Ao tornar a Teleconsulta humanizada é possível proporcionar uma experiência mais satisfatória e agradável aos pacientes.
A Teleconsulta ou Teleatendimento, modalidade de consulta médica a distância que faz parte da Telemedicina, tem ganhado adesão em decorrência da praticidade e contribuição ao distanciamento social necessário durante a pandemia de COVID-19.
No entanto, com o crescimento da oferta e procura pela modalidade, a tendência é que ela se consolide, tornando-se uma opção amplamente disponível aos pacientes mesmo no período pós-pandemia.
Nesse cenário, os médicos e clínicas devem buscar estratégias que viabilizem a humanização da Teleconsulta, mesmo com as dificuldades de se realizar um exame clínico de qualidade a distância.
Existem diferentes práticas que contribuem para contornar esses desafios e garantir a humanização do atendimento. Continue a leitura e descubra quais são elas!
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Telemedicina: 8 dicas para uma Teleconsulta mais humanizada
Uma vez que a Teleconsulta e a Telemedicina são práticas relativamente recentes para os brasileiros, tanto para médicos quanto para pacientes, é importante buscar formas de aprimorar essas práticas.
De fato, deve-se observar o potencial de aprimorar os processos, tanto para proporcionar uma experiência mais humana e satisfatória aos pacientes, como para que a Teleconsulta garanta o suporte médico pretendido.
1. Prepare o ambiente de atendimento
Uma primeira recomendação refere-se ao ambiente no qual o atendimento será realizado. É importante que haja privacidade e silêncio no local, além de boa iluminação e conexão adequada com a internet.
O ambiente é importante para transmitir profissionalismo e confiança ao paciente, que deve ver o local com o mesmo nível de satisfação que um consultório.
Já a qualidade da conexão com a internet é fundamental para não prejudicar o contato, o que pode fazer o profissional perder informações importantes e o paciente ter que repetir ou mesmo interromper o atendimento.
2. Informe sobre as limitações da Teleconsulta
Por lei, o médico deve informar no início da Teleconsulta quais as limitações deste canal. Essa exigência pode ser vista como uma forma de ser honesto com o paciente, o que também faz parte da humanização do atendimento em saúde.
É importante que o profissional seja claro e transparente sobre essas limitações, mas transmita segurança ao paciente de que as demandas dele serão atendidas.
3. Tenha uma comunicação clara e empática
Mesmo na consulta presencial é preciso desenvolver habilidades de comunicação priorizando a clareza, objetividade e empatia. No atendimento a distância, essas qualidades também podem ser trabalhadas.
Para isso, é importante que o médico evite elementos não-verbais durante o atendimento, o que pode dificultar a compreensão, e fale de forma acessível, evitando terminologias técnicas que podem ser ainda mais difíceis na Teleconsulta.
Para exercício da empatia, preste sempre atenção ao que o paciente está falando, respeitando o tempo de exposição dele e, caso precise interrompê-lo, levante a mão para que não haja falas simultâneas.
4. Coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas
O atendimento humanizado na Telemedicina também depende de se colocar à disposição do paciente, seja para esclarecer dúvidas ou explicar novamente algo que não tenha ficado muito claro.
Essa prática é importante para que o paciente se sinta mais acolhido na consulta e não encerre o atendimento sem que todas as informações estejam claras, o que poderia prejudicar o diagnóstico ou tratamento.
5. Reduza possíveis distrações
Com a Telemedicina e a Teleconsulta, uma opção aos profissionais de saúde é o home office e, apesar dos benefícios dessa modalidade, é preciso se atentar a alguns problemas comuns, como as interrupções.
Seja por outras pessoas que dividem o mesmo espaço que você ou por notificações e ligações, é importante que o profissional reduza ao máximo esse tipo de interferência, pois ela prejudica a experiência do paciente.
6. Tenha calma com o domínio tecnológico do paciente
Apesar de nem sempre ser uma questão que se apresenta nos manuais, o domínio tecnológico dos brasileiros varia enormemente e é mais difícil, principalmente para idosos.
Dessa forma, é importante ter calma e paciência nesse momento, de forma que o paciente não se sinta pressionado ou acuado por entender menos das ferramentas digitais.
Outra forma de lidar com essa questão é a clínica elaborar e enviar aos pacientes tutoriais detalhados sobre as ferramentas que usa na Teleconsulta.
7. Preocupe-se com a segurança dos dados do paciente
Dados de saúde são classificados como sensíveis, de forma que a legislação resguarda o paciente sobre a segurança e proteção de dados, evitando a comercialização das informações e também sua divulgação indevida.
Os médicos devem conhecer essas regras e utilizar sistemas para clínicas para que a ferramenta de Teleconsulta resguarde as informações dos pacientes de acordo com a lei.
Além disso, é importante explicar ao paciente que os dados dele estão protegidos e esclarecer dúvidas sobre o tema.
8. Invista seu tempo em conhecer mais sobre a Telemedicina e tecnologia
Para uma Teleconsulta humanizada é importante que o profissional de saúde busque conhecer mais sobre a Telemedicina, como suas áreas e possibilidades, além da legislação vigente sobre o tema e recomendações éticas dos conselhos.
Também pode influenciar a qualidade dos atendimentos a distância que o médico se dedique a conhecer mais a tecnologia que utiliza nos atendimentos e outras opções, verificando recursos, usabilidade para o paciente, estabilidade da conexão, políticas de privacidade e outros fatores.
Dessa forma, as boas práticas para uma Teleconsulta humanizada na Telemedicina vão desde ações necessárias nas consultas presenciais, como também um maior domínio sobre as novas soluções e práticas de saúde.