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Teleinterconsulta: o que é, como funciona e quais  vantagens?

A Teleinterconsulta tem como principal objetivo a qualificação da assistência médica, uma vez que permite a troca de informações e opiniões entre médicos, e está crescendo cada vez mais no Brasil.

A Teleinterconsulta é realizada entre profissionais de saúde, ou seja, um médico entra em contato com outro médico para buscar ajuda para fazer um diagnóstico. A consulta pode ser feita por telefone, videochamada ou mesmo via chat.

A atenção humanitária e integral na área da saúde mostra o quanto o atendimento multidisciplinar deve preponderar entre os profissionais em prol da melhoria da qualidade do tratamento do paciente assistido.

Assim, um grupo com diferentes especializações médicas deve trabalhar investindo em trocas de conhecimentos para alcançar um objetivo comum que é o cuidado em saúde.

Entre os benefícios advindos dessa forma de trabalho estão a formação de rede, a melhoria na organização do serviço, atenção integral e a melhor resolutividade da patologia.

Neste artigo você vai conhecer as principais informações que gestores de clínicas e consultórios médicos do Brasil precisam saber para exercer a Teleinterconsulta.

Continue lendo e tenha acesso às informações abaixo:

O que é uma Teleinterconsulta?

teleinterconsulta laptop

A Teleinterconsulta é uma das modalidades de Telemedicina e vem se tornando realidade para instituições de saúde de todo o país.

Em resumo, a Teleinterconsulta é o processo pelo qual um médico entra em contato com outro colega para buscar ajuda para fazer um diagnóstico.

Esse processo de assistência médica tem como objetivo principal a qualificação do atendimento médico.

Ela acontece quando um médico busca uma segunda opinião no diagnóstico de um paciente, opinião sobre um medicamento mais indicado ou também opinião sobre a realização de um determinado procedimento com outro médico de sua confiança.

Nessa forma o paciente pode ou não estar presente, mas o foco é a interação entre os médicos para trocarem opiniões.

Entre os principais benefícios temos:

Nos dias de hoje, a Teleinterconsulta é uma ação mais ampla, que envolve não apenas o paciente e dois profissionais da mesma área, mas sim toda uma equipe dentro da mesma instituição, seja ela um hospital ou uma clínica médica.

Esse contato constante com áreas diferentes ajuda em um melhor entendimento dos casos clínicos, além de constantes evoluções dentro do processo de atendimento ao paciente.

Como resultado, o paciente terá acesso ao diagnóstico e tratamento que mais faz sentido ao seu caso, considerando todo o seu histórico médico e a opinião de especialistas.

Leia também: 8 formas de tornar sua Teleconsulta mais humanizada

Para aprender mais sobre a prática da Telemedicina no Brasil, baixe gratuitamente nosso eBook completo sobre o assunto:

Qual é a origem da interconsulta?

A interconsulta começou a ter destaque na década de 80 com a entrada da psiquiatria nos hospitais gerais.

O objetivo desta forma de atuação seria difundir o conhecimento psiquiátrico entre outras áreas, para ensinar o médico não psiquiatra a reconhecer e tratar situações de natureza psiquiátrica.

Isso permitiu ajudar no diagnóstico e no tratamento de pacientes com comorbidade entre doença clínica e doença psiquiátrica, colaborar na abordagem psicossocial do paciente e auxiliar na tarefa de ensino e pesquisa.

Como resultado, o processo de tratamento do paciente passou a ser mais qualificado, uma vez que tornou-se possível o trabalho em conjunto entre doenças clínicas e psiquiátricas.

Com os avanços tecnológicos dos últimos anos, a Teleinterconsulta vem ganhando cada vez mais espaço. Dessa forma, é possível atender os pacientes de uma forma mais abrangente e com maior eficiência, já que a distância física é eliminada.

Além disso, seu uso não se restringe mais a área psiquiátrica, hoje, diversas especialidades médicas se unem em prol de atender pacientes através da interconsulta.

A Teleinterconsulta no Brasil

Quantas pessoas estão indo ao pronto-socorro sem de fato precisar? Como os profissionais de saúde já sabem, muitas.

O Teleatendimento foi pensado justamente para facilitar a vida do paciente e do médico, priorizando o pronto-socorro para quem realmente precisa desse atendimento emergencial

Através de uma videoconferência com o paciente, o médico consegue fazer uma espécie de triagem do caso. Afinal, 80% dos diagnósticos podem ser identificados com uma boa anamnese.

Com a pandemia de COVID-19 e os seus desdobramentos, metade dos médicos passaram a realizar atendimento a distância.

De forma análoga, a Teleinterconsulta também começou a se popularizar, pois o acesso a especialistas de todo o Brasil ficou mais fácil. Por exemplo, o médico presente na unidade de saúde atende aos pacientes juntamente com o especialista que estará por via plataforma digital.

