A prescrição digital é um avanço na medicina que visa modernizar e facilitar o processo de prescrição de medicamentos, exames e outros procedimentos.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu diretrizes específicas para o uso da prescrição digital, a fim de assegurar a segurança e a privacidade dos pacientes e profissionais envolvidos.
Uma pesquisa nacional inédita sobre o comportamento digital do médico, realizada pelo Research Center, núcleo de pesquisa da Afya, revelou que:
- 54% dos médicos especialistas de consultórios e clínicas realizam Teleconsultas, uma modalidade de consulta médica feita a distância por meio de recursos tecnológicos;
- 76,7% dos médicos utilizam softwares/plataformas de prontuário eletrônico e gestão do consultório;
- 67,9% dos médicos utilizam ferramentas de suporte à decisão clínica;
- 67,5% plataformas de prescrição digital.
Esses dados evidenciam o quanto as ferramentas tecnológicas e a prescrição digital estão ganhando espaço no mercado, mostrando o potencial de transformação do setor.
Neste artigo, abordaremos as principais diretrizes estabelecidas pelo CFM para a prescrição digital, elucidando pontos importantes para pacientes e profissionais de saúde que desejam aderir a esta prática.
Entender essas diretrizes é fundamental para garantir a conformidade com a legislação e assegurar a eficiência e segurança do processo de prescrição digital.
Continue lendo para saber tudo sobre esse importante instrumento de transformação digital na sua clínica!
Quais as vantagens da prescrição digital em relação à prescrição em papel?
A prescrição digital vem se destacando como uma alternativa eficiente à prescrição em papel, trazendo diversas vantagens tanto para profissionais de saúde quanto para pacientes.
Esse tipo de prescrição traz inúmeros benefícios, podendo ser usada tanto em consultas no modelo tradicional, como a distância, por Telemedicina.
A prescrição digital minimiza a possibilidade de erros de prescrição, uma vez que os médicos podem consultar o histórico médico dos pacientes e acessar informações sobre as doses e possíveis interações medicamentosas.
Com a prescrição digital, as informações dos pacientes ficam armazenadas em um só lugar, permitindo que os médicos acessem rapidamente todas as prescrições anteriores e informações importantes.
Além disso, ela permite a comunicação mais fácil entre médicos e outros profissionais de saúde, pois é possível enviar prescrições para farmácias e clínicas por meio de plataformas eletrônicas.
Como resultado, essa alternativa reduz os custos com papel, impressão e armazenamento, além de diminuir os custos administrativos enquanto aumenta a eficiência dos processos.
Uma vez que as prescrições podem ser enviadas diretamente para farmácias ou serem acessadas por meio de aplicativos de saúde, elas facilitam a ida do paciente à farmácia.
Outra vantagem da prescrição eletrônica é o seu uso no monitoramento remoto de pacientes, permitindo que os médicos verifiquem a adesão ao tratamento e façam ajustes nas prescrições de forma rápida e segura.
Considerando essas vantagens, a prescrição digital representa uma evolução importante na forma como médicos e pacientes interagem e gerenciam tratamentos.
Dessa forma, há uma experiência mais segura, eficiente e sustentável no setor da saúde.
Qual é a posição do CFM em relação à prescrição digital e sua adoção pelos médicos?
O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece a importância da prescrição digital e incentiva sua adoção pelos médicos.
Entendendo a necessidade de regulamentar essa prática para garantir a segurança e a privacidade dos pacientes e profissionais envolvidos, o CFM estabeleceu normas e diretrizes específicas que devem ser seguidas na emissão de prescrições digitais.
Normas e regulamentações do CFM para a prescrição digital
A Resolução 2.299/2021 do CFM regulamenta a utilização de tecnologias digitais para emitir prescrições, atestados, laudos, solicitação de exames, relatórios médicos e pareceres técnicos.
Os documentos médicos emitidos devem conter obrigatoriamente os seguintes dados:
- Identificação do médico, como nome, CRM e endereço;
- Registro de Qualificação de Especialista (RQE), em caso de vinculação com especialidade ou área de atuação;
- Identificação do paciente, como nome e número do documento legal;
- Data e hora;
- Assinatura digital do médico.
