A triagem médica é uma das ferramentas que uma clínica, consultório ou hospital tem para determinar quais são as prioridades de atendimento, de acordo com a gravidade do quadro de um paciente.
Além de ajudar na organização, essa também é uma forma de dar um tratamento em equidade para todos os pacientes dentro do seu estabelecimento.
Uma das técnicas mais importantes no atendimento ao paciente dentro de um estabelecimento de saúde, a triagem traz vantagens tanto para a empresa quanto para o médico e para o paciente.
Seu funcionamento se baseia em dividir os pacientes de acordo com a urgência ou emergência do quadro. Quanto mais urgente é o quadro da pessoa, mais rapidamente ela deverá ser atendida.
Dessa forma, uma pessoa que está sofrendo um processo de ataque cardíaco, por exemplo, não deve estar submetida ao mesmo tempo de espera de uma pessoa que está com enxaqueca.
Embora ambas necessitem de atendimento, dar prioridade ao caso mais grave pode fazer com que uma vida seja salva.
Se você aplica esse processo dentro do seu estabelecimento de saúde, mas vê problemas para organizar as prioridades nos seus atendimentos, continue lendo.
Neste artigo que a iClinic preparou, trouxemos informações completas a respeito da triagem clínica e suas particularidades. Aqui, você vai descobrir detalhes sobre:
O que é um processo de triagem?
O conceito de triagem no atendimento médico vem da própria palavra – uma triagem é o efeito de separar, selecionar ou escolher.
No contexto da saúde, é a separação dos pacientes em grupos conforme a gravidade do caso.
Há diferentes formas de fazer essa separação. Dependendo do estabelecimento ou do país, podem ser adotadas cores ou níveis numéricos para determinar qual é o grupo de um paciente.
O SUS, por exemplo, utiliza as cores para fazer esse processo de triagem. Antes de iniciar o atendimento de fato, o paciente deve passar por um procedimento que é chamado de “Classificação de Risco”.
Nesta classificação de risco, um médico (normalmente um clínico geral), o examinará e fará perguntas sobre o que ele sente e há quanto tempo tais sintomas têm sido experimentados.
De acordo com as respostas e sinais transmitidos pelo paciente, o médico deverá classificar a sua urgência e encaminhá-lo para a segunda parte do atendimento.
Quando essa prática surgiu?
A prática da triagem foi utilizada pela primeira vez durante a Primeira Guerra Mundial.
Nesta guerra, hospitais de campanha eram montados próximos aos locais de batalha e de acordo com a gravidade dos feridos, certos procedimentos eram tomados.
Dividia-se os pacientes em três grupos:
- Quem tinha probabilidade de viver, mesmo se não recebesse tratamento adequado;
- Quem tinha probabilidade de viver caso fosse fornecido o tratamento adequado;
- Quem tinha probabilidade de morrer, independentemente de qual fosse o tipo de tratamento fornecido.
Com esse processo de triagem em mãos, os feridos eram encaminhados para os tratamentos de acordo com o prognóstico.
Qual é a importância da triagem para uma clínica médica?
No contexto da clínica médica, a triagem serve para fazer a organização de todo o processo de atendimento aos pacientes, priorizando o que deve ser de fato priorizado.
Assim, é possível que a clínica aumente sua excelência nos atendimentos, pois tratará os pacientes com equidade – ou seja, dando a importância e prioridade de acordo com o que eles de fato necessitam.
Além disso, a triagem possibilita também um melhor controle dos tempos e dos agendamentos. Quando não há um sistema de triagem, há uma priorização no formato de “lista de espera por ordem de chegada”.
Quais os benefícios que a triagem pode trazer para sua clínica e pacientes?
Atendimento agilizado
Uma das melhores coisas que a triagem proporciona para ambos os lados é a agilidade e clareza no atendimento.
Mesmo que um paciente seja classificado como “não urgente”, desde o primeiro momento ele já recebe uma previsão de quanto tempo precisará esperar para receber atendimento.
Dessa forma, a depender das políticas da clínica, ele poderá escolher voltar para a casa e retornar apenas quando estiver num horário próximo ao da previsão de atendimento.
Assim, o paciente fica menos impaciente e gera menos tumulto e dor de cabeça tanto para o estabelecimento quanto para os seus funcionários.
Ordem de prioridade
A ordem de prioridade, seja ela pela gravidade do quadro ou por grupos prioritários (idosos, gestantes, pessoas com deficiência e etc), faz com que o ambiente como um todo fique mais organizado.
Quando você determina quais são os critérios para a ordem de atendimento, tanto o paciente quanto os familiares sentem mais segurança de que estão recebendo um tratamento equânime e justo.
Por isso, ao adotar o sistema de triagem clínica, não deixe de afixar nas paredes quais são as prioridades e qual é o protocolo que está sendo adotado.
Isso facilita para todos os envolvidos entenderem qual é o seu lugar na “fila” e quanto tempo devem demorar para serem atendidos.
Otimização de tempo
Quando você faz uma segmentação de pacientes na triagem, você também consegue melhorar a forma com que os seus funcionários trabalham com relação ao tempo gasto por atendimento.
