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Descubra como criar um relatório médico em 5 passos

Um relatório médico é um direito do paciente e obrigação legal do médico. Para construir um bom relatório, é preciso ter dados completos do paciente, descrição do caso e identificação do médico.

Esse documento é um dos mais importantes no serviço de saúde, pois é uma declaração oficial das condições do paciente, assim como sua evolução e histórico.

Ele é fundamental para conseguir benefícios como os do INSS, ou seja, é essencial que seja descrito da forma mais correta e precisa possível.

Veja abaixo o que você vai aprender neste artigo:

O que é um relatório médico?

relatorio medico profissional

O relatório médico é uma descrição completa sobre o caso clínico do paciente. Ele possui validade jurídica, natureza declaratória, aborda tratamentos e evolução, mas não um diagnóstico.

Como seu objetivo é apenas descrever o estado do paciente, o documento é utilizado para análise do INSS, cobertura de planos de saúde e concessão de benefícios garantidos por leis.

Ele também pode ser utilizado quando a pessoa opta por trocar de médico ou estabelecimento médico, logo, é importante que o profissional tenha um histórico completo para dar continuidade no tratamento.

Qual a importância do relatório médico?

Você já notou que o relatório médico é um documento sério que o paciente pode solicitar sempre que necessário, mas é preciso enfatizar que ele é uma obrigação prevista no Código de Ética Médica, artigo 91.

Os profissionais de saúde não podem cobrar para produzir o documento e não devem emitir juízo de valor. O relatório pode permitir que o paciente receba alta, benefícios ou continue seu tratamento.

O que o CFM diz sobre relatório médico e o direito do paciente?

O Conselho Federal de Medicina especifica como fazer o relatório de forma correta e enfatiza que o profissional deve descrever informações essenciais sobre o paciente.

O conteúdo pode variar de acordo com o motivo da solicitação do documento, mas geralmente vemos essas informações:

Caso o médico ache necessário, é possível deixar sugestões no documento, como afastamento, tempo de repouso e aposentaria, mas não é obrigatório.

Essa não obrigatoriedade se dá porque o relatório é um documento para que o perito julgue o caso, logo, não cabe ao médico que produz o relatório tomar decisões, apenas descrever.

Vantagens do relatório médico para a relação com o paciente

O relatório não é apenas uma obrigação legal, mas também uma forma de melhorar a relação médico-paciente.

Por meio do documento, o paciente consegue obter benefícios importantes, como aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, entre outros.

As entidades oficiais também se beneficiam, porque um relatório médico bem produzido dá evidências suficientes para que o perito chegue a uma conclusão com mais facilidade.

Ou seja, como o relatório mostra a qualidade da sua assistência médica, o paciente ficará tranquilo, porque sabe que o documento trará informações verdadeiras.

De acordo com a Jusbrasil, os relatórios médicos têm validade de até 90 dias para o INSS, enquanto a Justiça costuma considerar a validade de até 180 dias.

Tipos de relatórios médicos

Existem duas classificações de relatórios médicos:

Também há relatórios mais gerais, como aqueles feitos após a alta ou para dar continuidade no tratamento em outras instituições.

Exemplos práticos de relatório médico do paciente

Confira abaixo 2 exemplos de relatório médico do paciente.

Como fazer um relatório médico?

1. Preencha todos os dados com atenção

O primeiro passo é preencher todos dados necessários com cuidado e atenção, principalmente se for escrito à mão, porque deve ser legível e se possível, sem rasuras.

Dependendo da solicitação, as informações presentes no relatório irão variar, mas sempre é preciso identificar o paciente e se identificar juntamente com seu registro no CRM.

Além do seu nome completo e registro, é necessário ter um carimbo assinado ou assinatura digital, caso opte por um documento eletrônico.

O documento eletrônico é mais recomendável porque não há chances de ser ilegível ou ter rasuras. Ele também oferece mais segurança de dados, já que sua assinatura digital não pode ser falsificada.

Caso a doença do paciente gere consequências severas em sua qualidade de vida, tenha ainda mais cautela, porque o tratamento será ainda mais rigoroso.

Faça de tudo para que o perito tenha clareza total sobre as limitações do paciente. Adicione resultados de exames, análises e todas as descrições que julgar necessário.

Assista nosso vídeo para aprender mais sobre a assinatura digital:

2. Descreva detalhadamente o caso

A resolução nº 1.851 do Conselho Federal de Medicina traz orientações sobre como detalhar o caso clínico, consulte-a sempre que quiser relembrar como produzir o relatório médico.

Lembre-se que o documento não tem finalidade diagnóstica, ou seja, você não pode trazer seu julgamento de valor, apenas completar com informações relevantes.

3. Torne o relatório médico confiável com a tecnologia

Um relatório de papel pode ser prejudicado por acidentes como derramamento de líquidos, amassados, e pode ser visto por qualquer pessoa, caso alguma falha ocorra no processo de transporte.

