Qual a importância de profissionais da saúde terem uma reserva de emergência?

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Principais tópicos

Montar uma reserva de emergência é uma das formas que uma pessoa tem para conquistar maior segurança financeira e profissional. Com as estratégias corretas, um profissional da saúde poderá ter mais autonomia para tomar suas próprias decisões.

Uma das principais dúvidas de muitos médicos recém-formados (e até mesmo os mais experientes) é sobre como lidar com o dinheiro recebido no salário ou pelas consultas.

Mesmo que os profissionais de saúde sejam naturalmente pessoas com um maior nível de instrução educacional, nem todos recebem a educação financeira esperada.

Com isso, muitos acabam não tendo uma vida financeira tão organizada e segura quanto gostariam ou planejavam.

Alguns desses profissionais sequer fazem um planejamento de carreira, com metas de ganhos e estudam investimentos. No entanto, ter esse conhecimento e saber como aplicar o dinheiro é fundamental por uma série de motivos.

De forma resumida, uma reserva de emergência é capaz de trazer segurança e autonomia profissional ao mesmo tempo. 

Isso influencia na facilidade de tomar decisões, visto que a pessoa terá algum valor guardado para eventuais emergências ou mudança de rumos na sua vida profissional.

Por isso, saber do que se trata uma reserva de emergência e como ela deve ser aplicada faz toda diferença no planejamento financeiro pessoal e familiar de qualquer profissional.

Nesse artigo, trouxemos tópicos relevantes nesse assunto se você quer entender melhor sobre eles e como uma reserva de emergência pode trazer benefícios à sua vida pessoal e profissional, continue lendo!

O que é uma reserva de emergência?

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A reserva de emergência é um dos investimentos necessários para qualquer pessoa. O valor desse investimento varia de pessoa para pessoa, mas normalmente está relacionado ao valor equivalente aos custos mensais dela ou de sua família.

Nesse sentido, a reserva de emergência deve ser suficiente para cobrir os gastos ainda que as rendas da pessoa deixem de existir.

Entre os casos mais comuns em que uma pessoa pode precisar utilizar a reserva de emergência estão:

  • Demissão;
  • Redução ou ausência de rendas que existiam anteriormente;
  • Gastos com problemas de saúde pessoais ou familiares;
  • Emergências financeiras relacionadas a golpes, roubos e eventuais problemas não cobertos por seguros.

É muito importante que antes de montar uma reserva de emergência, as regras para utilizá-la estejam bem definidas. Como o próprio nome já diz, apenas casos emergenciais devem ser potenciais utilizações dela.

Isso envolve um nível muito grande de disciplina e entendimento da pessoa. Quando a reserva envolve mais pessoas (casal ou família), esse entendimento deve ser estendido a todos.

De certo modo, a reserva de emergência deve ser vista como um patrimônio, que só deve ser “colocado à venda” caso realmente tenha motivos plausíveis.

Qual a importância de ter uma reserva de emergência sendo médico?

A organização financeira de um médico é fundamental para que ele tenha sucesso em sua carreira.

E nisso, podemos incluir desde os profissionais que trabalham por conta própria em consultórios, até os médicos experientes que já tenham o seu próprio estabelecimento de saúde.

Profissionais que tenham sua reserva de emergência montada e suas finanças organizadas tendem a:

  • Estarem mais prontos para abrir mão de determinadas posições quando oportunidades melhores surgirem;
  • Organizar melhor as suas prioridades pessoais e familiares com relação ao consumo, objetivos e metas a médio e longo prazo;
  • Realizarem melhor as suas tarefas profissionais, visto que com maior segurança financeira, terão também menos preocupações;
  • Compreenderem quais são os riscos e recompensas possíveis na carreira;
  • Terem mais interesse e capacidade para empreenderem no setor da saúde.

Além disso, médicos que não tem uma gestão eficiente dos seus recursos, tendem a trabalhar mais com a “corda no pescoço”.

Isso faz com que oportunidades não vantajosas de trabalho sejam aceitas por eles. Tudo gerado por um medo de não conseguir pagar as suas contas ou de ter que baixar o padrão de vida.

Sendo assim, o profissional da área da saúde que não tenha se planejado e organizado financeiramente, tende a enfrentar problemas crônicos tanto com as finanças pessoais quanto com a satisfação profissional.

Como calcular a minha reserva de emergência?

