Saúde deve assumir também a função de prontuário.
Evidentemente que, da mesma forma que os sistemas de âmbito nacional, o Sistema de Informações em Saúde com foco na atenção ao paciente deverá também suportar atividades de gestão organizacional.
Dessa forma, no âmbito do atendimento clínico, o SIS deve funcionar, por um lado, como um prontuário eletrônico do paciente (PEP) e, por outro, como um sistema de gestão em saúde, englobando recursos financeiros, recursos humanos, materiais, equipamentos e espaço físico.
Quais informações são produzidas por um SIS?
Um SIS deve ser organizado enquanto um instrumento de apoio à gestão de um Sistema de Saúde. Deve produzir informações que possibilitem:
- A avaliação de uma determinada situação de saúde;
- A tomada de decisões sobre as respostas (ações) a serem implementadas;
- O acompanhamento ou controle da execução (eficiência e eficácia) das ações propostas;
- A avaliação do impacto (efetividade) alcançado sobre a situação de saúde inicial.
No Brasil, existe a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais em Saúde, que produziu um rico relatório a respeito de desigualdades em saúde no Brasil: Fundação Oswaldo Cruz.
A análise sistematizada de indicadores de saúde produzidos a partir de Sistemas de Informações em Saúde já permitiu produzir inúmeras evidências que atestam a existência de desigualdades socioeconômicas em saúde.
Por exemplo, por meio de estudos epidemiológicos, verificou-se que os mais pobres e menos escolarizados adoecem e morrem mais cedo e por causas mais evitáveis que os mais ricos.
A construção de um SIS deve, portanto, ser um processo intimamente ligado ao planejamento institucional e ao saber epidemiológico, buscando definir informações realmente úteis e oportunas para as diferentes instâncias de decisão.
Todos os dados a serem coletados devem ser justificados pelas informações a serem geradas.
Quais os tipos de sistemas de informação existentes no setor de saúde?
Você conhece algum Sistema de Informação em Saúde? Por meio desses sistemas informatizados, você pode obter dados do Brasil, do seu estado, município e até do bairro, bastando acessar a internet nos sites específicos e confiáveis que vamos indicar aqui.
SISCOLO/SISMAMA
O Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e o Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA), foram desenvolvidos pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), em parceria com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
O objetivo do SISCOLO e SISMAMA, é auxiliar na estruturação e no gerenciamento de informações do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama, o Viva Mulher.
Dentre as atividades desenvolvidas por esses dois sistemas, estão as de registrar os exames citopatológicos e histopatológicos do colo de útero e de mama, além de mamografias.
SIS/PRÉ NATAL
É um sistema online que permite cadastrar a pessoa gestante, monitorar e avaliar a atenção ao pré-natal e ao puerpério prestadas pelos serviços de saúde a cada gestante e recém-nascido, desde o primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde até o atendimento hospitalar de alto risco.
O sistema contribui, ainda, para identificar fatores que caracterizam a gravidez de risco, com o objetivo de promover a segurança da saúde da mãe e da criança, e auxilia na identificação de complicações responsáveis pelas principais causas de morbidade e mortalidade materna e perinatal.
SIS/HIPERDIA
O Hiperdia é um programa da Estratégia de Saúde da Família para pacientes hipertensos e diabéticos e foi criado por meio da portaria nº 371 de 4 de março de 2002, a fim de realizar ações de tratamento e controle dos pacientes com essas patologias.
O SIS-HIPERDIA permite cadastrar e acompanhar os portadores de HAS e DM, captados em todas as unidades ambulatoriais do SUS. A partir dos cadastros locais, esse sistema pode gerar informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais e estaduais.
Portanto, o objetivo deste programa é vincular os portadores desses agravos às unidades de saúde, garantindo-lhes acompanhamento e tratamento sistemático, mediante ações de capacitação dos profissionais e de reorganização dos serviços.
SINAN
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017, Anexo).
Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória.
Além disso, permite que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto de intervenções.
SINASC
O sistema de Informação sobre Nascidos Vivos – SINASC foi implantado oficialmente a partir de 1990, com o objetivo de coletar dados sobre os nascimentos informados em todo território nacional e fornecer dados sobre natalidade para todos os níveis do Sistema de Saúde.
