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Dicas de como receber pacientes com deficiência no consultório médico

Dicas de como receber pacientes com deficiência no consultório médico

Promover a inclusão de pacientes deficientes em consultórios pode ir além da acessibilidade, pequenos gestos e conhecimento sobre como realizar um atendimento especial e humanizado para essas pessoas ajuda muito a manter a qualidade e o sucesso do atendimento de uma clínica de saúde desde a recepção até a consulta com o profissional de saúde.

Com 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PCDs) no Brasil – de acordo com último censo do IBGE – você em algum momento vai precisar estar preparado para atender pessoas com deficiência. Separamos aqui algumas práticas simples que vão fazer a diferença na vida daqueles que precisam de um acolhimento especial em consultórios e clínicas de saúde.

Deficientes auditivos

Fale claramente, manere na velocidade e não se preocupe com falar alto, pois sons mais agudos são mais difíceis de serem percebidos para quem tem deficiência auditiva. Converse normalmente e com linguagem simples, assim como você costuma fazer com qualquer pessoa.

Os aparelhos auditivos ampliam o som, então se for utilizar algum equipamento com ruído, pergunte antes se ele gostaria de retirá-lo.

Ah! Vale a pena saber que a maior dificuldade de pessoas com deficiência auditiva é a comunicação, por isso, eles se comunicam através de uma outra língua: a Libras.

Você pode aprender, é igual aprender francês, inglês, alemão ou qualquer outro idioma, afinal ela também possui suas estruturas gramaticais próprias.

Evite gesticular exageradamente, por existir diferentes tipos de perda auditiva alguns pacientes podem compreender melhor, fazer leitura labial e falar.

Deficientes visuais

Diferente das pessoas com deficiência auditiva, os cegos podem se comunicar normalmente. Portanto, fale diretamente com ele, o acompanhante apenas auxilia na sua locomoção.

Se apresentar é fundamental no acolhimento desse paciente, fale sempre seu nome, isso vale para o médico e para todos os funcionários da clínica.

Descreva o lugar e explique o que tiver pela frente e aos lados na recepção e, principalmente,  na sala de atendimento antes do paciente sentar-se na cadeira. Nesse momento, coloque a mão da pessoa cega sobre o braço ou o encosto da cadeira e ela será capaz de sentar com facilidade.

Palavras como “ver”, “olhar” e “assistir” não são um grande problema, não fique constrangido por usá-las, como por exemplo, “Você viu o jornal ontem?”. Outra dica importante é sempre avisá-lo do que se pretende fazer: sair da sala, descer escadas, avisar sobre portas e obstáculos pela frente.

E nunca se esqueça de avisar quando for sair de perto do paciente, não deixe ele falando sozinho!

Caso a pessoa cega esteja acompanhada de seu cão-guia, evite distrair o animal. Esses animais são treinados para guiar o seu dono.

Uma maneira de prestar um atendimento de qualidade na recepção de consultórios é na hora do pagamento descrever quantas e quais notas serão entregues ao paciente e aguardar que ele arrume as notas em sua carteira. Depois entregar as notas seguintes da mesma maneira, se for necessário.

Deficientes físicos

Uma atitude simples é não se apoiar na cadeira de rodas, isso pode causar incômodo para a pessoa com deficiência.

Também não tem problema usar as palavras como “correr” e “andar” naturalmente. As pessoas com deficiência física também utilizam estes termos.

Se estiver acompanhando uma pessoa que ande ou fale devagar, recepcione-a com calma e atenção e sempre procure acompanhar o seu ritmo.

Seja gentil, não movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão e perguntar como proceder. E caso a conversa seja prolongada, é bom lembrar de sentar-se para que seu olhar e o do paciente fiquem no mesmo nível.

Deficientes Intelectuais

Não tenha receio de orientar uma pessoa com deficiência intelectual caso perceba alguma situação duvidosa ou inadequada. É preciso que você seja claro em suas orientações.

O tempo de aprendizado pode ser diferente para pessoas com deficiência intelectual,  mas jamais subestime sua inteligência.

Uma orientação importante é não incentivar atitudes ou falas infantis e elogios desnecessários no diminutivo. Se for criança, trate como criança, se for adolescente, fale normalmente.

Essas são algumas dicas e conselhos para o atendimento e acolhimento de pessoas com alguma deficiência em consultórios médicos, mas o primordial é exercitar a compreensão, compaixão e paciência, que podem ser mais importantes que qualquer técnica.

Se inteirar sobre o histórico médico do paciente, ajudá-lo a se familiarizar com o ambiente e sempre promover a conversa na primeira consulta é essencial para destacar a sua clínica na recepção e atendimento de pessoas com deficiência.

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