Se as coisas não estão suficientemente organizadas, é bem provável que eles tenham que ficar o tempo todo dando explicações e dando atenção a atendimentos de forma aleatória.
Processos organizados
A triagem também ajuda na organização dos processos de atendimento.
Quando há uma definição de prioridades na classificação de risco, fica mais fácil para que cada um dos profissionais entenda o que se espera deles em cada momento.
Isso evita que erros de comunicação ocorram, seja com os pacientes ou com os seus próprios colegas de trabalho.
Um processo de triagem deve ser feito de forma padronizada e organizada. Independentemente de quem estiver atendendo o paciente no momento da triagem, os atendimentos posteriores devem seguir de forma fluida e sem percalços.
Reduz fatalidades
Uma das principais vantagens do processo de triagem é que ele pode reduzir significativamente o número de fatalidades.
Como já dissemos, o principal ponto da triagem é realizar uma classificação de risco, para que os pacientes mais graves sejam atendidos antes.
Dessa forma, um atendimento imediato pode ser providencial na manutenção da vida de um paciente.
Alguns minutos podem fazer toda a diferença na vida de alguém e, assim, priorizá-lo é uma das principais coisas a serem feitas.
Reduz problemas organizacionais
Os problemas organizacionais também são reduzidos com o processo de triagem.
Como você sabe, o ambiente clínico-hospitalar (sobretudo nos atendimentos de urgência e emergência) é caótico e fazer as coisas de forma não-organizada pode levar a tomadas de decisão equivocadas.
Quando um profissional realiza a classificação de risco, as chances de haver erros e equívocos organizacionais são reduzidas.
O fato de haver mais de um profissional trabalhando num atendimento também pode ajudar, pois assim pode haver mais de uma opinião a ser considerada sobre o diagnóstico e possível tratamento.
Não é papel do profissional que faz a triagem determinar os tratamentos, mas o médico que fará o segundo atendimento pode solicitar recomendações ou opiniões dele, de acordo com o que viu no primeiro momento.
Como um sistema de triagem funciona?
Resumidamente, podemos dizer que um sistema de triagem funciona de forma a determinar quem deve ser atendido primeiro.
A depender do modelo adotado, as prioridades podem ser para aqueles que têm maior gravidade, mas isso nem sempre é verdade.
No caso da triagem hospitalar e clínica utilizada na maior parte dos atendimentos, a classificação ocorre do menos urgente para o mais urgente.
Isso determina não só a prioridade, mas também os tempos que cada um dos grupos poderá ter que esperar para serem atendidos.
Quais são as cores da triagem?
Existem diferentes métodos que utilizam as cores para identificar um paciente durante a triagem e o atendimento médico.
O mais conhecido deles é o Protocolo de Manchester, adotado por exemplo nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no Brasil.
De acordo com este protocolo devem ser utilizadas cinco cores – sendo a azul a menos urgente e a vermelha a mais urgente.
- Azul – Não urgente: A cor azul representa os pacientes cuja condição não tem gravidade e não há histórico recente de problemas. Esses pacientes podem esperar até 240 minutos (4 horas) para serem atendidos.
- Verde – Pouco Urgente: O verde por sua vez, são casos de gravidade leve. O paciente precisa ser atendido, mas não há situação de emergência. O paciente pode esperar por até 120 minutos (2 horas).
- Amarelo – Urgente: A cor amarela é utilizada para casos em que há certa urgência, mas sem risco de morte. O paciente não deve voltar para a casa sem atendimento. Tempo de espera de até 60 minutos (1 hora).
- Laranja – Muito urgente: Caso grave e que demanda um atendimento rápido. Não há risco de morte imediata, mas o quadro pode se agravar caso não haja atendimento adequado. O tempo de espera não pode ultrapassar 10 minutos.
- Vermelho – Emergência: Caso gravíssimo – o paciente não pode esperar. Risco de morte existente.
A importância do uso da tecnologia no processo de triagem clínica
Como otimizar o atendimento da sua clínica com um software médico?
Um software médico é uma das formas que você tem para organizar melhor os processos e tarefas da sua equipe.
Tanto médicos quanto enfermeiros e profissionais administrativos podem ter ganhos ao trabalharem com uma plataforma como o iClinic.
Com o iClinic, você possui funcionalidades que vão desde a área de atendimento aos pacientes, até atividades administrativas como gestão financeira, relatórios, e-mail marketing, entre outros.
Conclusão
Como você leu ao longo deste artigo, o processo de triagem pode facilitar o trabalho da sua equipe médica e de recepção.
Através dele, é possível fornecer aos pacientes o atendimento mais adequado, de acordo com a gravidade do caso.
Com isso, o paciente também ganha, visto que ao entender melhor como funciona a classificação de risco, saberá qual o tempo deverá esperar para o atendimento.
Parte dos processos de triagem numa clínica podem ser facilitados com o uso de um software médico como o iClinic.
No iClinic você conta com ferramentas que auxiliam tanto o processo de atendimento ao paciente quanto à gestão do negócio.