Ao negociar contratos com instituições em saúde, como hospitais e operadoras de planos, muitos médicos podem ficar confusos ao se depararem com imensa quantidade de cláusulas e termos.
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Além disso, nem sempre o que é acordado pode ser benéfico para ambas as partes. Por isso, é fundamental entender como negociar um contrato no mercado médico.
Continue a leitura e descubra como negociar contratos com instituições de saúde de forma otimizada.
3 dicas para negociar contratos com instituições em saúde
Embora o processo de negociar contratos com instituições em saúde pareça um pouco complicado, é fundamental que o médico se atente a todos os termos para que o acordo seja benéfico para ambas as partes.
Confira agora 3 dicas para fazer essa negociação da melhor forma possível:
1. Desenvolvimento do contrato
Independentemente da área que você atua como médico, seja atendendo na sua clínica, ou auditando contas médicas em operadoras de plano de saúde, é de extrema importância desenvolver o contrato com atenção.
Na hora de escrevê-lo verifique se ele está desenvolvido de forma clara e completa, contemplando os pontos essenciais para que não ocorram confusões e inconsistências.
Isso minimiza as chances do não cumprimento do que foi acordado pela falta de clareza.
Defina qual será o objeto do contrato, aborde quais serão os serviços prestados de forma detalhada. Especifique também qual será a tabela de preços utilizada como referência e quais são os valores acordados.
Pode ser utilizada a tabela CHPM, a qual é responsável por indicar valores referentes a honorários para garantir que médicos tenham seus direitos salariais preservados.
Especifique quais são as obrigações e responsabilidades de cada parte, de modo que fique objetivo e claro.
Elabore uma cláusula referente ao reajuste anual, especificando se será de livre negociação ou com o índice predefinido, como o IPCA.
Escreva uma cláusula referente a data de pagamento. Não se esqueça de incluir uma cláusula de multa caso o acordado não seja cumprido.
Também é importante que você determine como funcionará a renovação, podendo esta ser:
- Indeterminada;
- Automática;
- Sem renovação;
Ao final, leia com atenção e busque pontos de melhoria para que o contrato fique da forma mais clara possível.
2. Análise jurídica
Além de se atentar às cláusulas e termos, é de extrema importância após elaborar o contrato, buscar uma análise jurídica, ou seja, consultar um advogado para que ele determine o quão pertinentes estão as cláusulas que constam no documento.
Realize os ajustes de acordo com as recomendações do advogado e insira mais cláusulas, se necessário.
Essa prática auxilia na saúde financeira tanto para as instituições de saúde como para médicos, pois evita problemas posteriores decorrentes de contratos que não receberam a devida atenção na hora do desenvolvimento e análise legal.
Além disso, quando o contrato é acordado com operadoras de planos de saúde, é importante consultar a lei n. 13.0003/2014, que estabelece obrigações ao desenvolver contratos, como a descrição detalhada de obrigações e responsabilidades de cada parte, bem como que o médico colha a assinatura ou protocolo de recebimento da operadora.
Depois de consultado um especialista, as partes, se estiverem de acordo, podem realizar a assinatura do contrato.
Se houver alguma cláusula que ambas as partes não estão de acordo, é possível reformular as regras, exceções ,obrigações e responsabilidades.
3. Organização dos contratos e monitoramento
O contrato está elaborado e assinado?
Ainda não acabou! É papel tanto da instituição de saúde como do profissional organizar esses contratos, para que quando for necessário analisar se o que foi combinado está de fato sendo cumprido, seja fácil achar.
Portanto, organize-os por data de vencimento ou ordem alfabética.
Digitalizar esses documentos para preservá-los é uma boa alternativa para evitar a perda de dados.
Além de organizá-los, é importante monitorá-los de forma periódica, semanal ou mensal.
Isso permite que seja analisada a coerência entre o que foi acordado e o que está realmente acontecendo.
Além do que, isso permite a otimização do processo, pois é possível avaliar o que pode ser acrescentado no próximo contrato, de modo que seja benéfico para ambas as partes.
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