Quer melhorar a experiência dos seus pacientes e engajá-los ainda mais em seus tratamentos? A solução ideal para essa questão pode ser a consumerização da medicina. Descubra mais sobre esse movimento neste artigo!
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A consumerização da medicina possibilita o maior engajamento dos pacientes em seus tratamentos, além de ajudar na prevenção da saúde e na melhora da experiência do paciente por completo, tudo isso com o auxílio da tecnologia.
O livro The Guide to the Future of Medicine aborda em seus capítulos, como o uso da tecnologia pode envolver ativamente os pacientes, profissionais da saúde e cuidadores, procurando não apenas solucionar doenças, mas cuidar da saúde do paciente de forma constante.
A tecnologia pode melhorar a área da saúde com ferramentas poderosas, informações e soluções. As inovações tecnológicas podem trazer redução de erros médicos, aumento da satisfação do paciente e diminuição do custo da saúde. Além disso, com a ajuda da tecnologia, os pacientes se tornam empoderados e engajados.
Quer saber o que exatamente é a consumerização da medicina, e quais são suas principais vantagens e desafios? Continue a leitura e descubra!
O que é a consumerização da medicina?
A consumerização é o termo utilizado pelos especialistas da tecnologia para se referir ao movimento de usar dispositivos pessoais, como smartphones, notebooks e tablets, no trabalho.
Agora, quando falamos da consumerização da medicina, estamos abordando o movimento dos próprios pacientes usarem dados eletrônicos para o acompanhamento da saúde.
Os pacientes conseguem acessar os dados eletrônicos sobre suas saúdes por meio de ferramentas como os wearables, dispositivos vestíveis inteligentes, como os relógios que monitoram os batimentos cardíacos dos usuários.
Além dos wearables, existem diversas inovações tecnológicas que estão contribuindo para que os pacientes tenham acesso aos seus próprios dados, e engajem ainda mais não apenas no tratamento, mas para a prevenção.
Uma dessas inovações tecnológicas são os softwares médicos, sistemas desenvolvidos exclusivamente para clínicas e consultórios médicos.
Os softwares que realmente buscam ajudar o médico na fidelização de pacientes, entregam funcionalidades como envio da prescrição eletrônica por SMS e e-mail, compartilhamento de prontuários entre profissionais de saúde, entre outras ferramentas.
De acordo com um estudo da Accenture sobre os pacientes brasileiros, em 2016, 65% dos consumidores brasileiros já afirmavam que tinham conhecimento das informações que desejavam acessar em sua EHR (dados da saúde eletrônicos).
“Embora o uso de wearables (dispositivos de saúde eletrônicos) ainda não tenha ganhado força no Brasil, consumidores (87%) e médicos (94%) concordam que essas ferramentas fortalecem o engajamento dos pacientes com sua saúde.”
Quando comentamos sobre a consumerização da medicina, não podemos deixar de explicar o conceito de IoT (Internet of Things, em português, internet das coisas).
A IoT pode ser definida como uma extensão da internet que se conecta com a “vida real”, por meio de objetivos como smartphones, relógios, e até mesmo lentes de contatos.
Essa conexão reúne e transmite dados sobre os pacientes, um processo que afeta diretamente o tratamento e diagnóstico, pois os provedores de saúde conseguem informações em tempo real sobre a saúde dos pacientes, obtendo relatórios mais completos e agindo rapidamente em situações de emergência.
Um ótimo exemplo de como a IoT beneficia a saúde é o caso do Apple Watch do Bob, um idoso que acabou caindo durante uma caminhada, e automaticamente o dispositivo avisou sua família e chamou uma emergência no local registrado da ocorrência.
A funcionalidade Detecção de Queda também alertou a família sobre a localização do hospital para onde Bob tinha sido levado.
A consumerização da medicina, movimento responsável pela internet e a IoT, ajuda não apenas nessas situações de emergência, mas em todo o processo de prevenção de saúde dos pacientes.
Porém, quando falamos de mudanças, principalmente de inovações tecnológicas, muitos médicos ainda possuem receio, principalmente por conta da segurança dos dados dos pacientes.
É importante enfatizar que há diferentes vertentes sobre a consumerização da medicina, e os profissionais da saúde possuem opiniões diversas sobre seus benefícios e riscos.