Algumas das principais normas e regulamentações estabelecidas pela Resolução 2.299/2021 CFM incluem:
- Autenticidade e integridade: a prescrição digital deve garantir a autenticidade do médico prescritor e a integridade das informações, utilizando mecanismos de segurança como a assinatura digital e a criptografia;
- Confidencialidade: a prescrição digital deve assegurar a privacidade e a confidencialidade das informações dos pacientes, estando em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
- Armazenamento seguro: as prescrições digitais devem ser armazenadas em sistemas seguros e confiáveis, garantindo a disponibilidade das informações para consulta futura, quando necessário;
- Integração com sistemas de saúde: os documentos devem ser compatíveis com os sistemas de prontuário eletrônico e outras ferramentas de gestão de saúde utilizadas pelos médicos e instituições.
A prescrição digital pode ser utilizada em todas as especialidades médicas?
Sim, a prescrição digital é aplicável a todas as especialidades médicas, desde que sigam as diretrizes e normas estabelecidas pelo CFM.
No entanto, é importante destacar que algumas situações específicas, como no caso do receituário de controle especial, podem exigir regulamentações adicionais por parte de órgãos como a ANVISA e a Receita Federal.
A prescrição digital é segura? Como garantir a segurança das informações dos pacientes?
Sim, a prescrição digital é considerada segura quando segue as diretrizes e normas estabelecidas pelo CFM e outros órgãos reguladores.
Essas diretrizes visam garantir a autenticidade, integridade e confidencialidade das informações dos pacientes e profissionais de saúde envolvidos.
Vejamos algumas medidas para assegurar a segurança das informações na prescrição digital:
- Assinatura digital: a utilização de assinaturas digitais, baseadas em certificados emitidos por Autoridades Certificadoras, confere autenticidade e integridade à prescrição, garantindo que o médico prescritor é realmente quem afirma ser e que as informações não foram alteradas após a emissão;
- Criptografia: a criptografia é uma técnica que codifica as informações, tornando-as inacessíveis a pessoas não autorizadas. Utilizar criptografia na transmissão e armazenamento das prescrições digitais protege os dados dos pacientes e evita o acesso indevido;
- Conformidade com a LGPD: a prescrição digital deve estar em conformidade com a LGPD, garantindo a privacidade e a confidencialidade das informações dos pacientes;
- Armazenamento seguro: as prescrições digitais devem ser armazenadas em sistemas seguros e confiáveis, com medidas de proteção adequadas, como firewalls e sistemas de detecção de intrusão. Além disso, é importante realizar backups periódicos e garantir a disponibilidade das informações para consulta futura.
Ou seja, a prescrição digital é segura quando adota-se medidas eficazes para garantir a autenticidade, integridade e confidencialidade das informações dos pacientes e profissionais de saúde envolvidos.
Quais são as responsabilidades do médico na prescrição digital?
A prescrição digital traz consigo responsabilidades que devem ser cumpridas pelos médicos para garantir a segurança dos pacientes e evitar problemas legais.
Veja abaixo algumas das principais responsabilidades dos médicos na prescrição digital:
- Identificar-se de forma clara e inequívoca na prescrição, incluindo nome completo, registro no Conselho Regional de Medicina e número do CPF;
- Assegurar que as informações prescritas estejam corretas, claras e compreensíveis para farmacêuticos e pacientes;
- Garantir a segurança das informações prescritas, utilizando mecanismos de segurança como a assinatura digital e a criptografia;
- Certificar-se de que o paciente recebeu as informações necessárias sobre a prescrição, incluindo posologia, efeitos colaterais, interações medicamentosas e orientações gerais;
- Registrar as prescrições digitais em sistemas seguros e confiáveis, assegurando que as informações possam ser acessadas e recuperadas posteriormente;
- Atender aos requisitos legais e regulatórios aplicáveis, como a LGPD e as normas estabelecidas pelo CFM;
- Buscar capacitação e atualização constante em relação às melhores práticas e inovações no contexto da prescrição digital.
Além dessas responsabilidades, é importante lembrar que o médico é o principal responsável pelos cuidados e tratamentos dos pacientes.
Assim, ao utilizar a prescrição digital, ele deve estar ciente de suas obrigações éticas e legais, garantindo a segurança e efetividade dos tratamentos prescritos.
Como a prescrição digital pode contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente?
