Quer abrir sua clínica de saúde sem cometer os erros mais comuns? Confira neste artigo dicas incríveis para montar seu negócio com sucesso.
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Ao terminar sua residência, um dos caminhos que você pode seguir é abrir sua própria clínica ou consultório médico.
Escolher se tornar um médico empreendedor traz diversas oportunidades para sua carreira, como administrar seu próprio trabalho, se tornar um destaque em sua especialidade, entre outras.
Segundo o Censo de Demografia Médica do CFM, nos “últimos 47 anos, o número de médicos cresceu 665,8%, ou 7,7 vezes o contingente inicial, enquanto a população [geral] aumentou 119,7%, ou 2,2 vezes.”
Em um mercado tão concorrido como é a área da saúde, abrir uma clínica com sucesso é importante para garantir que seu negócio não feche por erros comuns.
Com a independência que você normalmente não teria trabalhando em um hospital, ao abrir sua própria clínica, você pode escolher a melhor forma de atender seus pacientes e oferecer um atendimento humanizado no seu próprio negócio.
Por outro lado, esse processo de abertura não é tarefa fácil. Mas existem erros que, ao serem evitados, facilitam essa trajetória e te ajudam a garantir ainda mais sucesso no seu empreendimento.
Como normalmente os cursos de medicina não trazem disciplinas como administração e gestão médica, elaboramos este artigo para trazer os principais erros que você não deve cometer nesse processo.
Continue a leitura e veja a seguir quais são eles.
7 erros mais cometidos na hora de abrir uma clínica de saúde
Na hora de começar um novo negócio, cometer erros é muito comum, principalmente para quem está iniciando o processo ou nunca fez um curso especializante sobre gestão de clínicas.
Pensando em te ajudar nesse processo, separamos os 7 erros mais comuns que a maioria dos médicos cometem em seus consultórios. Boa leitura!
1. Ignorar o público-alvo
Qual é o tipo de paciente que você deseja atrair para o seu consultório?
O público-alvo do seu negócio seria o perfil de “paciente ideal” que você deseja atrair, atender e fidelizar.
Vamos supor que você tenha um consultório pediátrico perto de uma área residencial. Seu público-alvo seriam as famílias com filhos que moram perto da sua localização.
Ter conhecimento sobre seus pacientes é um fator muito importante que pode ajudar em diversos aspectos na hora de abrir seu consultório, como as melhores formas de divulgação, decoração e escolha do local.
Com um bom conhecimento sobre o perfil dos seus pacientes, você pode até mesmo decidir se vale a pena se credenciar a um plano de saúde ou não.
2. Escolher a localização errada
Muitos médicos costumam deixar de lado a escolha do local durante o planejamento estratégico, e isso pode ser um erro fatal.
Diferente da decoração do seu consultório, mudar seu endereço exige um investimento alto, pois além de fazer todo o processo de mudança, você precisa informar a todos os pacientes e fornecedores sobre o novo local de atendimento.
Por isso, na hora de escolher o melhor lugar para o seu negócio, lembre-se de conferir se ele é de fácil acesso para o perfil dos seus pacientes, se possui local para estacionar facilmente, bem como se ele atende às exigências legais de estabelecimentos médicos.
A escolha do local influencia diretamente no volume de pacientes que você terá, por isso lembre-se desse ponto durante o seu planejamento.
3. Não ter toda a documentação necessária e outras exigências legais
Para regularizar o seu consultório, você precisa garantir que tem toda a documentação necessária, além de seguir todas as normas exigidas pelos órgãos regularizadores como a Anvisa.
Um dos documentos que você precisa conhecer é o Segurança do Paciente, um manual com boas práticas de funcionamento para os estabelecimentos de saúde.
Esse manual abrange itens como a gestão da qualidade do atendimento, o prontuário médico, a gestão de pessoal do consultório e as condições organizacionais.
Além disso, a Anvisa criou a resolução 50, que indica o que deve ser seguido nos projetos físicos da clínica, incluindo planejamento, elaboração e programação.
Você também não pode se esquecer de realizar o cadastro estadual de vigilância sanitária na prefeitura da sua cidade, em que você conseguirá a licença para o funcionamento.
O total de documentos necessários é extenso e abrange a cópia do contrato social, o formulário de petição, a cópia da carteira profissional, a declaração de horário de funcionamento, entre outros.
Por fim, é importante verificar as exigências do CFM e seguir o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, para ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Todos esses pontos irão garantir um local seguro para você, seus funcionários e seus pacientes. E você não vai querer ter algum problema com isso, não é mesmo?
4. Não investir na gestão de pessoas
Oferecer um atendimento de excelência durante a consulta não é o suficiente para manter seu consultório funcionando, principalmente quando falamos de fidelizar pacientes.
O bom funcionamento do seu negócio depende da sua equipe de colaboradores. Por isso, investir na gestão de pessoas é um processo importantíssimo, que normalmente é deixado de lado.
