Mapa de Risco Hospitalar: como criar em 5 passos

Mapa de Risco Hospitalar: como criar em 5 passos

Principais tópicos

O Mapa de Risco Hospitalar é uma representação gráfica que mapeia riscos e potenciais ameaças de uma instituição de saúde, com foco em aumentar a segurança dos pacientes, médicos e demais profissionais.

Além de ser uma obrigação legal que os estabelecimentos clínicos devem seguir para regularizarem seus serviços, o mapa também é essencial para manter e melhorar a segurança do local.

Com um mapa baseado na planta da instituição de saúde, é possível minimizar as chances de riscos e acidentes, o que é essencial para a fidelização de pacientes.

O que é o Mapa de Risco Hospitalar?

O Mapa de Risco Hospitalar utiliza círculos de diferentes cores e tamanhos para identificar áreas que representam riscos para a instituição, seja na saúde dos pacientes ou dos médicos.

Essa representação gráfica em planta baixa (desenho técnico de uma construção) mostra com clareza quais são as estruturas do ambiente e o grau de risco de cada uma delas.

Assim, é possível criar planos de ação para prever qualquer ameaça, o que garante a segurança do trabalho e a proteção aos pacientes. Por isso, o mapa é obrigatório para as instituições de saúde.

Entre os riscos e ameaçadas mapeados no mapa, podemos destacar:

  • Turnos ininterruptos de profissionais de saúde;
  • Uso de técnicas inadequadas;
  • Equipamentos perigosos (radioterapia, radiologia, entre outros);
  • Processos falhos;
  • Estrutura inadequada.

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Qual a importância do Mapa de Risco Hospitalar?

Você viu que o Mapa de Risco Hospitalar identifica pontos vulneráveis à ameaças e riscos que comprometem a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde, um processo essencial por si só.

Além dessa questão, o mapa é importante para a regularização de instituições médicas.

A representação está prevista na norma regulamentadora nº 5 do Ministério do Trabalho.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho devem produzir o documento em empresas, hospitais, clínicas e demais estabelecimentos.

O mapa também auxilia a promover conscientização nas equipes das instituições, porque todos conseguem ver de modo prático quais são os ricos do local e como mitigá-los.

Quando você possui uma equipe de colaboradores preparada para lidar com imprevistos e situações de risco, mesmo que um acidente aconteça, eles lidarão melhor com a situação do que uma equipe sem preparo nenhum.

É fundamental que o Mapa de Risco Hospitalar seja divulgado em um local público que todos podem acessar, como um mural ou fixado no canal de comunicações da empresa.

As instituições que não aplicam corretamente o documento podem sofrer punições legais dos órgãos regulamentadores, além de perderem a confiança dos pacientes mais facilmente.

7 vantagens de usar o Mapa de Risco Hospitalar

Ao longo do conteúdo você notou os benefícios essenciais do Mapa de Risco Hospitalar, mas é fundamental destacar 7 vantagens que funcionam para qualquer instituição, seja um hospital, clínica ou consultório.

Veja quais são elas a seguir:

  1. Redução de quantidade de acidentes nas instituições médicas;
  2. Equipe de saúde qualificada para lidar com imprevistos;
  3. Garantia da qualidade de trabalho das equipes;
  4. Local de trabalho mais seguro para os profissionais de saúde;
  5. Aumento da segurança do paciente;
  6. Criação de uma marca confiável para o mercado médico;
  7. Compromisso com o cuidado dos pacientes e dos profissionais de saúde da instituição.

Todos esses benefícios também contribuem para a atração e fidelização de pacientes, que se sentirão mais confiantes de ir a um local completamente regulamentado e preparado para lidar com emergências.

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Como criar o Mapa de Risco Hospitalar?

1. Faça uma análise do local

Como o Mapa de Risco Hospitalar é uma representação gráfica baseada na planta da instituição, o primeiro passo deve ser analisar a estrutura do local e conhecer a rotina de todas as áreas.

É preciso fazer um mapeamento completo da recepção, salas de atendimento, cirurgias e exames, máquinas, equipamentos, sistemas médicos, copa para colaboradores, entre outros espaços.

A análise também deve englobar informações sobre a equipe, como quantidade, faixa etária, gênero, especializações, responsabilidades, capacitação e conhecimento em treinamento de segurança.

2. Classifique os riscos ocupacionais

A base da sua análise permitirá que você identifique os riscos existentes no local. A equipe responsável deve elaborar um laudo baseado na classificação de segurança do trabalho estipulado na Portaria SSST nº 25 de 29/12/1994.

Os riscos são divididos em 5 categorias:

  • Grupo 1 (verde): riscos físicos como ruídos de alta intensidade, vibração, temperaturas consideravelmente altas ou baixas, umidade excessiva e pressão anormal;
  • Grupo 2 (vermelho): riscos químicos, por exemplo, fumos, neblinas, gás, névoas, poeiras e substâncias químicas;
  • Grupo 3 (marrom): riscos biológicos como bactérias, vírus, parasitas, fungos, bacilos, entre outros microrganismos;
  • Grupo 4 (amarelo): riscos ergonômicos que causam desconforto físico e estresse mental devido a um esforço intenso, má postura e processos manuais inadequados, como acontece em jornadas de trabalho extremamente longas;
  • Grupo 5 (azul): riscos de acidentes naturais devido a estruturas defeituosas, como incêndios, inundações, quedas, choques, explosões, ausência de equipamento de proteção, animais peçonhentos, entre outros.

3. Estabeleça medidas preventivas

O próximo passo após conhecer os riscos existentes é decidir quais serão os planos de ação que vão prevenir essas ameaças. A portaria citada anteriormente traz exemplos de algumas medidas:

  • Organização do trabalho;
  • Proteção coletiva;
  • Proteção individual;
  • Higiene e conforto.

4. Identifique os indicadores de saúde da instituição

Os indicadores de saúde envolvem a coleta e análise sobre o quadro clínico e histórico de doenças decorrentes do local de trabalho inadequado. É necessário identificar os seguintes aspectos:

  • Reclamações recorrentes dos colaboradores;
  • Acidentes de trabalho que já aconteceram com a equipe;
  • Diagnóstico de doenças de caráter ocupacional;
  • Análise dos motivos das licenças de trabalho e absenteísmo.

5. Elabore a representação gráfica

Por fim, todo o levantamento de dados e análise permitirá que você crie a representação gráfica dos riscos presentes na instituição de saúde.

A representação gráfica deve usar os círculos coloridos padronizados na classificação da portaria como visto acima. As cores são essenciais para ter uma visualização mais clara dos riscos envolvidos.

Os círculos também devem mostrar informações como quantidade de colaboradores e características do risco (substâncias químicas, agentes biológicos, intensidade de exposição ao risco).

Durante todo esse processo, é imprescindível que a opinião dos colaboradores seja levada em consideração, porque são essas opiniões que definirão o tamanho da gravidade que os riscos representam.

Afinal, não há ninguém melhor para falar sobre os riscos do trabalho do que as pessoas que trabalham diretamente com eles. 🙂

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