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Consultórios pay per use: o início de uma nova relação entre os profissionais de saúde e seus consultórios

Consultórios pay per use: o início de uma nova relação entre os profissionais de saúde e seus consultórios
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Em meio ao cenário de recuperação econômica no Brasil, manter um consultório próprio requer fôlego financeiro e dedicação por anos. No entanto, nem todos os profissionais da saúde no país conseguem arcar com os custos dessa estrutura.

Felizmente, a economia tem acompanhado a mudança de comportamento dos profissionais dos mais diversos setores e, com isso, soluções que facilitam a vida das pessoas têm ganhado cada vez mais destaque.

Consultório do futuro: conheça o modelo pay per use

Uma dessas inovações é o modelo pay per use, que consiste em pagar somente pelos minutos que um estabelecimento é usado.

A novidade chegou ao setor da saúde e hoje é possível que os profissionais da área atendam em consultórios flexíveis que adotam este modelo de negócio, proporcionando ao paciente a mesma experiência de estar em uma sala particular.

Em São Paulo, em uma região em que estão concentrados os principais hospitais do país, os profissionais da saúde ganharam a opção de atuar em consultórios flexíveis, no modelo pay per use.

A capital paulistana foi a primeira cidade no Brasil a receber uma plataforma de consultórios que tem como missão empoderar profissionais que não utilizam o consultório em tempo integral, possibilitando maior autonomia, flexibilidade e mobilidade.

Profissionais de 23 especialidades já vivem essa realidade, oferecendo horários sem limitação de períodos, dispondo de tecnologia para que o paciente tenha conforto desde o agendamento até o pagamento das consultas e com o custo reduzido aos minutos de utilização do consultório – tudo pago em um app como já fazemos hoje em dia com as corridas de carros particulares, por exemplo.

A necessidade de reinvenção do consultório é um tema presente na maioria dos fóruns que discutem o futuro na saúde.

Este modelo de negócios deu mais um passo em direção ao consultório do futuro e comprova que soluções de economia compartilhada estão tão avançadas para saúde como nos mercados de mobilidade urbana e hotelaria.

Montar consultório em sociedade com amigos, alugar períodos em clínicas ou trabalhar no consultório de alguém renomado foram o início da caminhada na busca por um modelo capaz de dar aos profissionais da saúde condições de exercerem suas especialidades da melhor forma possível com um resultado financeiro razoável.

Mas o mundo atual, pede soluções que atendam a uma sociedade que busca prevenção ao invés de diagnóstico tardio, ambientes que transmitam um sentimento de acolhimento e não de locais frios e assépticos, acessibilidade em todos os sentidos, uso inteligente da tecnologia e mobilidade.

Os profissionais de saúde, por sua vez, além de terem que estar atentos aos anseios da sociedade, lidam com um volume crescente de informação técnica e aparecimento de novas tecnologias que demandam estudo constante, pressões de custos crescentes e remuneração incompatível com este crescimento.

Esta combinação de fatores está gerando frustrações e ansiedade nos profissionais e impactando negativamente na relação com seus pacientes e nos custos e resultados dos tratamentos.

Iniciativas que visam aliviar a rotina dos profissionais de saúde de tudo o que desvia o foco ao paciente, devem ser fortalecidas se quisermos criar valor ao sistema como um todo, tornando-o mais equilibrado e sustentável. Felizmente, os profissionais estão cada vez mais atentos às inovações e dispostos a adotá-las de forma proativa, ágil e otimista.

Sobre o autor:

Fábio Medaglia Soccol é formado em Medicina na Faculdade de Medicina do ABC, especialista em oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e possui MBA em Gestão de Serviços de Saúde pela UNIFESP. Com mais de 15 anos de experiência em Medicina e Health-Tech, patenteou dispositivos médicos na área de Oftalmologia, foi Medical Consultant da Intersystems Corporation e é Co-fundador da Livance Consultórios Inteligentes.

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