A informática médica transforma a medicina com suas inovações tecnológicas e essas mudanças refletem no trabalho de todos os profissionais envolvidos em clínicas e hospitais.
A informática médica é um fato consumado tanto nacional quanto internacionalmente e encontra-se em processo de acelerado desenvolvimento.
De modo geral, a informática médica é o campo científico que trata do armazenamento, recuperação e uso otimizado das informações médicas, objetivando resoluções mais rápidas de problemas e tomada de decisões na área de saúde.
Porém, acompanhar esse crescimento vertiginoso é uma tarefa difícil que requer interesse e compromisso com o desenvolvimento profissional.
Nesse sentido, diversos softwares vêm sendo desenvolvidos visando facilitar as etapas do trabalho de investigação científica.
Esse conceito está relacionado à integração de ferramentas tecnológicas com a medicina e envolve mecanismos automatizados, como os sistemas de gestão para consultórios médicos.
Confira neste artigo como se originou o conceito de informática médica e por que ela é tão importante para o desenvolvimento do setor de saúde!
O que é informática médica?
A informática médica é a área do saber que trata das aplicações e usos das ferramentas de automação de processamento de dados nos vários segmentos de atividades relacionadas à saúde do indivíduo e da coletividade.
De um modo simplificado, podemos dizer que a informática em saúde é o uso de computadores e sistemas de comunicação e informação na assistência médica, ensino e pesquisa na área da saúde.
Qual a origem desse termo?
A expressão “informática médica” tem sua origem entre os anos de 1968 e 1970, na Rússia, França e países de língua inglesa, ao se referir, inicialmente, a uma interface entre disciplinas, como ciência da computação aplicada à medicina ou ciência da informação médica.
Com a formalização desse conceito em 1974, a informática médica passou a ser reconhecida como um componente importante da prática global de medicina.
Surgiram muitos centros acadêmicos e de pesquisa de informática médica, com o interesse de se desenvolver sistemas de registro médico computadorizado que tivessem os princípios básicos determinados pela informática médica.
Tal aplicação acompanhou as discussões mundiais sobre o desenvolvimento tecnológico em termos de custo, benefícios, aspectos éticos e ideológicos.
Qual é a importância da informática na medicina?
A tecnologia está permitindo cada vez mais excelência no atendimento nas clínicas. Isso acontece principalmente por conta da praticidade na hora de encontrar informações, que antes ficavam perdidas em pilhas imensas de papéis.
Conheça agora as 4 principais vantagens da informática na medicina:
Integração das informações
A integração das informações facilita a visualização sobre como seu negócio realmente está indo. Afinal, para analisar suas finanças, você precisa checar todas as planilhas e registros financeiros.
No caso das clínicas e consultórios, por meio da informática médica é possível automatizar quase todos os processos de gestão, via ferramentas como prontuário eletrônico, prescrição digital, relatórios, entre outros.
Por conta de todas essas questões, os profissionais de saúde buscam sistemas que atendam todas as suas necessidades, tanto na parte do atendimento para pacientes, quanto para a gestão da clínica.
Essa integração permite um atendimento personalizado, mais produtividade com menos tempo gasto, e um diagnóstico preciso para os pacientes.
Para ter produtividade no dia a dia, você precisa contar com um sistema completo, que organize sua gestão e te ajude a oferecer um atendimento personalizado para os pacientes.
Melhoria nas técnicas cirúrgicas
A informática médica na área de saúde também é marcada pelo uso de robôs em cirurgias, o que permite maior precisão e segurança nas intervenções médicas.
Na cirurgia robótica, os médicos podem realizar procedimentos complexos com mais precisão, flexibilidade e controle, porque estão sendo assistidos por um sistema que aumenta suas capacidades e os ajuda a superar limitações humanas.
Dessa forma, o médico tem uma visão aumentada da área a ser trabalhada e comanda o equipamento com movimentos milimétricos, funcionalidade importante para áreas do corpo com muitos vasos sanguíneos ou nervos.