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Os especialistas em finanças costumam dizer que a reserva de emergência deve estar baseada ou no custo de vida da pessoa/família ou na renda.

As duas formas são válidas e a escolha do modelo a ser adotado deve envolver também a natureza do emprego das pessoas envolvidas nessa reserva.

Pessoas que tenham modelos de renda que não variem com os meses (salários, pró-labores e entre outros) podem adotar o modelo de reserva por renda.

Para todos os outros modelos de trabalho, o mais indicado é avaliar as despesas mensais e juntar um valor correspondente ao custo mensal médio de vida.

Confira mais detalhes sobre os dois casos:

Reserva de emergência com base no seu custo de vida

Para exemplificar melhor, vamos trazer alguns números e situações hipotéticas:

Profissional com estabilidade (servidor público): para pessoas que estejam nesse tipo de enquadramento funcional, a estabilidade faz com que sua reserva possa ter um valor menor.

Isso porque, como já dissemos anteriormente, a reserva de emergência cobre, entre outras coisas, a ausência de renda ou salário.

No caso de um trabalho altamente estável como o de um servidor público, o uso da reserva de emergência poderá se restringir a outros tipos de uso.

O ideal é que esse tipo de profissional tenha em sua reserva de emergência pelo menos três meses da sua média mensal de custos. Ou seja, se ele gasta R$ 5 mil por mês, sua reserva de emergência deverá ser de pelo menos 15 mil reais.

Profissional com estabilidade profissional relativa (Trabalhador CLT, sócio que retira pró-labore):

Por outro lado, os profissionais que trabalham diretamente para uma empresa, como no caso dos trabalhadores CLTs ou quem trabalha para seu próprio negócio e retira pró-labore, precisam ter um pouco mais de cautela.

Isso porque, embora haja alguns tipos de direitos por demissão no caso do funcionário CLT, dificilmente eles serão suficientes ou estarão liberados rapidamente em caso de necessidade.

Além disso, quando a emergência não está relacionada à demissão, itens como o FGTS e o seguro desemprego não estarão disponíveis.

Assim, o recomendável é que o profissional mantenha em sua reserva de emergência um valor de pelo menos seis meses dos seus custos mensais. 

Profissional de baixa estabilidade (autônomo, profissional recém-formado):

Por fim, os profissionais que têm pouca ou nenhuma estabilidade devem ficar ainda mais precavidos.

De acordo com consultores financeiros, o ideal é que profissionais liberais e autônomos de qualquer área mantenham em sua reserva de emergência um valor equivalente a pelo menos 12 meses dos seus custos mensais. 

Isso permite que mesmo em crises financeiras mais complexas (como a que ocorreu durante a pandemia de COVID-19), o profissional possa ter um tempo maior para se organizar e aliviar as contas.

Reserva de emergência com base na sua renda

Como citamos anteriormente, a reserva de emergência baseada na renda não deve ser aplicada a todas as pessoas.

Entre suas desvantagens está o fato de que, muitas vezes, ela está associada a algo que não temos controle completo: a renda.

No entanto, na hora de fazer a montagem da reserva de emergência, essa pode ser uma primeira opção, sobretudo para otimizar o planejamento.

Nesse caso, um dos primeiros passos é segmentar a sua pretensão de gastos com porcentagens da sua renda. Há por exemplo o método 50-30-20 para organizar o orçamento.

Nesse método:

  • 50% do que você ganha deve ir para as suas despesas essenciais (parcelas do carro, aluguel, contas de internet, luz, água, alimentação básica, entre outras);
  • 30% deve ir para a manutenção do custo de vida da família: gastos com lazer, idas a restaurantes, saídas e viagens;
  • 20% devem ser guardados: esses 20% devem perfazer tanto o valor para a montagem da reserva de emergência quanto para outros investimentos.

Se você ainda não tiver feito uma reserva de emergência, é importante que esses 20% sejam integralmente direcionados a ela nesse primeiro momento.

Quando você já tiver o valor necessário para custear o seu estilo de vida por pelo menos alguns meses, você deve distribuir esse valor em:

  • Reserva de emergência;
  • Investimentos para curto prazo;
  • Investimentos para médio e longo prazo.

É importante que os investimentos a longo prazo tenham alguma meta ou objetivo financeiro, que não necessariamente seja financeira.

No contexto de profissionais da área da saúde, os objetivos podem estar relacionados à abertura de uma clínica ou consultório, compra de um imóvel, entre outros.

Como começar a minha reserva de emergência?

