Saiba como cuidar da sua saúde física e mental sendo um profissional de saúde!

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Principais tópicos

Cuidar da saúde física e mental dos pacientes é uma das atribuições dos profissionais de saúde, independentemente de sua especialidade. No entanto, muitos negligenciam a própria saúde, o que pode trazer riscos em diversas áreas de sua vida.

Mesmo que pareça um contrassenso, ser um profissional de saúde não necessariamente implica em ser uma pessoa com a saúde impecável. 

Muitas pessoas que trabalham nessa área sabem exatamente o que devem fazer para evitar doenças e condições adversas de saúde, mas acabam negligenciando esses cuidados por uma série de fatores.

A rotina dedicada muitas vezes exclusivamente ao trabalho, a proximidade com situações de alta vulnerabilidade dos pacientes, os desentendimentos conjugais e a precariedade de recursos de trabalho estão entre os principais motivos que acentuam o adoecimento mental dos médicos.

A realidade da saúde física e mental dos profissionais de saúde

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Como o trabalho excessivo prejudica a saúde física e mental dos médicos

Os profissionais da saúde são mais afetados pelo esgotamento, bem como os estudantes da área, que sofrem influência da extensa carga horária, aliado ao distanciamento familiar e outros fatores, como o pouco tempo para o lazer. 

Uma das consequências do esgotamento é a depressão, além de manifestações físicas como alterações cardiovasculares, asma, diabetes, insônia e uso abusivo de tranquilizantes e drogas. 

O impacto das tensões enfrentadas por residentes em medicina tem sido bem documentado, com vários estudos que mostram altos níveis de depressão e ansiedade e piora de humor ao longo da residência. 

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com 1.600 médicos, entre setembro e dezembro de 2020, constatou o aumento do nível de estresse de profissionais da área de saúde. 

No Brasil, a síndrome de burnout foi encontrada em 78,4% dos residentes médicos de várias especialidades, com maior ocorrência entre cirurgiões, médicos internos, psiquiatras e oncologistas.

Segundo o artigo Association Between Physician Depressive Symptoms and Medical Errors, a saúde mental e o trabalho são vias de mão dupla e um pode afetar o outro. Segundo o artigo:

  • Médicos com sintomas depressivos têm 95% mais chances de provocar um erro médico do que colegas de profissão que não apresentem esses sintomas;
  • Médicos que relataram ter cometido um erro têm um risco 67% maior de apresentar sintomas depressivos no futuro em comparação com médicos que não relataram erros.

Perfil clínico e demográfico de médicos com dependência química

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Uma pesquisa realizada pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina analisou os prontuários de todos os médicos com diagnóstico de uso nocivo ou dependência de substâncias que estiveram em tratamento ambulatorial nos últimos cinco anos.

A maior parte da amostra constitui-se de pessoas do gênero masculino (87,8%), casados (60,1%), com idade média de 39,4 anos

66% já tinham sido internados por causa do uso de substâncias. Quanto à forma de busca de tratamento, 30,3% o fizeram voluntariamente, 53% por pressão da família e 15,6% por pressão de colegas. 

O padrão mais frequente foi: 

  • 36,8% – Uso associado de álcool e outras drogas;
  • 34,3% – Uso isolado de álcool; 
  • 28,3% – Uso isolado de drogas. 

Entre os pacientes que usavam drogas, encontrou-se um nível elevado de uso de duas ou mais drogas (64%), sendo o mais comum o uso de duas substâncias. 

As drogas mais consumidas em ordem decrescente foram: álcool, cocaína, benzodiazepínicos, maconha, opiáceos, anfetaminas e solventes

A maioria dos pacientes fez residência médica (79,3%) e as especialidades mais envolvidas foram: 

  • Clínica médica (50 casos, 25,2%);
  • Anestesiologia (25 casos, 12,6%);
  • Cirurgia (25 casos, 12,6%);
  • Pediatria (16 casos, 8,1%);
  • Ginecologia e obstetrícia (13 casos, 6,5%); 
  • Psiquiatria, saúde pública e radiologia (oito casos em cada especialidade, 4,1%).

O índice de depressão e suicídio entre os profissionais de saúde

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A depressão propicia problemas inter e intrapessoal no trabalho, agregando sentimentos de cansaço, baixa concentração, introversão, irritabilidade e desmotivação. 

A rotina dedicada muitas vezes exclusivamente ao trabalho, a proximidade com situações de alta vulnerabilidade dos pacientes, os desentendimentos conjugais e a precariedade de recursos de trabalho estão entre os principais motivos que acentuam a depressão e podem levar ao suicídio de profissionais de saúde.