Além disso, como as incisões são muito pequenas, a utilização da robótica nos procedimentos cirúrgicos garante ainda uma recuperação mais rápida dos pacientes.
Maior autonomia do paciente
É papel do médico entender as necessidades de cada paciente e promover sua autonomia para que ele não seja apenas um expectador do seu tratamento, mas sim uma figura ativa nele.
Nesse sentido, o agendamento de consulta online serve como uma plataforma que permite ao seu paciente uma maior autonomia no processo de marcação de consultas.
Desde o primeiro momento, o paciente já poderá ver quais são os horários disponíveis para atendimento e escolher qual é o que atende melhor à sua necessidade.
Outra vantagem é que ele pode fazer esse agendamento a qualquer hora do dia, não sendo necessário esperar uma resposta em horário comercial para iniciar o agendamento.
Isso faz com que a experiência pré-consulta seja otimizada, pois valoriza o tempo do seu paciente e coloca ele num papel de destaque, tomando as ações e escolhendo o que mais faz sentido pra ele.
Assista nosso vídeo para entender como o agendamento online funciona na prática:
Diagnósticos mais precisos
A informática na medicina também permite diagnósticos mais precisos. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, por exemplo, permitem visualizar as estruturas internas do corpo em alta definição.
Desse modo, é possível fazer a detecção de doenças graves em estágios iniciais, como o câncer, aumentando consideravelmente o sucesso nos tratamentos.
Além disso, por meio da Telemedicina, o médico consegue debater o caso com um especialista de outra localidade, que tem acesso ao exame e pode colaborar para a precisão do diagnóstico e direcionamento do tratamento.
Informática médica no Brasil
As aplicações da Informática médica no Brasil englobam sistemas para as áreas de pesquisa e ensino médico, reconhecimento de padrões, predição, planejamento cirúrgico, simulação de processos biológicos como as fases da reprodução celular, entre outros.
O surgimento dessa ferramenta no país está relacionado com o uso da ciência da computação como suporte da área médica, principalmente em universidades públicas.
Em 1972, o departamento de Fisiologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto iniciou a aplicação de computadores e calculadoras programáveis na análise de dados fisiológicos, simulações aplicadas ao ensino e pesquisa de banco de dados.
Já em 1976, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP utilizou minicomputadores Hewlett-Packard na implantação dos primeiros sistemas de monitoração fisiológica digital e de apoio a testes hemodinâmicos do país.
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina incumbiu a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) de definir as normas de certificação dos programas de utilização médica.
Vale ressaltar que toda a sociedade civil deve dar atenção para o tema de privacidade do paciente, frente aos impactos da introdução de um identificador único do paciente, o Cartão Nacional de Saúde pelo Ministério da Saúde do Brasil.
O impacto da informática médica na pandemia de COVID-19
Durante uma pandemia, mais que em nenhuma outra situação de saúde pública, os sistemas de informática cumpriram um papel crucial no gerenciamento dos dados e com a rapidez exigida pela situação.
Os dados de saúde devidamente centralizados permitem planejar ações que reduzam as possíveis desigualdades em saúde nos diferentes níveis da atenção e facilitam a implementação de estratégias para abordá-los.
Além disso, as plataformas de Teleconsulta, monitoramento remoto de pacientes e comunicação a distância, permitem à atenção primária manejar a assistência médica e facilitam o seguimento domiciliar das pessoas com COVID-19.
Esses mesmos mecanismos, integrados aos prontuários eletrônicos e aos sistemas locais e nacionais de informação, permitem e facilitam as referências, em âmbito hospitalar, dos pacientes com sinais e sintomas graves ou com fatores de risco.
Portanto, os sistemas de informática médica permitem o acesso e intercâmbio imediato, ágil e coordenado dos dados e a priorização da atenção, do acesso e da resposta, sobretudo às pessoas em situação de vulnerabilidade.
Quais os desafios da informática na área da saúde?
