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Tecnologias que estão revolucionando a prática médica em países subdesenvolvidos

Tecnologias que estão revolucionando a prática médica em países subdesenvolvidos

Pense na seguinte situação: um bebê nasce em Moçambique, um país que enfrenta graves problemas políticos, econômicos e sociais. Ao mesmo tempo, nasce outro bebê, dessa vez, na Suécia, país com um dos maiores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo.

Você acha que os dois bebês têm as mesmas chances de uma vida longa e saudável?

Sem dúvidas, existem diferenças significativas entre as duas nações e, infelizmente, é muito provável que o bebê de Moçambique tenha que enfrentar condições de saúde muito piores.

Os países subdesenvolvidos necessitam urgentemente de inovações na prática médica que possam derrubar essas barreiras.

Selecionamos algumas tecnologias que estão revolucionando o atendimento, com potencial para salvar milhões de vidas no mundo todo.

Próteses e instrumentos médicos feitos com impressora 3D

Cerca de 30 milhões de pessoas no mundo todo precisam de dispositivos de mobilidade como, por exemplo, próteses.

Uma das soluções para atender essa demanda vem do projeto e-NABLING the future, uma rede global de voluntários que compartilha desenhos para impressão 3D, tutoriais em vídeo e outras informações sobre a construção de mãos protéticas, para que profissionais de saúde possam ajudar quem precisa.

No Haiti, a organização Field Ready está trabalhando com impressão 3D on-demand de kits de parto, incluindo pinças umbilicais e outros aparelhos simples. Outra startup, a re3D, oferece seu Gigabot – uma impressora 3D de mesa acessível – para comunidades locais e ONGs.

Energia solar e aparelhos auditivos

A Deaftronics fabricou a primeira unidade de aparelho auditivo movido à energia solar, chamado de Solar Ear. Essa tecnologia está revolucionando o tratamento em países como África, China, Índia e Cingapura.

Cada unidade do Solar Ear inclui: um aparelho auditivo digital, um carregador de bateria solar e quatro pilhas recarregáveis.

As baterias também podem ser utilizadas em 80% dos aparelhos auditivos presentes atualmente no mercado.

A invenção reduz a quantidade de visitas que são normalmente necessárias para o tratamento, além de auxiliar na economia de tempo e dinheiro.

Monitoramento à longa distância

Monitorar pacientes à longa distância está sendo essencial para melhorar a prática médica em algumas partes da África.

Além disso, a tecnologia evita que pessoas tenham que percorrer longas distâncias para ter acesso a algum tratamento.

Um exemplo dessa iniciativa é o CardioPad Project, uma tablet médico que permite o acompanhamento mais eficaz de doenças cardiovasculares, de uma longa distância, através de Bluetooth e de uma rede móvel.

Absorventes higiênicos

Em uma pesquisa surpreendente, realizada em 2011 pelo governo indiano, cerca de 23% das adolescentes na Índia abandonam a escola por falta de absorventes. Os dados também revelaram que apenas 12% das mulheres usam absorventes e 88% delas usam materiais improvisados.

Para ajudar as mulheres a se sentirem mais confortáveis e permanecerem na escola, a Saathi desenvolveu uma almofada sanitária totalmente biodegradável, com o núcleo feito de resíduos de fibra de bananeira.

MIT desenvolveu um teste para detectar Ebola em 10 minutos

Os testes de diagnósticos para Ebola levam, em média, um dia ou dois para gerar resultados, o que impede que os médicos determinem rapidamente se um paciente necessita de tratamento imediato e isolamento.

Um novo teste desenvolvido pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) está prestes a mudar isso: o dispositivo, uma tira de papel simples, semelhante a um teste de gravidez, pode diagnosticar Ebola, assim como outras febres hemorrágicas virais, em apenas 10 minutos.

O dispositivo está em processo de aprovação do FDA para entrar no mercado.

Medicamentos falsificados na África

Em países subdesenvolvidos, medicamentos falsificados são responsáveis por mais de 100 mil mortes por ano.

A mPedigree, uma empresa de tecnologia de Gana, oferece uma solução bem simples para combater o problema: o paciente compra o medicamento e arranha um painel na embalagem para revelar um código de 10 dígitos.

Ele envia esse número por SMS, que é gratuito, e alguns segundos depois, ele recebe uma resposta, comprovando ou não, a autenticidade dos medicamentos.

O sistema está em fase de testes em países como Gana e Nigéria.

Sobre o autor:

Esse texto foi produzido pela equipe PEBmed. Temos como principal objetivo, através do Whitebook, ser um facilitador na vida do profissional de saúde e estudante de medicina, hoje já são mais de 100 mil usuários, sendo a principal ponte entre a informação e o consumidor, tudo isso de forma gratuita.

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