Para te ajudar a entender mais sobre esse conceito, separamos quais são as principais vantagens da consumerização da medicina, assim como seus principais riscos. Acompanhe!
Principais vantagens da consumerização da medicina
A consumerização da medicina traz diversos benefícios para todos que estão envolvidos na área da saúde, seja os pacientes, os profissionais da saúde, e até mesmo os cuidadores.
Ainda abordando o estudo realizado pela Accenture, segundo a pesquisa, existe uma grande oportunidade para os médicos de aumentar o nível de transparência e melhorar as comunicações com os pacientes com a ajuda da tecnologia.
“A velocidade da adoção do digital pelos consumidores nos últimos dois anos é significativa, e mostra que os pacientes buscam nova direção para a utilização de ferramentas digitais para acompanhar sua saúde.”
Para saber mais sobre as vantagens da consumerização da medicina, separamos os principais pontos a seguir.
1. Paciente mais engajado com a sua saúde
O termo “paciente” deriva do latim patiens, de patior, que significa sofrer. Ou seja, a visão tradicional do paciente é uma pessoa passiva, que apenas espera os cuidados médicos de um profissional da saúde.
De fato, por muito tempo as pessoas como pacientes, apenas tratavam da sua saúde quando aparecia algum sintoma ou doença, e não possuíam acesso à informação de forma simples, por isso, seguiam as orientações dos médicos sem questionar.
Porém, os próprios profissionais da saúde já percebem que os pacientes atuais não agem da mesma forma. O paciente pós-digital já sabe o currículo do médico quando chega ao consultório porque pesquisou na internet, tem uma opinião própria sobre o que pode estar acontecendo, e está mais exigente.
Ao mesmo tempo, o paciente atual está mais engajado com sua saúde, e se preocupa também com a prevenção. Tudo isso por conta da consumerização da medicina: hoje, temos acesso à muitas informações, aos dados eletrônicos da nossa saúde.
Podemos realizar um acompanhamento integrado sem sair de casa, com a ajuda por exemplo, dos wearables, já citados no artigo. Antes, para descobrir informações como frequência cardíaca, era necessário ir até um estabelecimento médico para realizar exames, hoje, podemos descobrir esse dado a qualquer momento, com a ajuda desses dispositivos.
Definitivamente uma ótima vantagem, afinal, pacientes engajados são pessoas ativas em relação a sua saúde, o que ajuda o setor da saúde como um todo, não concorda?
2. Integração de dados
Já pensou em ter os históricos atualizados de todos os seus pacientes, mesmo quando eles ainda não eram atendidos por você?
Uma ótima vantagem da consumerização da medicina é a integração de dados.
Como já vimos em alguns exemplos citados no artigo, as inovações tecnológicas permitem que os dados dos pacientes sejam reunidos em uma plataforma ou dispositivo, sendo compartilhados com profissionais da saúde, hospitais, e demais prestadores de serviço da saúde.
Isso significa que os dados dos pacientes podem ser compartilhados até mesmo entre profissionais de saúde. Assim, ao invés de repetir as mesmas perguntas, e até mesmo pedir novamente os mesmos exames, você pode conferir o prontuário eletrônico e saber o histórico completo do paciente.
Além disso, caso o paciente utilize um wearable, como o Apple Watch, que monitora frequência cardíaca, acompanha ciclo menstrual, coleta informações relacionadas a saúde, e entre outras funcionalidades, todos esses dados podem ser compartilhados com os prestadores de saúde.
Uma ótima forma de realizar um acompanhamento realmente excelente, e tudo graças à ótima integração de dados que a consumerização da medicina oferece.
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3. Maior acessibilidade
A consumerização da medicina também fornece maior acessibilidade para pessoas que moram em lugares distantes, ou não possuem condições de realizar um acompanhamento presencial com frequência.
Normalmente, após a consulta, os pacientes precisam retornar ao consultório para entregar resultados de exames ou avaliar novamente critérios (como frequência cardíaca) que, com a consumerização da medicina, podem ser feitos por dispositivos eletrônicos dos próprios pacientes.
Com a tecnologia, agora podemos enviar os resultados por e-mail ou mensagem, realizando um acompanhamento mais efetivo mesmo a distância.