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Organize as contas

O primeiro passo para fazer qualquer mudança na sua vida financeira é organizar as contas. Para isso, você deve avaliar não somente os seus gastos, mas também as fontes de renda, os investimentos e o seu patrimônio.

Assim, faça uma verificação que contemple os seguintes itens:

  • Renda atual: qual é o valor que você recebeu no último mês? Anote o valor financeiro e também as fontes de onde vieram cada renda;
  • Previsão de entradas: se você tem valores a receber além das eventuais rendas, anote separadamente em uma coluna própria para isso. A fonte dessas entradas também deve ficar clara;
  • Despesas essenciais e não essenciais: no planejamento financeiro, deve estar claro o que é essencial e o que não é. Supérfluos devem ser considerados como tal, pois podem ser cortados do orçamento;
  • Retire do orçamento despesas que não fazem sentido: assinaturas e serviços não usados devem ser eliminados do seu orçamento. Outros gastos não essenciais podem ser removidos ou substituído por despesas que façam mais sentido para você ou para sua família.

Defina uma meta de valor para poupar todo mês

Sem dúvidas, uma das melhores estratégias para poupar dinheiro é não esperar o mês acabar e ter dinheiro sobrando. Na verdade, quando você faz isso, a tendência é que o dinheiro não sobre ou o que resta não seja sequer suficiente.

Por isso, você deve definir uma meta de valor antes de começar o mês. Se você optar por manter esse valor fixo todos os meses, melhor.

Assim, você poderá encarar o investimento/poupança como se fosse um “boleto” a vencer. Vendo o investimento como uma obrigação, fica muito mais fácil cumpri-la.

Com relação ao valor, o ideal é seguir uma das regras já citadas. O método 50-30-20, por exemplo, pode ser uma das melhores e mais fáceis formas de poupar dinheiro.

Usando ela, você tem maior previsibilidade sobre a alocação dos seus ganhos nas despesas e consegue viver num padrão de vida inferior ao que recebe.

Assim, a formação da reserva de emergência poderá ocorrer de forma mais tranquila e eventuais quedas de poder aquisitivo serão menos sentidas.

Importância do planejamento financeiro

Já falamos que a organização e o planejamento financeiro são itens fundamentais na vida de um médico ou profissional da área da saúde.

No entanto, isso precisa ser colocado no papel, com pontos que possam ser seguidos de forma clara. Do contrário, uma pessoa menos disciplinada ou que esteja de frente com oportunidade de gastos poderá pôr todos os planos a perder.

Por isso, pensar a curto, médio e longo prazo faz diferença. Estabeleça metas profissionais, pessoais e familiares para que o planejamento faça sentido.

As metas precisam ser preferencialmente do tipo quantitativa. Ou seja, as metas adotadas devem poder ser medidas por meio de números ou comparação.

Exemplos:

  • Redução no número de horas trabalhadas;
  • Aquisição de determinados itens para o patrimônio;
  • Capital acumulado na conta bancária;
  • Melhoria da qualidade de vida;
  • Aumento na autonomia e segurança para tomada de decisões.

Quais características uma aplicação para reserva de emergência deve ter?

Além de saber como montar uma reserva de emergência, saber onde guardá-la é muito importante. Resumidamente, as aplicações devem ter três características:

Baixo risco de mercado

Diferentemente de outros tipos de ativos, a reserva de emergência jamais deve ser colocada em risco. Alguns influenciadores desse mercado citam esse risco como parte do chamado “risco da ruína”.

O risco da ruína ocorre quando alguém abre mão de toda a sua segurança por algum objetivo pessoal, uma perspectiva de lucro alto ou por simples negligência.

Por isso, o mais indicado é que a reserva de emergência esteja alocado em investimentos de baixíssimo risco. Poupança, CDB’s e tesouro direto são considerados investimentos de baixo risco.

No entanto, apenas o baixo risco não faz com que esses sejam bons investimentos para guardar a reserva financeira.

Liquidez

Outro ponto fundamental é a liquidez. A liquidez pode ser resumida como a facilidade que você tem para retirar o dinheiro de um investimento, conta bancária ou qualquer outro tipo de ativo.

Um ativo que tenha bastante liquidez é aquele que você pode resgatar em forma de dinheiro instantaneamente (ou em no máximo um dia útil).