O relatório COVID-19 HEalth caRe wOrkErs Study (HEROES) realizado com profissionais de saúde que atuaram durante a pandemia mostrou que:

  • Entre 14,7% e 22% dos trabalhadores de saúde entrevistados em 2020 apresentaram sintomas que levaram à suspeita de um episódio depressivo;
  • Entre 5% e 15% dos trabalhadores disseram que pensaram em cometer suicídio. 

O relatório realizou entrevistas com 14.502 trabalhadores de saúde da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia, Guatemala, México, Peru, Porto Rico, Venezuela e Uruguai, e contou com a participação de acadêmicos e pesquisadores de dezenas de instituições desses países.

O estudo também mostra que, em alguns países, apenas cerca de um terço dos que disseram precisar de atendimento psicológico realmente o receberam.

Segundo a Fundação Americana para Prevenção do Suicídio, um fator que prejudica o atendimento dos profissionais de saúde é a facilidade que os médicos encontram para a automedicação ou a prescrição solicitada a colegas. 

Além disso, esses profissionais têm dificuldade de aceitar a necessidade de buscar a ajuda de um especialista, muitas vezes por entender esse ato como uma fraqueza que não deve ser exposta aos parceiros de profissão ou mesmo pela falta de tempo hábil para agendar uma consulta em ambiente adequado.

Cuidados necessários para a saúde física e mental de médicos e profissionais da saúde

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Assim como qualquer outra pessoa, médicos e profissionais de saúde devem cuidar da saúde física e mental. Adotar alguns hábitos e estratégias de vida saudável pode fazer com que a qualidade de vida e saúde no geral melhorem muito já a curto prazo.

Confira algumas delas nos próximos tópicos:

A prática de atividade física

A prática de atividade física regular é um dos pontos-chave para cuidar da saúde física e mental. 

Entre os benefícios experimentados ao se exercitar está, por exemplo, a produção aumentada de hormônios como a serotonina e a endorfina, que são responsáveis por proporcionar sensações de prazer e bem-estar.

Além disso, a realização de exercícios físicos traz também benefícios relacionados à prevenção de doenças cardiovasculares e crônicas como a hipertensão arterial, obesidade, diabetes, entre outras.

O ideal é que a prática seja feita de forma contínua e regular. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma pessoa pode manter a saúde física em dia realizando pelo menos 200 pontos cardio por semana, além de andar pelo menos 10 mil passos todos os dias.

Para obter os pontos cardio necessários, uma pessoa deve fazer exercícios como caminhada, bicicleta ergométrica ou corrida. 

Uma das formas de monitorar a quantidade de pontos cardio que você faz por dia é por meio do aplicativo Google Fit, que monitora as suas atividades físicas pelo smartphone ou smartwatch.

Realizar terapia

Há alguns anos, a saúde mental era negligenciada por muitas pessoas, até mesmo profissionais de saúde. 

No entanto, nas últimas décadas, parte dessa mentalidade mudou e atualmente muita gente desfruta dos benefícios de se cuidar desse aspecto da vida.

Uma das partes importantes nesse sentido é por meio da realização de terapias. 

O tratamento terapêutico tem como principal objetivo a identificação de oportunidades de autoconhecimento por meio de perguntas e questionamentos pertinentes e que podem se referir tanto ao momento atual, quanto à vida pregressa da pessoa.

Ao se deparar com falhas contínuas e dificuldades que se mostram de forma persistente em sua vida, uma pessoa tende a ficar mais preparada para enfrentar os seus problemas e criar uma relação saudável consigo mesma, além de obter inteligência emocional.

Permita-se descansar

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Um dos maiores erros cometidos por profissionais de saúde na manutenção de sua saúde é acreditarem que são capazes de fazer tudo.

Isso se mostra principalmente entre os profissionais recém-formados, que enfrentam horas exaustivas de plantão, de forma contínua. 

Mesmo que isso seja parte do processo de formação e experiência profissional, é importante ter o entendimento de quando é necessário parar e cuidar de outros aspectos de sua vida.

Uma pessoa nunca deve ser definida apenas pelas suas questões ou qualificações profissionais. Por isso, permitir-se horários para fazer outras coisas, inclusive descansar a mente e o físico, é fundamental.

Técnicas de respiração

Um dos principais conhecimentos milenares é sobre a possibilidade de se obter benefícios físicos e mentais por meio das técnicas de respiração. 

Além de ser um processo natural dos seres humanos, a respiração é responsável por levar o oxigênio para o nosso corpo e com isso manter os órgãos vitais trabalhando de forma contínua e saudável.