Em países desenvolvidos, com o destaque para o setor médico norte-americano e para os países europeus, grande parte das clínicas, hospitais, órgãos de saúde pública, seguradoras de planos de saúde, universidades, indústrias de equipamentos e farmacêuticas estão em busca de profissionais de informática clínica.
Essa nova especialidade médica abrange os profissionais que se dedicam para a informática aplicada no setor de saúde.
Nos EUA, por exemplo, as ofertas para esse setor já são bem abrangentes, e ainda faltam profissionais para suprir com essa grande demanda.
Dessa forma, um dos principais problemas é o fato de que esses profissionais ainda são extremamente raros, principalmente em território brasileiro.
No Brasil, a demanda de mercado aumenta de maneira gradativa por conta da Telemedicina, do prontuário eletrônico para os pacientes e da própria saúde móvel.
Além disso, também existem outros desafios para implementar a informática na área da saúde que são as ações de formação profissional visando a alfabetização digital dos profissionais de saúde, como:
- Tecnologias de uso frequente para responder crises epidemiológicas;
- Telessaúde;
- Prontuários eletrônicos;
- Processamento de dados;
- Manejo de ferramentas para a comunicação virtual e a aprendizagem online.
Principais tecnologias da área da informática médica
Além dos avanços tecnológicos em pesquisas, descoberta de novas curas, equipamentos de diagnóstico, softwares médicos de gestão e comunicação por dispositivos móveis, esses recursos possuem cada vez mais destaque na informática médica.
Continue lendo para conhecer as tendências que pretendem tornar os processos ainda mais eficientes em clínicas, consultórios e operadoras de saúde.
Inteligência artificial
A inteligência artificial (IA) utiliza sistemas e máquinas que simulam a inteligência humana para realizar tarefas, só que com capacidade maior de processamento e aprimoramento contínuo.
Os supercomputadores da área da saúde são um ótimo exemplo de IA. Ao serem configurados por meio de dados e estudos médicos, eles conseguem identificar diagnósticos precoces com maior precisão e agilidade do que um profissional humano.
Diferentemente do que muitos imaginam, a IA não substituirá os profissionais de saúde, mas os profissionais que se aprofundarem em IA terão inúmeras vantagens sobre aqueles que não buscam ter conhecimento.
Portanto, a inteligência artificial permite que a área da saúde ganhe mais agilidade, precisão e eficácia, ao mesmo tempo que os profissionais têm mais tempo para focar no tratamento dos pacientes.
Internet das coisas (IOT)
A IoT na Medicina é um termo originado da área tecnológica que descreve como todos os objetos e dispositivos do nosso dia a dia podem estar conectados à internet e agirem de forma autônoma.
IoT, ou Internet das Coisas, não é mais uma inovação tecnológica do futuro, e sim uma tecnologia atual.
Atualmente, as pessoas podem programar suas Alexas para acionarem robôs aspiradores, alimentadores inteligentes, entre outros dispositivos que conseguem funcionar sem a interferência humana.
Um estudo do Simpósio de Tecnologia afirma que a IoT na área da saúde torna os serviços médicos mais seguros, eficazes e ágeis, além de permitir tratamentos únicos para cada paciente.
Transformação digital
A transformação digital na saúde é uma demanda já identificada por gestores.
No entanto, o processo de digitalização não é imediato, mas com a clareza da infraestrutura, definição do orçamento e profissionais qualificados, é possível elaborar um plano de médio prazo.
Para que haja a modernização e digitalização dos processos da clínica, os profissionais dos diferentes departamentos devem ser qualificados e treinados para operar as novas ferramentas, sistemas e dispositivos.
Com isso, podem-se definir prazos para as transformações operacionais da clínica, considerando cada departamento ou atividade.
Assim, o plano também deve examinar quais os investimentos necessários, o período de implementação, as tecnologias e outras informações relevantes.
Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais (LGPD)
A LGPD regulamenta como os dados pessoais dos cidadãos devem ser tratados no Brasil. Na saúde, a lei nº 13.709 olha com ainda mais atenção os dados pessoais e sensíveis dos pacientes.
