A internet proporcionou diversos benefícios na relação entre médico e paciente. Mas também oferece riscos em relação à segurança e confidencialidade das informações. Por isso, preparamos sete dicas de segurança online para médicos e profissionais da saúde.
Importância da Segurança online para médicos
O termo ehealth foi criado para designar a integração do atendimento de saúde por meio de dispositivos eletrônicos e a internet.
Este termo compreende ferramentas online, como prontuários eletrônicos, gestão hospitalar, controle de medicamentos e até mesmo a chamada telemedicina, ou seja, a troca de informações entre médicos e pacientes por meio de ferramentas digitais.
Apesar de todas as facilidades, o ambiente aberto da internet pode acarretar alguns problemas, por exemplo: publicações sobre saúde disponíveis online podem conter informações que induzem o paciente a um auto-diagnóstico equivocado.
Outro ponto de atenção é a privacidade e segurança dos dados informados pelos pacientes.
Por isso, os profissionais da área de saúde devem ter cuidado ao utilizar determinadas ferramentas para armazenar e manipular informações digitalmente.
1. Sistemas de informação e prontuário eletrônico
Muitos profissionais acostumaram-se a armazenar os dados clínicos de seus pacientes em arquivos de Word, planilhas de Excel, Google Docs ou até mesmo sistemas não criptografados. Esta prática não é segura, pois facilita a interceptação e exposição dos dados.
É preciso ter cuidado na escolha do seu sistema de gestão, procurando saber se o software utiliza criptografia e se preocupa com outras políticas de privacidade e segurança.
Um bom exemplo de programa de prontuário eletrônico seguro é o iClinic, que utiliza criptografia SSL 256 bits, a mesma de sistema bancários, para trafegar as informações médicas, além de realizar backups diários para preservar todas as informações.
2. Redes sociais
Não publique ou discuta casos clínicos dos seus pacientes nas redes sociais convencionais, mesmo que esteja em comunidade ou grupo fechado específico da especialidade.
Neste caso, recomenda-se a utilização de redes sociais voltadas à profissionais de saúde, como a Ology.
3. Imagens e exames do paciente
Tenha cuidado ao fotografar pacientes e divulgar suas fotos ou imagens de exames.
Nunca armazene estes arquivos em aplicativos como Dropbox ou Google Drive.
Lembre-se: a publicação de qualquer material só pode ser realizada com consentimento expresso do paciente em questão.
4. Dispositivos móveis
Caso possua informações de seus pacientes em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, tenha cuidado para que o aparelho não seja acessado sem autorização, ou tenha as informações adulteradas.
Além da tradicional senha para desbloquear o aparelho, utilize aplicativos que solicitem autenticação para acesso às informações.
5. Aplicativos de mensagem instantânea
Whatsapp, Skype, GTalk e outros mensageiros instantâneos não são recomendados para a realização de consultas remotas ou discussão de casos clínicos.
Existem diversas questões relacionadas a privacidade e confidencialidade das informações que devem ser levadas em consideração.
O aplicativo americano Medigram é um mensageiro seguro para comunicação entre profissionais de saúde.
6. Senhas de acesso
Troque suas senhas regularmente.
Este simples hábito pode evitar que suas senhas caiam em mãos erradas e exponham seus dados.
Outra boa prática é a criação de senhas mais complexas, com números, caracteres especiais e variação de letras maiúsculas e minúsculas.
7. Desfazendo-se de equipamentos
Pouco importa se aquele velho celular, pendrive ou computador foi formatado ou está queimado. Ele ainda contém informações dentro dele que podem ser recuperadas.
Evite repassar esses dispositivos para terceiros.
É fato que o uso da internet na saúde trouxe mais benefícios do que desvantagens.
Privacidade e segurança das informações neste caso são riscos altamente gerenciáveis e que com a adoção de boas práticas são sanados, facilitando o dia a dia da prática médica e aumentando a qualidade do atendimento.