Desde então, tais práticas vêm se tornando cada vez mais comuns em hospitais, clínicas e consultórios, trazendo benefícios tanto para os profissionais quanto para os pacientes.

Com a chegada da pandemia, os softwares médicos também se adaptaram para oferecer soluções de Telemedicina seguras para esse atendimento a distância.

O que a legislação diz sobre a prática de interconsulta?

Em 2002, foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde e emitida a Resolução 1.643 do Conselho Federal de Medicina (CFM) que define e disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina.

Sendo a interconsulta uma das modalidades da Telemedicina, todas as orientações citadas no documento também são aplicáveis à sua prática.

A atual resolução do CFM define sete modalidades de procedimentos a distância que poderão ser realizados no Brasil. Entre eles:

Atualização da Resolução nº 1.643/2002

A resolução Resolução 1.643/2002 define e disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina.

Entretanto, essa resolução era considerada muito introdutória e acabava atrasando o desenvolvimento da Telemedicina. Por isso, houve a necessidade de atualizar a resolução 1.643/2002 por uma mais abrangente e menos introdutória.

Uma das principais novidades desta atualização da legislação era a inclusão da interconsulta como forma de assistência médica.

A resolução CFM nº 2.227/2018 traz a seguinte definição a respeito da prática de interconsulta:

“A teleinterconsulta é a troca de informações e opiniões entre médicos, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou no dia 04 de maio de 2022 a Resolução nº 2.314/2022 que define e regulamenta a Telemedicina no Brasil, como forma de serviços médicos mediados por tecnologias e comunicação.

A norma, fruto de um amplo debate reaberto em 2018 com entidades médicas e especialistas, passou a regular a prática em substituição à Resolução CFM nº 1.643/2002 e entrou em vigor a partir da data de sua publicação.

De acordo com o CFM, a norma assegura ao médico devidamente inscrito nos Conselhos Regionais de Medicina a autonomia de decidir se utiliza ou recusa a Telemedicina, indicando o atendimento presencial sempre que entender que seja necessário.

Leia mais em: Teleconsulta no Brasil: o que é e quais são suas regulamentações?

Quais são os 3 principais benefícios da Teleinterconsulta?

A Telemedicina surgiu para ampliar a oferta de serviços da saúde quando pacientes e profissionais da área médica estão em locais distintos.

Ela também é útil para a troca de informações entre médicos e agiliza diagnósticos, uma vez que os exames podem ser encaminhados para especialistas localizados em qualquer lugar.

Além disso, mais trocas de informações entre os serviços de saúde facilitarão a integração da pesquisa clínica e ampliarão o conhecimento dos profissionais que atuam na área.

Por exemplo, um clínico geral pode buscar ajuda de especialistas. Para isso, ele pode realizar consultas remotas entre médicos sobre o diagnóstico, medicamentos mais adequados e até orientações em tempo real sobre a execução de algum procedimento.

A Teleinterconsulta permite ao time de profissionais da saúde uma gama de vantagens que se perpetuam a longo prazo com sua utilização frequente.

Além disso, o atendimento para o paciente também será mais ágil, possibilitando um diagnóstico mais preciso e seguro.

Dentre os principais benefícios estão:

1. Melhor resolução do diagnóstico e tratamento

Por haver mais de um profissional envolvido no atendimento, o laudo com o diagnóstico do paciente é realizado de maneira mais ágil, economizando tanto o tempo do paciente quanto dos médicos.

Além disso, com a Teleinterconsulta é possível ter uma segunda opinião sobre o diagnóstico e tratamento dos pacientes. Desta forma, você pode ter mais segurança em relação ao que deve ser feito e como seguir com o tratamento.

2. Aumento das vantagens pedagógicas entre os profissionais

Normalmente a Teleinterconsulta ocorre com profissionais de diferentes áreas e especializações, com isso o ganho pedagógico para ambos é muito grande.

Pois, isso possibilita a todos os envolvidos um entendimento mais abrangente de diversos assuntos que podem envolver um diagnóstico.

A Teleinterconsulta também acaba sendo uma forma de os profissionais se manterem atualizados com as últimas notícias em suas áreas. Tendo acesso a novos tratamentos e diagnósticos e aumentando seu conhecimento na área.

Na Teleconsulta, os especialistas não precisam estar juntos no mesmo lugar, para que o serviço se torne mais ágil, por isso é muito mais simples ter contato com médicos de todas as partes do Brasil.

3. Qualificação no atendimento ao paciente

A Teleinterconsulta tem como principal objetivo a otimização do tempo e a busca de melhores condições para que o profissional de saúde chegue a um diagnóstico.

