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Saiba porque os médicos não precisam temer a tecnologia

Saiba porque os médicos não precisam temer a tecnologia

Inteligência artificial, nanotecnologia, Telemedicina, softwares médicos: a tecnologia está em constante evolução. Será que os médicos precisam temê-la, ou ela é apenas uma forte aliada no cuidado da saúde?

Quer escutar o artigo ao invés de ler? Clique no player:

Após a descoberta do raio-x em 1895, uma parte da população se posicionou contra seu uso.

Segundo um estudo da SciELO sobre a recepção das pessoas ao raio-x, algumas manchetes afirmavam que ele poderia ressuscitar pessoas eletrocutadas, e expor os órgãos genitais.

“Uma firma de tecidos de Londres chegou a oferecer calcinhas à prova de raios-x, provavelmente de chumbo. Outros indivíduos viam na nova tecnologia uma invasão da privacidade doméstica e da intimidade pessoal, temendo que os raios-x pudessem ver através dos muros.”

Tudo que é desconhecido causa receio e apreensão. A verdade é que nenhuma invenção traz apenas vantagens, e é preciso refletir com cuidado para evitar impactos negativos de qualquer tendência.

Porém, como seria deixar de lado uma descoberta tão essencial como o raio-x devido ao medo?

Neste artigo você irá descobrir como a tecnologia pode afetar seu futuro, e por que nenhum médico deve temê-la.

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Qual é o verdadeiro impacto da tecnologia para os médicos?

A primeira Revolução Industrial mudou completamente o mundo, e vivemos os impactos de suas inovações até hoje. Você consegue se imaginar sem um carro, celular ou internet?

Pense na área da saúde: como seria atender pacientes sem ferramentas básicas, como estetoscópio e lanterna clínica?

Apesar da tecnologia ser associada a máquinas e dispositivos, ela está presente desde o início da história da humanidade, como a descoberta do fogo ou da roda.

Durante a Revolução Industrial, o movimento Ludista foi contra o desenvolvimento tecnológico da época, devido ao receio de que as máquinas substituíssem as pessoas.

Esse mesmo receio é visto quando há discussões sobre inovações tecnológicas como a inteligência artificial.

De fato, muitos empregos podem sumir ao longo do tempo.

Segundo a LAMFO (Laboratório de Aprendizagem de Máquina em Finanças e Organizações) da Universidade de Brasília, 25 milhões de empregos estão propensos a serem automatizados.

Porém, é importante lembrar que a tecnologia também cria novas oportunidades de trabalhos.

Desenvolvedores, técnicos de informática, cientistas de dados, especialistas em seguranças de dados, profissionais de marketing digital: todas essas profissões não existiam há 10 anos, e hoje, são fundamentais.

Em 2016, o supercomputador IBM Watson identificou em 10 minutos um tipo raro de leucemia em uma paciente, o que ajudou os médicos a salvarem a vida de uma mulher.

Ao redor do mundo, inteligências artificiais e softwares médicos estão auxiliando os profissionais de saúde a serem cada vez mais assertivos nos tratamentos e diagnósticos dos pacientes.

Todas essas tecnologias só conseguem alcançar ótimos resultados porque aprendem com os médicos, e foram criadas exclusivamente para ajudá-los, e jamais substituí-los.

Assista nosso vídeo e descubra outras inovações que estão impactando a área da saúde:

Com a tecnologia, os profissionais de saúde podem deixar tarefas mecânicas de lado, como produção de relatórios e registro de exames, para focar mais no cuidado com os pacientes.

Um médico que não busca inovar seu atendimento e adotar novas tecnologias, está “parando no tempo”, prendendo-se a um presente que logo deixará de existir.

A tecnologia não irá parar de evoluir. Os profissionais de saúde podem mostrar como ela pode ser utilizada para solucionar problemas da Medicina, e humanizar ainda mais o atendimento médico.

Continue a leitura e veja as principais evidências que mostram como a tecnologia não é uma ameaça para os profissionais.

5 motivos para os médicos não temerem a tecnologia

Você já sentiu que a duração da consulta é muito curta, e na maior parte do tempo você está escrevendo no papel ao invés de conversar com o paciente?

Essa é uma sensação comum na área da saúde, principalmente para os médicos que atendem em hospitais ou por convênio.

É preciso solicitar exames, analisá-los, prescrever medicamentos, entender o caso do paciente, tudo isso em um curto período de tempo.

Uma consulta rápida pode provocar erros comuns, facilmente evitados quando contamos com a ajuda da tecnologia.

Nenhum profissional é capaz de lembrar as 10 mil doenças humanas catalogadas, mas uma inteligência artificial consegue. Uma equipe de profissionais pode utilizar a tecnologia a favor da saúde do paciente.

Você não consegue saber todos os medicamentos que seu paciente toma, principalmente se em um dia você prescreveu um, e em seguida, outro profissional receitou outro.

Porém, um software médico consegue alertar o próximo médico sobre a rotina medicamentosa do paciente. A tecnologia não vai substituir o profissional de saúde, mas permitir que ele se desenvolva ainda mais.