Dessa forma, novas oportunidades surgem para as pessoas que desejam se consultar com profissionais da saúde que atendem em locais distantes, como outro estado, ou até mesmo em outro país.
É claro, no Brasil ainda não é possível realizar atendimento por meio da internet, e as inovações tecnológicas nunca irão substituir um atendimento humanizado e presencial dos médicos.
Porém, quando pensamos em situações de emergência, ou casos de regiões carentes de difícil acesso pelos médicos, essa acessibilidade pode ajudar muito no avanço da saúde dessas pessoas.
Pensando nessas possibilidades, o futuro pode ser extremamente vantajoso, tanto para os médicos que desejam ajudar ainda mais pessoas, quanto para os próprios pacientes.
4. Tratamento e diagnóstico mais efetivo
Como vimos no tópico da integração de dados, a consumerização da medicina oferece diversos meios que permitem uma centralização e integração de dados de excelência.
Imagine tratar seus pacientes com todos os dados da sobre a saúde deles à sua disposição. O tratamento provavelmente seria mais efetivo, e consequentemente, o diagnóstico mais preciso, não acha?
Afinal, você pode ter acesso a tratamentos feitos por outros profissionais, e informações que, às vezes, os próprios pacientes se esqueceriam de passar.
Em situações de emergência, o tratamento e diagnóstico se torna ainda mais completo. Normalmente, nessas ocorrências, os profissionais não possuem nenhuma informação sobre os pacientes, e ainda estão lutando contra o tempo.
Com os dados que a consumerização da medicina proporciona, os profissionais da saúde podem ler rapidamente as informações, e verificar se há alguma alergia, ocorrência anterior, tudo que for necessário para salvar a vida do paciente naquele momento.
Essa definitivamente é uma ótima forma de melhorar o atendimento médico como um todo.
5. Melhora na experiência do paciente
Todos os tópicos acima contribuem para a melhora da experiência do paciente. Afinal, se o paciente está mais engajado, possui maior acessibilidade, e recebe um tratamento mais efetivo, toda sua experiência melhora por completo.
Sabemos que a verdadeira vocação dos médicos é cuidar dos pacientes, independente das suas especialidades. Por isso, uma boa parte dos profissionais da saúde estão animados com a consumerização da medicina, e já estão se preparando para o futuro.
Porém, alguns profissionais possuem certos receios quanto a utilização da tecnologia no tratamento dos pacientes, principalmente por conta da privacidade e segurança das informações, que são extremamente sigilosas.
Vamos falar um pouco sobre os desafios da consumerização da medicina?
Desafios da consumerização da medicina
Citando novamente o livro The Guide to the Future of Medicine, de fato, existem riscos quando falamos de usar a tecnologia na área da saúde, pois estamos falando sobre o cuidado da vida dos pacientes. Porém, o livro aborda uma questão importante:
Buscar melhorias fazendo exatamente a mesma coisa, que já estávamos fazendo, é loucura. Precisamos buscar novas formas de engajar os pacientes em seus tratamentos, e aceitar que a tecnologia já está presente em todos os aspectos das nossas vidas, inclusive na área da saúde, e ela veio para nos ajudar e trazer inovações.
Além disso, conforme a tecnologia vai evoluindo, a segurança da informação também vai melhorando e se tornando cada vez mais forte. As criptografias, por exemplo, permitem que apenas profissionais da saúde autorizados tenham acesso às informações sigilosas dos pacientes.
Também há diversas leis e normas que visam à proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que será vigente a partir de 2020, e específica como empresas e prestadores de serviços devem tratar os dados dos seus clientes, garantindo a privacidade e segurança dos mesmos.
Podemos citar também o NGS (Nível de Garantia de Segurança), que define os níveis de segurança que os sistemas de saúde devem adotar para garantir a confidencialidade, integridade e autenticidade dos dados de saúde.
Os especialistas em segurança médica já estão se preparando para atender todas as normas dessas leis e níveis de segurança.
Os médicos empreendedores e prestadores de serviço, como hospitais, também estão se preparando, utilizando uma rede de internet de qualidade, adotando equipamentos eletrônicos de excelência, e investindo em sistemas como os softwares médicos.
E você, como está se preparando para o futuro? Ficou interessado em saber como aproveitar todas essas inovações tecnológicas na área da saúde? Baixe gratuitamente nosso eBook sobre o assunto:
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