Nesse sistema é realizado o cadastramento das declarações de Nascidos Vivos (DN) para subsidiar o conhecimento da situação de saúde em relação aos nascimentos ocorridos no país.
Ele ainda tem como objetivo aumentar a cobertura e a qualidade das informações, possibilitando o melhor conhecimento da realidade sociosanitária e a possibilidade de atuar na resolução dos problemas de saúde da população.
SIM
O Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM, foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde em 1975, é produto da unificação de mais de quarenta modelos de Declaração de Óbito utilizados ao longo dos anos, para coletar dados sobre mortalidade no país.
O sistema possibilita identificar as principais causas de mortalidade, assim como sua categorização por faixa etária, observar o comportamento de eventos sentinela e monitorar a qualidade de declarações de óbito, fortalecendo a análise situacional e o processo de priorização de ações.
Os benefícios dos Sistemas de Informação para clínicas médicas
A medicina baseada em evidência é uma abordagem importante para a tomada de decisões clínicas.
A prática clínica baseada em evidência envolve diversas informações médicas validadas pela literatura científica, conjuntos de guias e manuais técnicos fundamentados na experiência e prática da medicina.
Essas informações validadas ficam em repositórios de informação médicas que podem ser aprimorados por meio da integração com sistemas de gestão e prontuários eletrônicos.
Dessa forma, um grande volume de dados clínicos poderia ser reunido criando bases de dados globais na área da saúde, como o Pubmed, uma das maiores bases de dados (BD) pública sobre informação biomédica.
Veja a seguir outras vantagens dos Sistemas de Informações para clínicas.
Maior facilidade para acompanhar métricas e objetivos
O Sistema de Informação em Saúde também é uma importante ferramenta de monitoramento de metas e objetivos. Por exemplo, ele permite verificar se determinada campanha ou iniciativa está dando resultados.
Sendo assim, é necessário investir em estratégias e tecnologias que trarão um retorno positivo para os pacientes, o que também aumenta o retorno financeiro do consultório.
Confira 4 principais formas de metrificar a experiência do paciente:
- NPS (Net Promoter Score): o Net Promoter Score é uma metodologia de satisfação de clientes desenvolvida para avaliar o grau de fidelidade dos clientes de qualquer perfil de empresa;
- CHS (Customer Health Score): o Customer Health Score (CHS) é um indicador do comportamento futuro do cliente. A função dele é medir a saúde do consumidor, sendo capaz de prever suas ações e desejos;
- CSAT (Customer Satisfaction Score): o Customer Satisfaction Score é um indicador utilizado para avaliar se uma empresa está cumprindo com as expectativas do cliente em um determinado momento da jornada de compra, além de avaliar o que pode ser aprimorado;
- CES (Customer Effort Score): O Customer Effort Score ou CES é uma métrica utilizada para medir o quanto de esforço um cliente precisou dispor para resolver alguma situação com uma empresa.
Maior previsibilidade de problemas
Antigamente o tempo de espera entre o pedido de um exame e o resultado demorava muito tempo, até mesmo algumas semanas.
Com a tecnologia da informação na saúde, todos os processos e procedimentos foram transformados e pacientes e médicos passaram a contar com diagnósticos mais rápidos e precisos.
Além disso, com o Sistema de Informação em Saúde é possível identificar os problemas de maneira antecipada, avaliando os dados, compartilhando e elaborando estratégias para minimizar possíveis impactos no segmento.
O programa poderá ajudar a prevenir crises de saúde, superlotação e epidemias, por exemplo. Portanto, saber usar esses avanços tecnológicos para melhorar o atendimento aos pacientes é um diferencial que traz retornos muito positivos.
Melhora a qualidade dos serviços
Uma das grandes vantagens de um Sistema de Informações em Saúde é a união de todas as informações do estabelecimento médico em um só lugar.
Quando todos os dados do paciente estão centralizados, é possível evitar desperdícios de tempo para procurar fichas, fazer agendamentos, ou relembrar todo o histórico refazendo perguntas que já foram feitas.
Ao tomar decisões mais acertadas, os profissionais poderão melhorar a qualidade do serviço oferecido nas clínicas e hospitais, por exemplo, encaminhamentos para locais com menor lotação, ou agilizar os atendimentos e realização de exames a partir de informações que constam no SIS.