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Veja a seguir como a tecnologia complementa a prática médica, tornando o sistema de saúde focado na prevenção e humanização, e não apenas na doença.

1. A tecnologia não substitui a empatia e o contato humano

Um computador que vence em uma partida de xadrez sai para comemorar com os amigos? Um robô sabe a diferença entre as palavras “câncer” e “gripe”?

A inteligência artificial e o machine learning (aprendizagem de máquina) podem automatizar trabalhos manuais e simular uma conversa humana, mas eles não demonstram sentimentos.

Você pode ensinar para um robô que quando o diagnóstico do paciente for câncer, ele precisa chamar um médico ou avisar com um tom mais humanizado, mas um robô nunca vai conseguir sentir empatia.

Qualquer computador ou tecnologia precisa ser desenvolvida e treinada. Na área da saúde, isso exige que médicos ajudem os especialistas a desenvolverem inteligências.

Mesmo quando eles terminarem de mostrar como uma máquina deve analisar imagens médicas, ela apenas enxerga pixels.

Ela pode identificar em segundos algo que uma pessoa demoraria horas, mas ela não vai entender de fato, o que está ali.

O serviço médico precisa de personalização e humanidade, algo que apenas os profissionais de saúde conseguem entregar.

2. Não é uma luta entre médicos e tecnologia

A tecnologia não é um rival do ser humano. Ela é uma aliada que pode acelerar nosso desenvolvimento.

Imagine que um call center seja automatizado, e não é mais necessário contratar funcionários para telemarketing. Quem irá administrar as tecnologias que estão automatizando esse serviço?

Se ocorrer alguma falha, quem irá resolvê-la? Se um cliente estiver extremamente insatisfeito, com quem ele irá conversar: uma pessoa, ou um robô?

A tecnologia até pode substituir empregos, mas ao mesmo tempo, ela cria novos trabalhos e oportunidades.

Pense nas recepcionistas de uma clínica ou consultório. Elas podem perder quase um dia inteiro apenas confirmando consultas por ligação ou mensagem.

Com um serviço de lembretes de consulta automático, essas recepcionistas podem focar na organização da recepção, ou na fidelização de pacientes.

Elas não vão ser substituídas. Apenas sobrará mais tempo para outras atividades mais produtivas.

Assista nosso vídeo sobre lembretes de consulta automáticos e veja como essa tecnologia funciona na prática:

3. Os médicos não são substituíveis

Para estabelecer um diagnóstico é preciso muito mais do que apenas identificar sintomas. Afinal, o mesmo sintoma pode aparecer em diferentes quadros de doenças.

Os médicos não têm um trabalho linear, que pode ser programado. Eles precisam analisar o estilo de vida do paciente, seus sintomas e histórico, pois cada caso apresenta suas singularidades.

O supercomputador IBM Watson consegue analisar milhões de páginas em segundos e auxiliar a pesquisa de um profissional de saúde, mas não consegue entender o que faz daquele paciente, único.

O robô-cirurgião da Vinci tem um sistema de visão 3D de alta definição, braços com mais precisão do que qualquer ser humano, mas é necessário um médico para operá-lo.

Portanto, é fácil afirmar que os profissionais de saúde não são substituíveis, mesmo pela inteligência artificial mais avançada do mundo.

4. A tecnologia proporciona mais tempo para cuidar dos pacientes

Quantas horas por semana você gasta preenchendo papelada ou produzindo relatórios?

Ao invés de gastar 10 minutos de uma consulta escrevendo no papel, você pode gastar dois minutos digitando os dados do paciente em um prontuário eletrônico, e passar o restante da consulta focado no paciente.

O impacto da tecnologia também vai além, e ajuda os pesquisadores a desenvolverem novos medicamentos e equipamentos que irão permitir a criação de uma Medicina mais integrada e personalizada.

5. É preciso se adaptar e acompanhar a evolução da Medicina

Como a Medicina seria hoje, se os médicos do passado tivessem se recusado em adotar inovações, como o raio-x?

Ao acompanhar a evolução da tecnologia, além de se manter atualizado, você também consegue aproveitar todas as vantagens que esse conjunto de técnicas pode proporcionar.

Pense no caso das prescrições de papel.

De acordo com a Anvisa, 75% das receitas têm chances de erros. Uma prescrição eletrônica reduz erros comuns como ilegibilidade, interação medicamentosa e esquecimento por parte do paciente.

Assim, você garante que seus pacientes terão o melhor atendimento possível, e utiliza a tecnologia ao seu favor.

É claro que é preciso tomar cuidado em como utilizamos as inovações tecnológicas, por isso, leis como a LGPD e códigos de éticas são fundamentais, principalmente na área da saúde.

Mas como você viu ao longo do conteúdo, os médicos não precisam temer a tecnologia, e não devem. Ela é apenas uma ferramenta complementar para seu atendimento, que já é excelente.

Qual é a sua opinião sobre o assunto? Compartilhe com a gente aqui embaixo nos comentários.

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