A prescrição digital traz consigo benefícios para a sustentabilidade do meio ambiente, pois reduz o consumo de papel e contribui para a diminuição do impacto ambiental decorrente do descarte inadequado de resíduos.
A eliminação do papel na prescrição médica pode trazer uma série de benefícios para o meio ambiente, tais como:
- Redução do desmatamento: a produção de papel consome muita água e energia, além de contribuir para a devastação de áreas florestais. A prescrição digital elimina a necessidade de papel, o que pode contribuir para a preservação dos ecossistemas naturais;
- Redução do consumo de água e energia: a produção de papel requer grandes quantidades de água e energia, além de emitir gases de efeito estufa. A prescrição digital reduz o consumo de recursos naturais e contribui para a diminuição da pegada de carbono;
- Diminuição da geração de resíduos: a prescrição digital elimina a necessidade de descarte de papel, o que reduz a quantidade de resíduos gerados e contribui para a preservação do meio ambiente;
- Melhoria na gestão dos recursos: a prescrição digital permite uma melhor gestão dos recursos, pois torna possível o compartilhamento de informações entre médicos e outros profissionais de saúde, evitando a duplicidade de exames e procedimentos desnecessários.
Em resumo, a prescrição digital é uma alternativa sustentável e eficiente para a prescrição médica, reduzindo o consumo de recursos naturais e contribuindo para a preservação do meio ambiente.
A adoção dessa prática pelos médicos pode contribuir para um mundo mais sustentável e equilibrado para as gerações presentes e futuras.
Como a prescrição digital pode ser implementada em clínicas e consultórios médicos?
A implementação da prescrição digital em clínicas e consultórios médicos pode trazer inúmeros benefícios, como aumento da eficiência, segurança das informações e redução do impacto ambiental.
Para implementar a prescrição digital, é necessário escolher uma plataforma confiável e segura que atenda às normas e diretrizes estabelecidas pelo CFM.
No sistema de gestão médica iClinic, a sua clínica pode emitir prescrições digitais com a garantia da segurança das informações dos pacientes e profissionais de saúde envolvidos.
Entre os benefícios do sistema, incluem-se:
- Segurança: a solução conta com mecanismos de segurança como a assinatura digital e a criptografia para dados trafegados, de forma a garantir a autenticidade e integridade das informações;
- Eficiência: o processo de emissão e compartilhamento de prescrições digitais é mais rápido e prático, economizando tempo e reduzindo erros;
- Dispensação de medicamentos: iClinicRx, solução de prescrição digital da iClinic, conta com um banco de medicamentos atualizado, memorização de posologia e envio automático via WhatsApp, além de uma funcionalidade própria de dispensação de medicamentos, facilitando o relacionamento entre médico, paciente e farmácia;
- Sustentabilidade: a utilização do iClinic para emissão de prescrições digitais contribui para a redução do consumo de papel e para a preservação do meio ambiente.
Como obter a certificação para realizar prescrição digital?
Para realizar prescrição digital, é necessário que o médico obtenha a certificação digital, que é um documento eletrônico que permite a identificação segura e autenticada do profissional da saúde.
Para realizar a prescrição, o médico deve usar a assinatura eletrônica, por meio de certificado digital emitido pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil modelo A3, cartão ou token).
Para obter a certificação digital, o médico deve seguir os seguintes passos:
- Escolha de uma Autoridade Certificadora: o primeiro passo para obter uma assinatura eletrônica é escolher uma das 17 Autoridades Certificadoras (AC) credenciadas à ICP-Brasil. Cada Autoridade Certificadora possui políticas de comercialização próprias, incluindo o valor do certificado, as formas de pagamento, os equipamentos necessários e a documentação obrigatória para emissão;
- Solicitação do certificado: uma vez escolhida uma Autoridade Certificadora, o médico deverá preencher um formulário de solicitação de certificação digital e fornecer documentos comprobatórios, como identidade, CPF, comprovante de residência e registro no Conselho Regional de Medicina;
- Validação de identidade: após a solicitação, a Autoridade Certificadora irá validar a identidade do médico, verificando os documentos e realizando a confirmação por meio de uma videoconferência ou comparecimento pessoal;
- Emissão do certificado: após a validação, a Autoridade Certificadora irá emitir o certificado digital, que pode ser instalado em um token ou armazenado em nuvem.