Quando você aprende técnicas de respiração, é possível obter benefícios como o relaxamento muscular e mental, melhoras na concentração e no raciocínio e na forma com que se lida com problemas e transtornos como o estresse, ansiedade e depressão.

Exemplos disso são os atletas de alto desempenho, que buscam o relaxamento antes de realizarem boas provas ou passarem por momentos de alta pressão e estresse, como as disputas por pênaltis no futebol.

Atividades de lazer 

Ter atividades de lazer é fundamental para que uma pessoa tenha uma vida saudável. Alguns hobbies e interesses podem parecer bobos para quem não os pratica, mas não há dúvidas de que os benefícios trazidos por eles são inúmeros.

Há pessoas que gostam de praticar esportes, outras gostam de tocar instrumentos ou colecionar determinados itens raros. Qualquer uma dessas atividades traz benefícios, pois traz momentos em que o pensamento é leve, normalmente livre de preocupações graves.

Por isso, ter momentos de lazer – seja individualmente ou em grupo, como atividades familiares, é essencial. Manter uma boa relação com a família, inclusive, é um dos pilares para a obtenção de uma vida mais feliz e saudável.

Levar os filhos para passeios ou atividades que você gosta, por exemplo, vai muito além da importância que você dá para eles. É uma forma de criar conexão e vínculos, que além de fazer bem para os pequenos, tende a ser algo muito relevante para o seu bem-estar.

Respeitar seus limites

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Uma das maiores causas do estresse e da síndrome de burnout entre profissionais da saúde é a dificuldade de se impor limites, principalmente no âmbito profissional.

Como já apontamos anteriormente, é bastante comum que médicos (sobretudo jovens recém-formados) optem por jornadas longas e plantões de forma contínua.

Apesar de serem estratégias profissionais válidas e que paguem melhor do que atendimentos comuns, ao fazer isso por um tempo prolongado, certamente a saúde cobrará um preço.

Profissionais que fazem muitos plantões tendem a ter problemas para dormir ou ajustar o seu relógio biológico em dias de folga. Isso traz malefícios a longo prazo, tanto para a saúde quanto para a qualidade de vida.

Por isso, é muito importante que o profissional entenda quais são e como estipular os seus limites. Mesmo que ele se sinta disposto para enfrentar determinadas tarefas ou jornadas, é necessário saber os limites do seu corpo e da sua mente.

Lutar com esses limites é uma das piores coisas que você pode fazer para a sua vida pessoal e profissional.

Participar de projetos 

Ter outros projetos, que vão além das suas características ou necessidades profissionais, também é uma boa forma de manter a sua saúde. 

Manter a mente ocupada com prioridades diferentes faz com que a pessoa consiga entender quais são os seus valores e prioridades, evitando se submeter a rotinas exaustivas sem necessidade.

Os projetos podem estar relacionados ou não à sua atividade laboral. Participar de bandas, equipes de esporte amador e grupos de comunidade são bons exemplos de projetos não-profissionais que podem fazer bem para a sua saúde física e mental.

O voluntariado também é uma opção e, independentemente da área de atuação, pode fazer muito bem para a mente, visto que traz um sentimento de gratidão por parte do próximo e também faz você se sentir útil.

Tirar férias com maior constância

O que vale mais? Tirar férias uma vez por ano, mas de 30 dias ou 4 férias de 1 semana?

Se você é um profissional CLT, sabemos que nem sempre é possível escolher as datas das suas férias, tampouco escolher o formato delas. 

No entanto, se você tiver essa flexibilidade, o ideal é que você adote o segundo modelo – a menos que você tenha um projeto muito interessante e que precise dos 30 dias, como uma viagem ao exterior.

Por isso, planeje as suas férias com antecedência e dê preferência a se permitir pelo menos 3 ou 4 momentos de descanso por ano. Se você gosta de viajar, pode optar por comprar pacotes de viagem antecipadamente e assim, economizar e aproveitar melhor as suas férias durante o ano todo.

Praticar meditação

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Uma das técnicas mais conhecidas para reduzir o estresse, controlar a ansiedade e melhorar as condições de relaxamento como um todo é a meditação. 

Na meditação, o indivíduo utiliza técnicas para conseguir focar a sua mente num objeto, pensamento ou atividade só. Isso traz uma maior clareza sobre quais são as suas necessidades, objetivos ou visualizações com relação ao que se está pensando.

Entre os principais benefícios obtidos com a prática de meditação para a saúde, estão o autoconhecimento, a melhora na respiração e o alívio do estresse. 

Ter uma dieta balanceada

Para que uma pessoa mantenha suas condições de saúde em dia, é muito importante ter uma dieta balanceada e diversificada, rica em nutrientes. Isso permite que o corpo esteja sempre abastecido para realizar bem as suas atividades.

