Demografia médica de 2020: mais de 500 mil médicos no Brasil

Qual a demografia médica de 2015?

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A demografia médica de 2020 feita pela USP, em parceria com o CFM, mostra que o Brasil conta com mais de 500 mil médicos, mas a desigualdade de distribuição segue esse aumento.

Apesar do mercado médico estar cada vez mais lotado, a população brasileira não se beneficia igualmente desse crescimento. 

Regiões com poucos especialistas, como o nordeste e o norte, que conta com um ou menos médicos por 1.000 habitantes, são extremos opostos das capitais, onde há 5,65 médicos por 1.000 habitantes.

Como a própria pesquisa afirma:

“A tragédia da pandemia da Covid-19 relembrou aos países e aos sistemas de saúde, […] o quão fundamentais são os recursos humanos e a existência de médicos em quantidade suficiente, bem distribuídos, valorizados e protegidos, com habilidades e capacidades para atender às necessidades da população de maneira oportuna, eficiente e efetiva.”

Veja nesta curadoria as 5 principais revelações da demografia médica de 2020. Acompanhe!

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5 principais marcos da demografia médica de 2020

1. Mais de 500 mil médicos, razão de 2,38 médicos por 1.000 habitantes

Em novembro de 2020 o Brasil alcançou a marca histórica de 500 mil médicos e a razão de 2,38 médicos por 1.000 habitantes. 

É a maior densidade e quantidade de profissionais já registrados no país e na última década (2010 a 2019), 179.838 novos médicos entraram no mercado de trabalho. 

Nos últimos 100 anos, o número de médicos no Brasil cresceu proporcionalmente 5 vezes mais que o número de habitantes.

2. Medicina cada vez mais jovem e feminina 

As mulheres são a maioria em grupos de até 29 anos (58,5%) e entre 30 a 34 anos (55,3%).

“A crescente feminização da carreira médica é nítida na evolução da distribuição por gênero ao longo do último século.”

Além disso, a média de idade dos médicos em atividade é de 45 anos, com desvio padrão igual a 15. Essa médica cai a cada ano, o que afirma o juvenescimento da Medicina no país.

3. Médicos concentrados nas capitais

Segundo a pesquisa, há uma enorme desigualdade na distribuição de médicos nas capitais e na cidade do interior, até mesmo entre as próprias capitais e entre municípios do interior dos diversos estados.

Nas capitais há 5,65 médicos por 1.000 habitantes e nas cidades do interior há 1,49 médicos por 1.000 habitantes.

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4. Quatro especialidades concentram quase 40% dos especialistas

As especialidades que concentram 40% dos especialistas são:

  • Clínica médica (11,3%)
  • Pediatria (10,1%)
  • Cirurgia Geral (8,9%)
  • Ginecologia e Obstetrícia (7,7%)

No total as quatro especialidades concentram 38% dos especialistas. Outras especialidades também se destacam, como:

  • Anestesiologia (5,9%)
  • Medicina do Trabalho (4,6%)
  • Ortopedia e Traumatologia (4,1%)
  • Cardiologia (4,1%)
  • Oftalmologia (3,6%)
  • Radiologia e Diagnóstico por Imagem (3,3%)

No total as 10 especialidades representam 63,6% de todos os títulos de especialistas. 

Vale ressaltar que a especialidade com maior número de mulheres é a dermatologia (77,9%) e a com maior número de homens é a urologia

Na pediatria as mulheres representam 74,4%, na endocrinologia e metabologia, 70,6% e na alergia e imunologia, 67,4%. 

O aumento de mulheres em quatro especialidades é cada vez mais crescente: pediatria, medicina de família e comunidade (58,7%), ginecologia e obstetrícia (57,7%) e clínica médica (53%). 

5. Quase metade dos médicos do Brasil atuam em consultório próprio

Os médicos do Brasil são mais concentrados no setor privado. 28,3% atuam exclusivamente no privado e 50,2% atua no setor público e privado, ou seja, 78,5% dos médicos atuam no privado.

Desses profissionais, 47,6% mantém consultório particular ou divide o espaço com colegas.

Esses foram os principais marcos da demografia médica de 2020. 

É evidente que, para se destacar no mercado médico, que está cada vez mais lotado, é necessário buscar atualização profissional e tecnologias que fidelizem pacientes.

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