Riscos ocupacionais: quais são e como evitá-los na sua clínica?

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Principais tópicos

Os riscos ocupacionais são riscos que os colaboradores diretos ou terceirizados de uma empresa correm num ambiente de trabalho.

Esses riscos podem estar relacionados diretamente com a atividade ou não. No contexto de uma clínica, por exemplo, os riscos mais lembrados são os biológicos e químicos.

No entanto, há outras questões que podem causar riscos à saúde do trabalhador. Um dos exemplos é a falta de ergonomia, que pode trazer danos à saúde física e ao bem-estar do paciente.

Ambientes de trabalho com muita pressão também geram fenômenos capazes de desencadear doenças como a síndrome de burnout,  a depressão e a ansiedade.

Um ambiente com alto grau de risco ocupacional é desfavorável não só à segurança dos colaboradores, mas também traz danos à produtividade e qualidade do trabalho executado por eles.

Por esses motivos, evitar (ou mitigar) os riscos ocupacionais dentro da sua clínica é fundamental. Isso trará mais tranquilidade para atender aos seus pacientes, além de tornar o ambiente de trabalho mais seguro e eficaz para todos.

Neste artigo que nós preparamos para você, você entenderá um pouco melhor sobre:

Continue lendo para saber!

O que são riscos ocupacionais?

riscos ocupacionais medica e paciente

Os riscos ocupacionais são aqueles que estão ligados a qualquer tipo de situação não saudável ou que não esteja de acordo com normativas de desempenho no ambiente de trabalho.

Tais riscos podem desencadear problemas de saúde física ou mental nos colaboradores.

Entre os problemas, podemos citar as doenças ocupacionais, que são definidas de acordo com o Artigo 20, primeiro inciso da Lei n. 8.213 de 1991.

De acordo com o artigo, considera-se como um acidente do trabalho o seguinte ponto:

“I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;”

Além disso, a Comissão Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (CONASAT) define riscos ocupacionais como “todos os riscos inerentes à atividade que possam causar danos à saúde dos trabalhadores”.

Em outras palavras, esses são riscos que podem ou não ser causados por atividades relacionadas ao trabalho. Os principais são:

  • Riscos biológicos: estão relacionados ao contato com microorganismos, tais como bactérias e vírus. Eles podem ocorrer através do ar, contato com a pele ou membranas mucosas;
  • Riscos químicos: estão relacionados ao manuseio de produtos que podem ser prejudiciais à saúde se inalados, ingeridos ou em contato com a pele;
  • Riscos ergonômicos: estão relacionados a fatores que podem gerar danos físicos e ao trabalhador, tais como postura incorreta, movimentos repetitivos e ferramentas de trabalho inadequadas;
  • Riscos psicológicos: estão relacionados ao estresse, ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais que podem ser causados pelo ambiente de trabalho.

O que diz a legislação sobre os riscos ocupacionais?

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De acordo com a lei, os riscos ocupacionais são aqueles riscos inerentes ao trabalho que podem causar danos à saúde dos trabalhadores.

A Lei de Segurança e Saúde no Trabalho é responsável por garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.

Isto significa que, independentemente do tamanho da empresa, é exigido por lei ter uma Política de Segurança e Saúde Ocupacional (PPRA) e um Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional (CIPA).

O PPRA deve ser atualizado anualmente e seu objetivo é prevenir ou minimizar acidentes e doenças ocupacionais na empresa.

A CIPA, por outro lado, é um comitê composto por representantes dos trabalhadores e gerentes.

Sua função é discutir questões de segurança no trabalho e propor soluções ao Técnico de Segurança e Saúde Ocupacional (TOG).

O TOG é responsável pela segurança dos trabalhadores e deve ter qualificações na área.

Além disso, todas as empresas devem ter um kit de primeiros socorros e, dependendo do tamanho da empresa, também podem precisar de uma Enfermaria ou Enfermaria.

Quais são os principais riscos ocupacionais?

riscos ocupacionais profissional com mal estar

Os riscos ocupacionais podem ser divididos em 5 classes:

Riscos físicos

Os riscos físicos estão relacionados ao ambiente de trabalho e podem ser causados pela exposição ao ruído, calor, frio ou radiação.

Riscos químicos

Os riscos químicos estão relacionados ao uso de produtos que podem ser prejudiciais à saúde se inalados, ingeridos ou em contato com a pele.

Riscos biológicos

Por sua vez, os riscos biológicos estão relacionados ao contato com microorganismos, tais como bactérias e vírus. Eles podem ocorrer através do ar, contato com a pele, ou membranas mucosas.

Riscos de acidentes

Os riscos de acidentes estão relacionados à possibilidade de sofrer um acidente no trabalho, como uma queda ou um golpe.

Riscos ergonômicos

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Os riscos ergonômicos estão relacionados à forma como o trabalho é feito e podem ser causados por postura incorreta, movimentos repetitivos ou ferramentas de trabalho inadequadas.

Entenda a classificação dos riscos ocupacionais por cores

Você sabe quais são as cores dos riscos ocupacionais e qual é a importância desse tipo de classificação?