Um relatório eletrônico não é perdido e impossibilita alterações posteriores. Ele também pode ser enviado diretamente para o paciente sem que ele precise sair de casa.

O ideal é você ter um software médico com um prontuário eletrônico de qualidade, que impossibilite que você realize alterações após o término das consultas.

Assim, você consegue ter respaldo jurídico de que todas as suas observações são confiáveis.

4. Defina um modelo padrão para seus relatórios

Para agilizar a produção dos documentos, crie um modelo padrão para cada tipo de relatório. Essa prática é mais eficiente quando você possui um prontuário eletrônico.

Dessa forma, ao invés de sempre digitar as mesmas coisas, você apenas completa o que for singular para cada paciente e tem menos chance de cometer erros, como se esquecer de algum dado.

Ficou interessado em ter um prontuário eletrônico? Baixe nossa guia gratuito para escolher o ideal para a sua clínica:

5. Revise seu relatório

Mesmo que você já produza relatórios médicos há muitos anos, o modo automático às vezes faz com que cometamos erros comuns.

Por isso, após finalizar o documento, deixe-o de lado por alguns minutos para tirar o “olhar viciado” e revise todas as informações que escreveu.

Você pode se lembrar de um detalhe importante e mesmo que não falte nada, se sentirá mais seguro de que entregou um documento completo que será útil para o paciente.

O que não pode faltar em um relatório médico?

O conteúdo do relatório médico pode variar dependendo da sua finalidade. Na prática, isso significa que o relatório médico pode conter informações relacionadas a:

Além dessas informações, há também de se preencher em um relatório alguns dados de identificação do médico e do paciente, como:

Qual a diferença entre relatório médico, laudo e atestado?

O laudo médico tem o objetivo de descrever conclusões tiradas após um resultado de um exame. Ele é assinado por um especialista e é fundamental para a continuidade da assistência médica.

O atestado médico é apenas uma declaração sobre um fato médico e suas consequências, como uma espécie de comprovação que o paciente tem uma doença.

Ele é utilizado quando o paciente precisa faltar no trabalho e a empresa exige que um atestado seja apresentado.

As principais diferenças entre um laudo, um atestado e um relatório, é que o relatório médico não contém juízo de valor ou diagnóstico, porque apenas descreve detalhadamente o caso clínico do paciente.

O que pode comprometer a qualidade de um relatório médico?

Uma vez que o relatório médico é um documento oficial, é importante que ele tenha um padrão de qualidade e de conformidade.

No entanto, existem alguns fatores que podem comprometer a excelência do documento, e os profissionais devem ficar atentos para eles.

A ligação entre o relatório médico e a confiabilidade de dados

Desde 2020, clínicas médicas, hospitais, consultórios e demais estabelecimentos na área da saúde precisam manter seus sistemas adequados à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A LGPD prevê multas elevadas a estabelecimentos que descumprirem as normas. O valor pode chegar a 5% do faturamento bruto da empresa responsável ou a um teto de R$ 50 milhões.

Para se blindar deste tipo de situação, as clínicas e consultórios devem contratar serviços com tecnologia de ponta, que garantam de fato a segurança dos dados dos pacientes.

Por meio de um bom software, como o da iClinic, você tem acesso a todos os dados que precisa sobre os atendimentos, os encontra de forma simples e evita que qualquer erro ou negligência sejam cometidos.

Somado a isso, o sistema da iClinic ainda oferece modelos personalizáveis para os documentos, que tornam sua elaboração ainda mais rápida, assertiva e livre dos riscos inerentes às anotações manuais.

Vale a pena implantar um sistema que facilite a geração de relatórios na sua clínica?

Um software de gestão pode automatizar vários processos que são realizados manualmente, e com isso trazer segurança, produtividade e diminuir erros e esquecimentos.

Além disso, ele é capaz de centralizar todas as informações em um só local, facilitando consultas e geração de relatórios e outros documentos médicos.

O objetivo de um software de gestão para clínicas é otimizar a execução de tarefas como agendamento de consultas, comunicação com os pacientes, controle financeiro e de estoque, gestão de marketing, entre outras.

As inovações também estão nas operações diárias dos médicos, como os laudos, relatórios e prontuários eletrônicos.

Com um sistema tecnológico de qualidade, é possível otimizar o lançamento de diagnósticos facilitando o compartilhamento de informações.

Conclusão

Consciente da importância do relatório médico, cabe ao profissional elaborar corretamente o relatório, para que cumpra sua finalidade de maneira eficaz e ágil.

Uma dica importante para dar conta da gestão da sua clínica é otimizar tempo e aumentar a produtividade investindo em gestão integrada.

E para isso, a ajuda do iClinic é fundamental. Isso porque garante centralização (reúne tudo em um só lugar para você acessar pela internet de onde quiser).

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