Muitos jovens estão cada vez mais preocupados em ter um estilo de vida saudável, se alimentar bem, praticar exercícios físicos e cuidar da mente. Como esta geração passa a maior parte do tempo conectada a seus celulares e computadores, vinculam essas ferramentas a seus interesses, utilizando aplicativos de saúde e dispositivos rastreadores de hábitos, os wearables (termo referente às tecnologias para vestir).
Ficou curioso para saber quem são estes millennials? Neste artigo apresentaremos os resultados de uma pesquisa realizada com estes jovens. Continue lendo e entenda melhor sobre esse assunto.
Quem são os millennials?
Os millennials nasceram entre 1980 e 2000, eles cresceram em um momento de rápida mudança desde a queda do Muro de Berlim, através da expansão da economia globalizada. Viram a ascensão e a queda das fitas de VHS, MSN Messenger, Orkut e o brilho e desaparecimento das Spice Girls e dos Backstreet Boys.
Os millennials são os nativos digitais, ou seja, conhecem a internet como a cidade e o bairro em que nasceram.
Eles foram os primeiros a compreender a internet e os aparelhos digitais; a explicar para a vovó como o Facebook e o Snapchat funcionam; assistir a filmes on-line e comprar produtos da China sem pensar duas vezes. Sem mencionar o quão conectados e sociais eles são.
Esses jovens têm uma experiência de vida extremamente diferente da de seus pais e avós, o que lhes dá uma visão de mundo diferenciada… Casamento aos 20? De jeito nenhum! Comprar um carro? Para que? Eles preferem pagar uma viagem para a Ásia!
Mas e a respeito das preferências sobre saúde dos jovens?
A Goldman Sachs descobriu em sua pesquisa sobre millennials que eles também têm uma atitude diferente em relação à saúde do que as gerações anteriores. E isso mudou para melhor. Para esses jovens, ser saudável não significa apenas “não estar doente”. O bem-estar tornou-se uma busca diária.
Os millennials querem ser saudáveis! Buscam por maior expectativa de vida e procuram chegar à velhice da melhor forma possível.
As atitudes em relação ao tabagismo e alcoolismo (mesmo não sendo tão visíveis) mudaram nas últimas décadas. De acordo com a Goldman Sachs, é visível que eles estão se exercitando mais, comendo de forma mais inteligente e fumando menos do que gerações anteriores. Um diferencial é que usam aplicativos e sites de busca para encontrar os alimentos mais saudáveis.
Sobre a pesquisa
O Dr. Bertalan Mesko da TMF e Krisztina Sipos, uma talentosa estudante de 17 anos, realizaram uma pesquisa com os millennials buscando saber seus hábitos relativos à saúde e se a tecnologia impactava de alguma forma no estilo de vida deles. Além disso, outro objetivo era comparar a geração nascida entre os anos 80 e 2000 com a geração de seus pais.
Para a surpresa dos pesquisadores, mais de 300 pessoas responderam o questionário, então eles compilaram os resultados de uma forma muito interessante.
Os parâmetros da pesquisa
O questionário foi preenchido por 339 jovens de 43 localidades que vão desde a gélida Islândia, passando pela Mongólia até as praias de Espanha. A intenção era dar voz a um grupo de jovens de 20 anos mais diversificado possível.
A ideia básica era perguntar sobre as preferências de saúde deste grupo. A média de idade foi de 21,3 anos. A maioria dos entrevistados foi do sexo feminino, com 72,6%, já os do sexo masculino totalizaram apenas 27,4%.
O que os dados sugerem?
De acordo com o questionário composto de 12 perguntas, os millennials geralmente acreditam que são saudáveis. Eles tiveram que pontuar sua saúde subjetivamente em uma escala de 1 a 5, em que cinco significa super saudável. Para a primeira pergunta (“quão saudável você se considera?”), os jovens pontuaram em média 3.5, o que significa que consideram-se fits, ou em português, “em forma”.
Analisando as auto avaliações, a impressão geral foi de que apesar de se considerarem saudáveis, não são loucos por isso: a maioria não está em uma dieta rigorosa e seus telefones não são se resumem a aplicativos de saúde. No entanto, os millennials estão muito à frente das gerações anteriores, pois evitam conscientemente os alimentos prejudiciais à saúde, usam várias tecnologias de suporte à saúde e praticam diferentes tipos de esportes.
O uso de dispositivos digitais para uma vida saudável
À medida que os smartphones se espalham pelo mundo como se fossem vírus, os aplicativos de saúde tornam-se cada vez mais populares. Os entrevistados da pesquisa pareciam estar bastante abertos a experimentar novos aparelhos digitais de saúde, como sensores. Obviamente, pessoas que já estão atentas à sua saúde são mais abertas a novas possibilidades para melhorar o próprio estilo de vida.
Entre os participantes , os aplicativos de saúde mais populares foram Endomondo, Fitbit, My Fitness Pal, Nike Running, Runkeeper, Runtastic e Withings. Outra pergunta foi a respeito da familiaridade que possuem não só com aplicativos de smartphone, mas também com rastreadores de saúde, mais conhecidos como trackers e se saíram muito bem nas respostas. Apenas 22 dos 337 entrevistados disseram que nenhum dos wearables mencionados é familiar para eles. O tracker mais conhecido é o muito bem comercializado Apple Watch.
A motivação social os fazem ir além
Uma grande diferença desta geração em comparação com as anteriores é que, para eles, é muito importante estimular outras pessoas a ter um estilo de vida mais saudável. Quase 50% dos respondentes já estão incentivando seus amigos de diferentes formas a mudar seus estilos de vida.
Assim, criam uma rede de incentivos ajudando um ao outro a manter uma vida saudável!
Millennials têm grandes ideias de como mudar pontos de vista globalmente
Os millennials não só acreditam no efeito da motivação social, como têm grandes ideias de como mudar as atitudes de saúde globalmente. Um dos entrevistados disse que:
“Precisamos de mais empresas que realmente se preocupem com o quão saudáveis são os produtos que fabricam e não apenas com o seu lucro.”
O que mais poderíamos dizer ? Nós concordamos plenamente! ! E aqui vai outra ideia:
“Os incentivos para uma vida saudável devem ser incorporados ao seguro médico.”
Sim, eles devem ser – e já existem sinais de que o mercado se encaminha para isso.
Mas nem todos que responderam focaram na indústria. A maior ênfase foi na necessidade de educação, bem como deixar o acesso a alimentos saudáveis mais fácil e barato.
Outro comentário bem interessante:
“Não importa o quanto há de desenvolvimento tecnológico se a pessoa não está disposta a mudar seus hábitos.”
Esse jovem expressou a essência pura da filosofia em relação à tecnologia e à saúde wearable.
O papel da tecnologia na vida saudável
Encontrar motivação para um estilo de vida saudável é incrivelmente difícil. Mas tecnologias disruptivas têm o potencial de mudar isso. Quando as pessoas compram trackers de saúde, esperam que o aparelho faça a mudança para elas. Considerando que a tecnologia não tem o poder de mudar o nosso estilo de vida, só podemos mudá-lo motivados por dados que medimos com boas tecnologias.
Sempre que alguém recebe feedback imediato sobre qualquer coisa relacionada à sua saúde, torna-se uma motivação significativa.
Então, o mais importante é mostrar às pessoas que viver uma vida saudável é realmente benéfico e que a tecnologia pode apoiá-las a manter bons hábitos!