Uma alimentação saudável não necessariamente deve estar baseada em dietas baixas em calorias, como se pode pensar. 

O ideal é que você consuma tantas calorias quanto seja necessário, desde que contem com as vitaminas, fibras, gorduras e proteínas essenciais para o bom funcionamento corporal.

Uma boa forma de lidar com a alimentação é por meio de consultas regulares com nutricionistas, mesmo que você não queira perder ou ganhar peso.

Ter um acompanhamento regular com outros profissionais de saúde

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Seguindo o conceito do acompanhamento nutricional citado anteriormente,  consultar com outros profissionais de saúde é essencial para a manutenção e monitoramento das suas condições de saúde.

Dar uma atenção multidisciplinar à sua saúde é uma forma de demonstrar a valorização que você dá para ela. Isso também permite conhecer melhor outras áreas e profissionais que atuam nelas.

Assim, além de obter importantes conselhos e informações sobre a sua saúde, você também pode fazer contatos profissionais com nutricionistas, psicólogos, cardiologistas, ortopedistas e etc.

Planejamento de carreira

Para o bem-estar pessoal e profissional de qualquer pessoa, é muito importante contar com um certo nível de previsibilidade e planejamento. 

Nesse sentido, realizar um planejamento realista de carreira a curto, médio e longo prazo é essencial. 

Isso porque, além dos benefícios óbvios de se planejar, esse processo traz também a definição de objetivos e metas, ajudando a manter-se motivado e com disciplina para cumprir tarefas e necessidades profissionais.

O ideal é que a pessoa associe as evoluções de carreira e ambições profissionais com crescimento pessoal. Assim, é possível acompanhar e monitorar as mudanças de rota e entender o que pode estar saindo do roteiro planejado.

Além disso, o planejamento de carreira auxilia também no lado financeiro, entendendo quais são as prioridades e possibilidades para os próximos anos.

O lado financeiro, inclusive, é um dos pontos que podem influenciar na qualidade de vida e na saúde física e mental de uma pessoa. Confira no próximo tópico mais detalhes a respeito disso.

Saúde física e mental e a relação com as finanças 

Um dos fatores que mais pode afetar os cuidados com a saúde mental e física é a relação que uma pessoa tem com suas finanças pessoais. 

Muitos profissionais, de diversas áreas, têm uma relação tóxica com suas finanças, gastando a mesma quantidade que ganham (e às vezes até mais).

Tornar-se uma pessoa endividada ou com pouca capacidade financeira pode fazer com que a pessoa sinta-se cada vez mais desmotivada para evoluir profissionalmente ou negligenciar outros aspectos da sua vida em busca de melhora financeira.

Nesse último caso, entra um ponto já citado diversas vezes nesse artigo – a realização de plantões de forma contínua e exaustiva. 

Por não ter dinheiro (ou por gastar demais), muitos profissionais acabam não tendo outra opção a não ser tornarem-se escravos desse modelo de trabalho.

Isso impacta diretamente na saúde mental, uma vez que nem sempre é possível descansar ou relaxar o suficiente. 

Além disso, a saúde física também fica impactada, pois níveis de estresse excessivo por longos períodos podem trazer problemas graves, incluindo a má alimentação e o sedentarismo, que geram doenças adjacentes como a obesidade.

Por isso, é importante que o profissional tenha um planejamento tanto de carreira quanto financeiro. Isso permite maior tranquilidade para realizar o trabalho, juntamente às atividades físicas e cuidados com a própria saúde.

Confira nesse artigo 12 dicas de organização financeira para médicos!

A importância do grupos de discussão em Instituições de saúde

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Profissionais de saúde devem ter a sua vida profissional e pessoal valorizada por seus empregadores ou parceiros. Uma das formas de demonstrar isso é por meio de grupos de discussão. 

Nesses grupos, pode-se haver a proposição de debates produtivos sobre diversos temas, incluindo a qualidade de vida e a saúde dos colaboradores dentro e fora do ambiente de trabalho.

Ao fazer isso, é possível contar com uma equipe mais motivada e disposta não só para o trabalho, mas também para se engajar nas atividades e tarefas do seu estabelecimento.

Conclusão

Cuidar da saúde física e mental é fundamental, visto que impacta diretamente na qualidade de vida, no seu raciocínio, emoções, comportamentos e na maneira como se relaciona com os outros.

Muitas pessoas podem pensar que apenas quem sofre de alguma doença mental precisa de acompanhamento psicológico.

Porém, é fundamental procurar a ajuda de um terapeuta ao perceber qualquer dificuldade em lidar com frustrações, sentimentos e as próprias emoções.

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