Basicamente, as cores dos riscos profissionais são uma maneira de identificar o nível de severidade desses riscos.

No Brasil, quem determina as cores e o que elas significam é a Norma de Segurança e Saúde Ocupacional – NR-9, que faz parte da Lei de Segurança e Saúde Ocupacional (CLT).

A norma estabelece 4 cores para identificar os riscos, que são:

Verde

A cor verde é a que define os riscos físicos. Nesses riscos, os trabalhadores estão expostos a situações como alto índice de ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiação, vibrações, entre outros.

Em alguns casos, esse tipo de risco pode causar problemas à saúde do trabalhador como: perda de capacidade auditiva, ressecamento da pele e doenças associadas à radiação como o câncer.

Por isso, os colaboradores devem estar expostos a esse tipo de risco de forma controlada.

Vermelho

Os riscos ocupacionais na cor vermelha estão ligados a poeiras, fumaça, névoa, neblina, vapores e substâncias químicas. Podem causar doenças ocupacionais relacionadas à inalação dessas substâncias.

Marrom

O risco ocupacional da cor marrom é o risco biológico. Nesse tipo de risco, infecções e contaminações por vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos podem ocorrer aos colaboradores.

Amarelo

Os riscos ergonômicos são representados pela cor amarela e tem a ver com condições em que o ambiente de trabalho ou os processos não estão otimizados para a saúde e o bem estar do trabalhador.

Os riscos ergonômicos estão relacionados a problemas posturais, equipamentos que levam a esforços desgastantes, jornadas de trabalho excessivas e repetições de esforços, atividades ou tarefas.

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Azul

Por fim, o risco ocupacional azul é aquele em que há risco de acidentes. Esse é um dos riscos mais comuns, sobretudo em indústrias e na construção civil.

Pode estar ligado à utilização de equipamentos e materiais cortantes, à altura ou uso de ferramentas e equipamentos de proteção inadequados para a atividade a qual se propõe.

Principais riscos ocupacionais dos profissionais na área de saúde

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Na área da saúde, há uma série de riscos ocupacionais aos quais um profissional pode estar submetido. A maior parte deles é de origem biológica ou química, mas não se limitando a eles.

Uma das principais ferramentas para manter a segurança e um baixo índice de risco ocupacional num ambiente hospitalar é o “Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar”,  um documento normativo da Anvisa.

Esse documento aponta que os principais riscos sofridos por um profissional da saúde são:

  • Radiações ionizantes e não ionizantes;
  • Uso de materiais inadequados ou não esterilizados corretamente
  • Ritmo de trabalho e estresse acima do recomendável, pressão excessiva por conta das responsabilidades;
  • Riscos químicos ligados ao uso de medicamentos e substâncias usadas na limpeza, desinfecção e esterilização de materiais;
  • Exposição a doenças de origem bacteriana, viral e fungicida, além de contaminação por esses agentes.

Conheça 3 ações de prevenção de riscos ocupacionais na sua clínica

Embora uma clínica sempre tenha algum tipo de risco ocupacional relacionado, 3 ações de prevenção podem evitar as doenças ocupacionais e os acidentes.

Confira abaixo quais são elas:

1. Faça uma análise dos possíveis riscos

Fazer a análise e o gerenciamento de riscos de forma periódica é uma das formas de evitar acidentes e doenças ocupacionais.

Quando estamos abrindo uma clínica, esse processo deve ser feito de forma que todos os riscos aos quais os trabalhadores serão expostos já sejam identificados, bem como, prevenidos.

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2. Implemente barreiras de controle

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Após identificar os perigos e realizar as avaliações é necessário adotar as medidas preventivas de acordo com o tipo de risco identificado.

Por exemplo, ao ser identificado um agente patológico que pode ser propagado pelo ar, máscaras devem ser adotadas. Ao identificar o risco de um trabalhador se contaminar com agentes físicos, o uso de luvas deve ser adotado e assim por diante.

3. Tenha como política o uso de EPI e EPCs

Os EPIs e EPCs são fundamentais para evitar o contato com agentes contaminantes, seja pelo meio físico ou pelo ar.

Alguns equipamentos são de uso obrigatório, como regulado na norma NR 32, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Assim, é necessário monitorar constantemente a correta utilização, bem como assegurar que eles sejam armazenados e manipulados de forma adequada.

Afinal, cada área médica necessita de equipamentos específicos, de acordo com os riscos a ela associados.

Lembre-se que a Anvisa possui outras normas que todas as instituições de saúde devem seguir, seja um hospital, um consultório ou uma clínica. Baixe gratuitamente nosso eBook de regularização de clínicas para saber mais:

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Como funciona o gerenciamento de riscos ocupacionais?

O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais é um conjunto de atividades de gestão, voltadas para construir uma empresa livre de ameaças à saúde e segurança dos funcionários.

Para isso, são adotadas medidas para identificar, avaliar e prevenir acidentes e doenças causados por agentes presentes no ambiente de trabalho ou pelas atividades profissionais.