Evitando esse erro você consegue pessoas realmente dedicadas em te ajudar no dia a dia, e consegue mantê-las no seu consultório.
O primeiro passo para realizar uma boa gestão de pessoas é escolher os melhores profissionais possíveis para atender seus pacientes, como as recepcionistas.
Certifique-se de que as candidatas realmente são qualificadas, e após a contratação, lembre-se de realizar um treinamento e planejar o desenvolvimento de habilidades durante a jornada de trabalho.
Algumas das habilidades necessárias que uma boa recepcionista deve ter são:
- Empatia para entender os sentimentos dos pacientes;
- Preocupação em oferecer um ótimo atendimento;
- Dedicação para crescer profissionalmente.
Lembre-se que nenhuma pessoa é perfeita e tem 100% de todas as habilidades ideais, por isso, fazer um treinamento e deixar claro que você está ali para ajudar é um bom jeito de manter seus colaboradores motivados.
Se os seus pacientes percebem que o consultório, além de oferecer um ótimo serviço médico, também é um ambiente agradável para os funcionários, provavelmente se lembrarão desse diferencial.
Quer saber como contratar uma recepcionista e aumentar a produtividade do seu consultório? Baixe gratuitamente nosso guia completo:
5. Realizar a gestão da clínica sem sistemas médicos
O grande desafio dos médicos administradores é cuidar dos seus pacientes e ao mesmo tempo realizar toda a gestão do consultório. Este processo inclui a produção de relatórios e análises sobre a situação financeira, busca de novas maneiras de otimizar processos, entre outras atividades.
Fazer tudo isso sozinho é uma tarefa complexa, por isso, contar com a ajuda de um sistema médico como os softwares de gestão, pode facilitar sua rotina e aumentar sua produtividade.
Existem diversas opções de softwares no mercado. No entanto, os mais recomendados são aqueles que oferecem um sistema na nuvem, pois garantem maior segurança, e alguns até mesmopossuem validade jurídica dos seus prontuários.
O ideal é que o software médico seja fácil de usar e atenda todas as suas necessidades.
Além disso, quando estiver procurando um software opte por uma empresa que, além de oferecer o sistema médico, seja dedicada e preocupada em te ajudar em toda a sua jornada para o sucesso.
Para descobrir se a empresa é comprometida com o seu negócio, confira se ela oferece um suporte técnico eficiente, assim como materiais educativos como cursos, ou até mesmo vídeos no Youtube.
6. Não calcular os custos de abertura e funcionamento
Durante as primeiras semanas de funcionamento do seu consultório, é importante ter em mente que vai levar um certo tempo para que ele consiga se manter e gerar lucros.
Por isso, planejar as finanças e levantar quais serão os custos com a abertura, e quais são os investimentos necessários para manter o consultório funcionando enquanto ele não traz um bom retorno, são essenciais.
Lembre-se de incluir nessa conta os principais custos como construção, aluguel, conta de luz e água, pagamento dos funcionários, entre outros.
Assim, você poderá calcular exatamente quantos pacientes deverá atender por semana, ou mês, para pagar todas as despesas.
7. Não considerar a possibilidade de fazer uma sociedade
Para quem está começando na carreira médica e vai abrir um negócio pela primeira vez, abrir um consultório com um sócio pode ser uma boa opção.
Além de dividir os custos com outro profissional, você pode fazer uma aliança benéfica para ambos e ainda receber indicações do seu sócio, afinal, ambos atendem no mesmo local, o que gera mais praticidade para seus pacientes.
Um exemplo prático de uma sociedade comum nos estabelecimentos médicos é a de um ortopedista com um acupunturista. Ambos podem tratar do mesmo problema com métodos diferentes, e otimizar ainda mais o tratamento do paciente.
Confira a seguir as principais formas de sociedade entre os profissionais da saúde:
- Sociedade de divisão de lucros: nesse formato todo o lucro obtido é dividido igualmente entre os sócios. Essa escolha é interessante, porém, pode não ser a mais justa, já que um médico pode trabalhar mais que outro.
- Sociedade em formato de condomínio: cada médico recebe os valores relativos às suas consultas e paga apenas as despesas de seu consultório. Os gastos comuns (como água, luz e telefone, por exemplo) são compartilhados.
- Modelo de cooperativa: a diferença desse tipo de sociedade é que os médicos-sócios compartilham pacientes. Os custos e as receitas são individuais, mas as despesas comuns são compartilhadas.
- Modelo independente em condomínio: profissionais de especialidades diferentes, porém interligadas, alugam uma sala e compartilham a recepção. Os gastos comuns são compartilhados, já os lucros e as receitas são individuais.
Se você prefere trabalhar sozinho e não se sente confortável com essa possibilidade, não há problema, mas é importante considerar essa opção antes de simplesmente descartá-la.
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