Dessa forma, é possível obter uma opinião mais abrangente sobre o caso, que será essencial para se chegar a um diagnóstico preciso.

Como mais de um profissional estará envolvido no atendimento do paciente, o mesmo terá acesso a um melhor atendimento. Além disso, esse atendimento será muito mais qualificado e voltado para o paciente em si.

Leia também: Qual o futuro da Telemedicina após pandemia?

Teleorientação, Telemonitoramento e Teleinterconsulta: qual a diferença?

Em março de 2020, no início da pandemia de Covid-19, o CFM liberou o atendimento médico a distância, por meio das três modalidades de Teleconsulta: Teleorientação, Telemonitoramento e a Teleinterconsulta.

Desde então, tais práticas vêm se tornando cada vez mais comuns em hospitais, clínicas e consultórios, trazendo benefícios tanto para os profissionais quanto para os pacientes.

A principal diferença entre eles é:

  1. Teleorientação: permite a troca de orientações e encaminhamento de pacientes em isolamento;
  2. Telemonitoramento: permite a supervisão e o monitoramento de parâmetros de saúde e/ou doenças dos pacientes à distância;
  3. Teleinterconsulta: permite a troca de informações e opiniões entre médicos, o que os auxilia nos diagnósticos e tratamentos.

A Teleinterconsulta pode ocorrer em quais casos?

A Teleinterconsulta é a troca de informações e opiniões entre médicos, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico.

A Teleinterconsulta pode ocorrer nos seguintes casos:

Essa modalidade de atendimento pode ser utilizada em consultas presenciais, quando o médico e o paciente estão frente a frente, e o profissional consultado se apresenta por videoconferência.

A Teleinterconsulta também pode ser usada como suporte para o diagnóstico, caso em que é chamada de teleexpertise.

Nessa modalidade, o especialista que realiza a Teleconsulta tem acesso a todos os registros médicos do paciente que está sendo examinado e pode fazer um diagnóstico mais preciso.

Use uma ferramenta adequada para Teleconsulta

Segundo a Resolução 1.643/2002, o CRM deverá estabelecer constante vigilância e avaliação das técnicas de Telemedicina no que concerne à qualidade da atenção, relação médico-paciente e preservação do sigilo profissional.

Os serviços prestados através da Telemedicina deverão ter a infraestrutura tecnológica apropriada, pertinentes e obedecer às normas técnicas do CFM referentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional.

A Teleinterconsulta deve ser realizada através de um computador, tablet ou smartphone com acesso à internet e um aplicativo apropriado para este fim.

A fim de garantir a segurança e a privacidade dos dados, é recomendado o uso de plataformas de teleconferência que permitam a criptografia das informações.

Veja o depoimento da Dra. Carolina sobre a importância do uso de uma plataforma segura para a Teleconsulta:

Lembre-se que segurança, garantias de tratamento, integridade, autenticidade, confidencialidade, privacidade e sigilo profissional das informações devem atender à lei (LGPD) e às normas do CFM.

Por isso, é necessário destacar que o  tratamento das informações dos pacientes deve receber a devida atenção e cautela, sobretudo quanto à segurança no armazenamento dos dados pessoais de pacientes.

Dessa forma, recai sobre os médicos o dever de garantir a conformidade da segurança do tráfego de dados pessoais de pacientes.

Tal alerta se faz necessário porque os riscos existem. Desde o compartilhamento indevido de dados de pacientes, dos exames de imagens, além da questão da segurança da informação e, até mesmo, a atuação de hackers.

Leia mais em: Sistema de Teleconsulta: Como escolher o melhor!

Conclusão

A Teleinterconsulta é uma modalidade de consulta médica à distância, que é realizada exclusivamente entre profissionais de saúde para troca de informações e ajuda diagnóstica ou terapêutica.

Esse tipo de serviço pode ser utilizado em consultas presenciais, quando o médico e o paciente estão frente a frente, e o profissional consultado se apresenta através de videoconferência.

Use uma ferramenta de telecomunicação adequada para Teleconsulta, que tenha a infraestrutura tecnológica apropriada e normas técnicas relevantes.

Para assegurar o sigilo médico no relacionamento com o paciente, nos cuidados prestados pela Telemedicina, os dados e imagens do paciente contidos no prontuário médico devem ser preservados.

Além disso, segurança, garantias de tratamento, integridade, autenticidade, confidencialidade, privacidade e sigilo profissional das informações devem estar de acordo com a lei (LGPD) e as normas CFM.

Também de acordo com a nova resolução da Telemedicina, no artigo 3, o cuidado deve ser registrado em registros físicos ou sistemas de informação que atendam às normas de representação.

Quer oferecer uma nova forma de fazer atendimentos na sua clínica? Conheça a ferramenta de Teleconsulta do iClinic!

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