Por outro lado, ativos sem liquidez são aqueles que exijam um tempo maior para o resgate. Imóveis, por exemplo, podem ser considerados ativos de baixa liquidez, pois para trocá-los por dinheiro é necessário fazer o trâmite de venda, transferência de propriedade e etc.

A reserva de emergência deve ser colocada em investimentos de alta liquidez. Afinal, ninguém sabe quando uma emergência irá surgir e não poder sacar o dinheiro dessa fonte pode ser bastante perigoso.

Por isso, antes de fazer qualquer tipo de investimento, verifique quais são os prazos e as regras para o resgate. Evite colocar o seu dinheiro emergencial em coisas que exijam mais que dois dias úteis para saque.

Rentabilidade

Definitivamente, a rentabilidade não deve ser uma prioridade na hora de montar uma reserva de emergência. No entanto, ela também não pode ser deixada de lado na hora de fazer a sua aplicação.

Isso porque o Brasil conta com um nível de inflação que não pode ser desprezado. Um exemplo disso é a taxa de 10,06% de inflação registrada entre janeiro e dezembro de 2021.

O que isso representa na prática?

Que em dezembro, para comprar a mesma coisa que você comprava em janeiro com 1.000 reais, você precisaria dos mesmos R$ 1.000 mais R$ 100,60, pelo menos.

Para evitar ou amenizar o fenômeno da inflação, é necessário que a aplicação tenha uma rentabilidade superior à inflação. Nem sempre isso é fácil de se prever, visto que a taxa de inflação varia com o tempo.

Atualmente, a maior parte dos CDB’s e fundos de renda fixa dão valores ligeiramente maiores do que a inflação. É importante  verificar em quais índices esses investimentos estão atrelados.

Normalmente eles poderão trazer rentabilidades das seguintes formas:

  • Alguma porcentagem do CDI;
  • IPCA (índice de inflação) + uma porcentagem de rentabilidade;
  • Taxa de juros SELIC.

Além disso, os investimentos podem ser prefixados ou pós-fixados.

No caso dos prefixados, seu rendimento já é conhecido no momento da aplicabilidade. O risco embutido envolve a possibilidade de encontrar opções mais rentáveis no futuro.

Já para os pós-fixados, apesar de haver uma certa “insegurança”, a fixação pode estar associada a algum índice como o IPCA. Dessa forma, o investidor jamais perderá do índice inflacionário.

Vale frisar que ambos os casos os investimentos se destinam para médio/longo prazo. Ou seja, são normalmente ativos de baixa liquidez, visto que exigem tempo para o resgate.

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Quais investimentos correspondem a essas características?

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Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são disponibilizados por bancos e corretoras de valores. De certo modo, você empresta o dinheiro para essas instituições por um prazo que normalmente é predeterminado.

Esse prazo pode ser de pelo menos 1 dia útil (resgate do tipo D+1), mas também há opções que demoram meses ou anos para o resgate.

Para a reserva de emergência, você deve optar pelas opções com o menor prazo possível de resgate. A rentabilidade nesses casos é menor, mas você não fica com o dinheiro preso e sem poder mexer.

Depois que você guardar o dinheiro necessário para a sua reserva, aí sim você pode investir em fundos de renda fixa com prazos e rentabilidades mais vantajosas.

CDB com liquidez diária

Para uma pessoa leiga, os fundos de renda fixa podem ser confundidos com os CDBs.

No entanto, um CDB (Certificados de Depósito Bancário) é uma das formas que você tem para colocar o seu dinheiro no banco. O rendimento varia de acordo com cada instituição, sendo a oferta mais comum atualmente os que rendem 100% do CDI.

Nesse tipo de investimento há incidência de Imposto de Renda em cima do lucro e em alguns casos, também é cobrado o IOF. Ainda assim, a rentabilidade líquida é suficiente para que o dinheiro vença a inflação na maior parte das vezes.

Além disso, a disponibilidade de resgate dos CDBs também pode ser controlada pelos bancos. O mais comum é que eles funcionem como as antigas poupanças, com disponibilidade imediata, mas com um nível maior de rentabilidade.

Os CDBs estão garantidos pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito até o limite de investimento de 250 mil reais.

Tesouro SELIC

O tesouro SELIC também é uma boa opção. No Tesouro, você estará comprando títulos da dívida pública – ou seja, emprestando dinheiro ao governo em troca de alguma rentabilidade.

Na SELIC a rentabilidade está associada à taxa de juros com o mesmo nome. Atualmente essa taxa está em um patamar acima dos 10%, fazendo com que esse seja um bom investimento.