Em síntese, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais pode ser realizado seguindo as seguintes etapas:

  • Levantamento preliminar dos riscos;
  • Avaliação dos riscos encontrados;
  • Implementação de medidas de controle dos riscos ocupacionais;
  • Avaliação das medidas de controle;
  • Revisão periódica das medidas tomadas.

Os profissionais que trabalham na área da estão expostos a uma série de riscos.

Afinal, a presença de riscos ocupacionais é inevitável, uma vez que o contato com fatores químicos, biológicos, físicos, mecânicos, ergonômicos e psicossociais se faz presente em seu cotidiano.

E muitos desses riscos não podem ser extintos, dessa forma, a melhor forma de controle é identificar cada um deles e implementar medidas de controle. Dessa forma, o profissional estará seguro ao exercer sua atividade laboral.

Importância do Mapa de riscos ocupacionais

Como identificar todos os riscos ocupacionais em uma clínica ou consultório? Os riscos nesses ambientes costumam ser variados e cada local deve ser avaliado de forma individual.

Por isso, é importante elaborar um mapa de riscos ocupacionais que identifique e mapeie esses riscos.

Um mapa de risco é uma representação visual de todos os riscos aos quais os trabalhadores estão sujeitos ao utilizar espaços, equipamentos, suprimentos e realizar tarefas.

Sendo assim, ele é de suma importância para o bom funcionamento da clínica no que diz respeito à saúde ocupacional. Para representar os riscos, um mapa de riscos utiliza círculos e cores.

Os círculos representam a gravidade do risco, sendo:

  • Círculo pequeno: baixo risco;
  • Círculo médio: risco moderado;
  • Círculo grande: alto risco.

Já as cores são utilizadas para ilustrar o tipo de risco ao qual o trabalhador está exposto, sendo elas:

  • Verde: risco físico;
  • Vermelho: risco químico;
  • Marrom: risco biológico;
  • Amarelo: risco ergonômico;
  • Azul: risco de acidentes.

Dessa forma, ao entrar em um local o trabalhador será capaz de identificar os riscos daquele ambiente, bem como, sua gravidade.

Como proporcionar maior segurança e saúde na sua clínica médica?

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Além da gestão de riscos ocupacionais é de suma importância que clínicas e consultórios médicos foquem na proteção de dados de seus pacientes e funcionários.

Cada vez mais a saúde está se tornando mais digital e tecnológica. Dessa forma, surge um problema que antes não era perceptível, a segurança dos dados dos pacientes.

Logo, você deve adotar medidas administrativas para tornar a sua clínica 100% segura, tanto para médicos e gestores quanto para os pacientes que confiam no seu estabelecimento

Atualmente, a segurança dessas informações ganhou mais destaque e importância, graças à publicação da Lei nº 13.709, ou LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

A LGPD estabelece que qualquer empresa que tem posse de informações de clientes e não seguir as normas estabelecidas pela lei está sujeita a multas de valores altíssimos.

Estude mais sobre a LGPD em nosso vídeo:

Visando aumentar a segurança das informações dos pacientes deve-se adotar alternativas seguras e confiáveis como os softwares médicos.

Saiba as vantagens do uso dos softwares médicos

Escolher o melhor software médico para clínicas envolve avaliar critérios como ferramentas que atendem suas necessidades, suporte ágil, segurança de dados e garantia de melhorias constantes no sistema.

Algumas vantagens do uso de softwares médicos são:

Centralizar todos os dados em um único local: quando todas as informações ficam integradas em um sistema na nuvem, que pode ser acessado por qualquer dispositivo eletrônico a partir de um login e senha exclusivos por profissional, há mais segurança e praticidade.

Automatizar atividades mecânicas e repetitivas: no caso das clínicas e consultórios, um software médico consegue automatizar quase todos os processos de gestão, por meio de ferramentas como prontuário eletrônico, prescrição digital, relatórios, entre outros.

Otimizar processos como a marcação de consultas: uma agenda médica online permite alterações com poucos cliques, tem histórico de alterações, lembretes de consulta automáticos, agendamento online, personalização de cores por procedimento e muito mais.

Garantir uma ótima gestão financeira: o ideal é que o sistema tenha ferramentas como fluxo de caixa, repasse médico, pagamento online, controle de recebimento e despesas, extrato de transações, entre outros.

Atrair e fidelizar pacientes: com relatórios sobre o perfil de paciente mais atendido na clínica, o sistema pode auxiliar no planejamento do seu marketing médico, além de proporcionar mais tempo para você pensar nas estratégias.

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Conclusão

Dentro de um consultório médico, a rotina profissional é composta por atividades que parecem ser totalmente seguras. No entanto, os riscos ocupacionais existem e é preciso ficar atento a eles.

Afinal, controlar e eliminar os riscos ocupacionais é uma responsabilidade de todas as empresas que prezam pela segurança dos trabalhadores.

Isso é ainda mais importante para as instituições da área da saúde, que, afinal, lidam diariamente com uma série de assuntos delicados e estão expostos a diversos riscos diariamente.

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