Com a certificação digital em mãos, o médico está apto a realizar prescrição digital de acordo com as normas e diretrizes estabelecidas pelo CFM.
É importante lembrar que a certificação digital deve ser renovada periodicamente para continuar sendo válida.
Quais são os custos envolvidos na adoção da prescrição digital?
A adoção da prescrição digital pode envolver alguns custos, mas é importante lembrar que os benefícios dessa prática podem trazer uma economia significativa no longo prazo.
Abaixo estão os principais custos envolvidos na adoção da prescrição digital:
- Certificação digital: como mencionado anteriormente, o médico precisa obter uma certificação digital para realizar a prescrição digital. Os custos variam de acordo com a Autoridade Certificadora escolhida, mas em média, pode variar de R$ 150 a R$ 300 por ano;
- Software e tecnologia: para realizar a prescrição digital, é necessário utilizar um software ou plataforma específica. Os custos envolvidos na aquisição e implementação desses softwares podem variar bastante, dependendo das funcionalidades e da complexidade do sistema;
- Treinamento e capacitação: para garantir a eficácia e segurança na adoção da prescrição digital, é importante que os médicos e demais profissionais de saúde recebam treinamento e capacitação adequados.
Apesar dos custos envolvidos na adoção da prescrição digital, é importante ressaltar que essa prática pode ser vantajosa economicamente a longo prazo.
Isso porque a prescrição digital pode trazer eficiência no processo de prescrição, reduzindo erros e diminuindo o tempo gasto em processos administrativos.
Além disso, a redução do consumo de papel e outros recursos pode gerar economias significativas ao longo do tempo.
Portanto, apesar dos custos iniciais, a adoção da prescrição digital pode ser uma opção viável e vantajosa para clínicas e consultórios médicos.
Boas práticas para o uso da prescrição digital em conformidade com as normas do CFM
A prescrição digital traz inúmeros benefícios para a eficiência e segurança do processo de prescrição médica, desde que utilizada de acordo com as normas e regulamentações estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Abaixo estão algumas boas práticas para o uso da prescrição digital em conformidade com as normas do CFM:
- Utilize uma plataforma segura: é importante escolher uma plataforma confiável e segura que atenda às normas e diretrizes estabelecidas pelo CFM. Verifique se a plataforma escolhida utiliza mecanismos de segurança como assinatura digital e criptografia;
- Mantenha a privacidade das informações: é fundamental manter a privacidade das informações dos pacientes, garantindo que apenas profissionais de saúde autorizados tenham acesso às prescrições e informações médicas;
- Armazene adequadamente as informações: as informações referentes à prescrição digital devem ser armazenadas adequadamente, seguindo as normas e regulamentações estabelecidas pelo CFM;
- Atualize as informações do paciente: é importante manter as informações do paciente atualizadas no sistema, para garantir que a prescrição digital seja adequada e segura;
- Garanta a integridade da informação: é fundamental garantir a integridade das informações e evitar a alteração ou falsificação das prescrições digitais.
A adoção de boas práticas pode garantir a eficácia e segurança do processo de prescrição médica, melhorando a qualidade do atendimento e a confiança dos pacientes no sistema de saúde.
Conclusão sobre a regulamentação do CFM em relação à prescrição digital
Como vimos ao longo do texto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu normas e diretrizes para a prescrição digital, visando garantir a segurança e eficácia do processo.
A prescrição digital pode trazer inúmeros benefícios para a eficiência e qualidade do atendimento, desde que utilizada de acordo com as regulamentações estabelecidas pelo CFM.
É fundamental que os médicos e demais profissionais de saúde sigam as boas práticas para a prescrição digital, garantindo a privacidade e segurança das informações dos pacientes e a conformidade com as normas do CFM.
Além disso, a prescrição digital pode ser implementada de forma simples com a utilização de softwares médicos como o iClinic, que centraliza todas as soluções que você precisa para a gestão do seu consultório e atendimento dos pacientes.
O uso de um sistema de gestão como o iClinic pode simplificar e otimizar esse processo, além de oferecer outras funcionalidades que aprimoram a gestão do consultório e a experiência do paciente.
Esperamos que este artigo tenha sido útil para você. E lembre-se: a atualização constante é a chave para o sucesso na área da saúde.
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