Seus principais fundamentos são:
- O respeito à privacidade;
- A autodeterminação informativa;
- A liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
- A inviabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
- O desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
- A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;
- Os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
Dessa forma, a Lei Geral de Proteção de Dados segue uma tendência mundial de preocupação com a forma como os dados pessoais das pessoas são usados por empresas e instituições, principalmente no contexto digital.
Automação de processos
Com automação de processos, o retrabalho diminui porque a tecnologia dos sistemas agiliza procedimentos rotineiros do consultório e de gestão, tornando possível mensurar o tempo de cada tarefa.
Pense nas recepcionistas de uma clínica ou consultório. Elas podem perder quase um dia inteiro apenas confirmando consultas por ligação ou mensagem.
O agendamento online do iClinic, por exemplo, permite que os pacientes marquem consultas de qualquer lugar e é integrada com a agenda do sistema, que possui envio de lembretes de consultas automáticos.
Assim, os profissionais da recepção podem automatizar tarefas repetitivas e focar em tarefas como organização da recepção, atendimento aos pacientes e gestão de relacionamento com clientes e fornecedores da clínica.
Portanto, a automação das funções e tarefas de cada profissional, desde a recepção até o médico, garante que o atendimento ao paciente seja mais rápido e adequado.
Marketing médico
A definição do marketing é toda atividade que você faz para criar, comunicar e entregar valor para o seu público.
Dessa forma, estar por dentro do mercado digital é fundamental, pois as gerações buscam, cada vez mais, saber sobre os serviços e o profissional antes de marcar uma consulta, mesmo quando recebem indicações.
Para realizar o marketing médico, você deverá alinhar a expectativa do paciente sobre o seu atendimento com a experiência que ele de fato obterá.
Diferentemente do que muitos pensam, esse conceito vai além da simples propaganda da clínica. O marketing médico tem como princípio mostrar o valor do seu serviço aos pacientes, destacando o seu diferencial e oferecendo a melhor experiência possível a eles.
Confira alguns benefícios para começar a investir no marketing médico:
- Auxilia na atração de novos pacientes;
- Melhora a experiência do paciente;
- Proporciona um consultório diferenciado com destaque no mercado;
- Oferece um ótimo custo-benefício;
- Possibilita que você se torne referência em sua área;
- Ajuda na fidelização de pacientes;
- Faz com que sua produção de conteúdo ajude muitas pessoas.
Baixe gratuitamente nosso eBook sobre como atrair pacientes particulares para sua clínica e descubra como o marketing pode aumentar seus resultados de forma ética, justa e por meio de tecnologias de comunicação:
Compartilhamento de multimídias
É a abordagem que afirma ser possível compartilhar vários tipos de informação, como imagens de radiografias, tomografias, imagens histológicas e anatomopatológicas, fotos de pacientes, laudos, resultados de exames e de sinais biológicos.
Com a informática médica, mesmo os profissionais que estão distantes uns dos outros e dos pacientes, podem consultar remotamente informações médicas, compartilhar prontuários eletrônicos e solicitar ajuda e opiniões em casos clínicos.
Com o emprego desse conceito, é possível proporcionar o acesso à saúde para os segmentos da população em que esses cuidados são raros, como pacientes localizados em regiões afastadas dos grandes centros.
Nessa modalidade, a internet é bastante utilizada, por possibilitar o armazenamento de informações multimídia sobre o paciente e por proporcionar o acesso em quaisquer partes do mundo.
Conclusão
A informática médica dispõe de ferramentas e instrumentos interessantes, que ajudam a automatizar vários processos e deixar seu atendimento mais produtivo e eficiente, além de oferecer mais facilidades para seus pacientes.
Esse recurso envolve a captura, o armazenamento e o processamento das informações de rotina, bem como a geração do diagnóstico, a orientação terapêutica e o compartilhamento multimídia.
Dessa maneira, você se conecta com o paciente e oferece uma experiência diferenciada, que com certeza fará toda a diferença para o sucesso do tratamento. Conheça mais sobre como a iClinic pode te ajudar com essa transformação digital!