No entanto, em caso de baixa da taxa de juros, o investimento pode se tornar menos rentável, inclusive perdendo para a inflação.

Diferentemente dos fundos de renda fixa, há liquidez em praticamente qualquer uma das operações do tesouro direto.

Porém, fique atento às datas de vencimento do título, pois para antecipar o resgate, algumas taxas, impostos e multas podem incidir de forma mais violenta.

É aconselhável deixar a minha reserva na poupança?

Não. Embora a poupança tenha sido um bom investimento há algumas décadas, o seu uso hoje não é recomendado pelos especialistas.

Apesar da poupança contar com o baixo risco de mercado e alta liquidez, a sua rentabilidade hoje é baixíssima, dificilmente superando a barreira de 0,5% ao mês.

Isso faz com que na maior parte das vezes o investimento perca da inflação, fazendo com que a sua reserva de emergência tenha o seu poder de compra reduzido.

Em quais casos é recomendado o uso da reserva?

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Como o próprio nome já diz, a reserva de emergência deve ser utilizada apenas em casos estritamente necessários. Abaixo, separamos uma lista de situações em que ela pode ser utilizada:

  • Despesas inesperadas com a própria saúde ou com a saúde de algum familiar;
  • Emergências decorrentes de golpe, fraude, roubo ou sequestro;
  • Cobrir a redução de poder aquisitivo decorrente de desemprego ou crise financeira temporária;
  • Cobrir dívidas feitas em decorrência de alguns dos itens anteriores. É importante não deixar a dívida crescer por meio dos juros. Por isso a reserva de emergência pode ser usada para evitar o endividamento.

No último caso, vale frisar que as dívidas só podem surgir decorrentes de alguma emergência anterior. Ou seja, não se deve usar a reserva de emergência para cobrir endividamento proposital ou por descuido financeiro.

Vale frisar que a reserva de emergência deve ser reabastecida sempre que for possível. O “caixa” pessoal ou familiar deve ser mantido em níveis seguros, sem colocar em risco o conforto e a tranquilidade das pessoas envolvidas.

A importância da reserva de emergência para seu consultório ou clínica médica

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Além da reserva de emergência pessoal ou familiar, a reserva de emergência empresarial é essencial para garantir maior segurança na gestão.

Quando a empresa conta com um valor adequado em caixa e que permita cobrir os custos essenciais e não essenciais por um determinado prazo, os gestores ganham mais tranquilidade para os próximos passos e tomadas de decisão.

É importante que esse dinheiro em caixa contemple a reserva de emergência e de forma separada o capital de giro. Isso faz com que só seja retirado do caixa o dinheiro realmente necessário para cobrir os custos da empresa, evitando qualquer tipo de confusão entre esses valores.

Além disso, a reserva financeira da empresa deve contemplar gastos que vão desde a folha de pagamento até gastos com fornecedores.

De acordo com um Levantamento do IBRE/FGV, durante a pandemia de COVID-19, 65% das empresas que sobreviveram a essa crise tinham algum tipo de reserva financeira no caixa.

Esse dado por si só já indica a importância da reserva empresarial. Outro ponto que aumenta a necessidade da reserva é a ausência atual da oferta de crédito empresarial.

A tendência é que o custo do crédito mundial aumente nos próximos anos, fazendo com que as empresas precisem cada vez mais recorrerem aos seus próprios recursos em tempos de crise.

Conclusão

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Ter uma reserva de emergência de forma sólida e de acordo com as suas necessidades é uma atitude obrigatória no planejamento financeiro de qualquer pessoa.

Por meio dela é possível manter a segurança e ganhar mais autonomia na hora de trocar de emprego ou montar um novo negócio, por exemplo.

Além disso, a reserva financeira permite uma maior tranquilidade em tempos de crise pessoal (desemprego) ou sistêmica (como a pandemia de COVID-19).

A reserva também pode ser aplicada pelas empresas como um modo de se precaver de momentos turbulentos financeiramente. Do mesmo modo que ocorre para as pessoas ou famílias, a reserva só deve ser utilizada nos casos de extrema necessidade ou urgência.

Uma vez que a reserva de emergência esteja em um bom nível, aplicada em um investimento de baixo risco, boa rentabilidade e alta liquidez, deve-se proceder com outros investimentos.

Isso deverá permitir um aumento no patrimônio associado à segurança e ao controle da reserva de emergência.

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