Assim, a experiência do paciente poderá ser mais positiva.
Como um sistema médico auxilia na gestão de uma clínica?
As ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado vieram para facilitar todo o trabalho de gestão da clínica médica. Os sistemas médicos centralizam e otimizam diversas atividades para todos os profissionais da clínica e também aumentam a satisfação dos pacientes.
Um sistema médico permite que informações como cadastro de pacientes, confirmação de horários de consultas, fluxo de caixa, controle de estoque e fornecedores, fiquem em um só lugar.
Tudo fica disponível para que o gestor confira esses dados a qualquer momento.
Os sistemas para clínicas médicas foram desenvolvidos especificamente para atender as demandas dos consultórios e oferecer soluções para a rotina dos médicos, funcionários e até para o paciente, que pode agendar consultas sozinho e de casa, por exemplo.
Conheça os benefícios do software iClinic para consultórios e clínicas
Um software médico reúne todas as informações relativas à clínica. O sistema também integra os diferentes departamentos, tornando o fluxo de comunicação mais rápido e direto.
Um software médico com armazenamento em nuvem garante a segurança das informações e limita o acesso de pessoas à informação. Ou seja, qualquer falha na segurança pode ser detectada e corrigida de forma rápida.
Mesmo para os médicos mais tradicionais, um software de gestão para clínicas tem o poder de transformar o dia a dia de trabalho e tornar a rotina mais simples. Além disso, é uma ótima ferramenta para melhorar o controle de todas as etapas do processo.
Com o iClinic, por exemplo, você possui funcionalidades que vão desde a área de atendimento aos pacientes, até atividades administrativas como gestão financeira, relatórios, e-mail marketing, entre outros.
Além disso, o iClinic auxilia a integrar todos os dados da clínica em um único local por meio do armazenamento na nuvem, que também conta com uma ótima segurança de dados.
Veja a seguir outras soluções que o iClinic oferece:
Agenda médica: a agenda médica é uma ferramenta-chave para a rotina médica. Se bem gerenciada, ela consegue evitar atrasos e garantir uma experiência positiva para os pacientes.
Agendamento Online: o agendamento de consulta online serve como uma plataforma que permite ao seu paciente ver os horários disponíveis para atendimento e escolher qual é o que atende melhor à sua necessidade.
Outra vantagem é que ele pode fazer esse agendamento a qualquer hora do dia, não sendo necessário esperar uma resposta em horário comercial para iniciar o agendamento.
Prontuário eletrônico: o prontuário eletrônico auxilia a troca de informações entre profissionais de saúde por ser muito mais seguro e compartilhável.
A personalização do prontuário se torna ainda mais importante quando você consegue ter os dados centralizados e acessíveis de qualquer dispositivo.
Ao utilizar um software médico na nuvem, você consegue integrar prontuário, agenda e dados financeiros de seu consultório em um só lugar.
Teleconsulta: a Teleconsulta do iClinic permite o atendimento a distância de forma fácil e segura, por meio de ferramentas como compartilhamento de tela, integração com prontuário, termo de consentimento para pacientes, gravação das consultas e muito mais.
Conclusão
Ao se fazer a integração de dados de saúde é possível encontrar diversos benefícios, tanto no resultado para o paciente quanto para a clínica.
A busca por informações sobre pacientes como resultados de exames, anamnese, dados cadastrais, entre outros, toma tempo do colaborador e às vezes do próprio médico, que poderia ser mais produtivo com essas informações todas unificadas em sistema de fácil acesso.
Até mesmo tarefas administrativas, como faturamento de exames por exemplo, podem ser beneficiadas, integrando dados de atendimento com planos de saúde, valores de repasse, preço dos exames, entre outros dados.
Aplicando boas técnicas de Sistemas de Informação em Saúde (SIS), o seu consultório médico conseguirá ocupar um lugar de destaque no setor de cuidados com o paciente.
Portanto, um sistema médico tornará a gestão administrativa e financeira de clínicas e consultórios muito mais simples. Se ficou interessado em conhecer mais sobre o iClinic, acesse nosso site.